segunda-feira, 2 de outubro de 2006

L.C. Azenha responde ao preconceito do Estadão

Em outro comentário publicado neste site, afirmei que nossos comentaristas estavam defasados em relação às mudanças que aconteceram no Brasil.

Para desqüalificar uma eventual eleição de Lula em primeiro turno, eles já ensaiavam um coro: a velha história de que o Brasil atrasado, dos grotões, daria outro mandato ao presidente.

Quando eles falam em Brasil atrasado querem dizer, sem dizer, que os paraíbas nunca aprendem.

Em meu comentário, eu dizia que graças à ascensão social da classe C, resultado de doze anos de políticas públicas de transferência de renda e de avanços significativos obtidos durante o governo Lula, os coronéis locais estavam tendo seu poder qüestionado nas franjas.

É importante notar que este poder foi mantido, essencialmente, através de concessões de rádio e tevê obtidas em troca de favores durante os mandatos de José Sarney e Fernando Henrique Cardoso.

O resultado mais interessante da eleição, até agora, foi sem dúvida a vitória do petista Jacques Wagner para governador da Bahia.

A oligarquia perdeu seu coronel mais simbólico, Antônio Carlos Magalhães.

Roseana Sarney, senhora de engenho do Maranhão, vai ter de enfrentar um inesperado segundo turno.

José Sarney, concorrendo ao Senado pela capitania do Amapá, suou sangue para derrotar uma ex-policial.

São, pois, ótimas notícias, muito mais relevantes do que a eleição de Maluf - aliás, eleito no colégio eleitoral supostamente mais bem informado e sofisticado do Brasil: São Paulo.
-- Vi o Mundo
Sobre o preconceito do Estadão ver a postagem Elite Branca Apela Para O Racismo - E Só Comprova Que É Racista.

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