terça-feira, 7 de novembro de 2006

Sobre os beiços e melindres da mídia livre

Não costuma ser fácil descobrir o que alguém quer dizer quando fala em nome da democracia, da ética, da liberdade de expressão; a dificuldade é, justamente, a de compreender a quais eventos, atitudes e ações expressões como 'democrático', 'ético', 'bom', se referem em um determinado discurso. E os proferidores de discursos, por certo, aproveitam-se dessa zona de imprecisão, sobretudo quando pretendem convencer o maior número de pessoas possível de que falam em seu nome; em nome de todos e de cada um.
Se ainda assim queremos alcançar alguma clareza a respeito do que 'democrático' significa em uma fala específica, será de grande utilidade observar quais coisas são reputadas por seu proferidor como 'anti-democráticas'. Por esse exame indireto, pode-se descobrir que um termo pode variar de significado até às raias do contraditório, dependendo do que está em jogo em situações específicas. Afinal, ninguém disse que proferidores são coerentes; os ocos das palavras admitem mais de um forro, quer saiam da boca de adversários, quer saiam da boca de um único indivíduo. Veja-se, por exemplo, o comentário de Alberto Dines ... (Ler mais.)

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