quinta-feira, 1 de novembro de 2007

PEDÁGIOS: DO JEITO QUE YEDA QUERIA

Maneco relata como terminou a CPI dos Pedágios:

"Na Ordem do Dia da Assembléia Legislativa, hoje, estava o relatório do deputado Berfran Rosado (PPS) sobre a CPI dos Pedágios. O mesmo não foi lido na íntegra aos deputados, o que fere, frontalmente, o Regimento Interno da Assembléia. Na leitura que fez do relatório na sessão de encerramento da CPI, Berfran omitiu 150 frases de um total de 69 parágrafos que apareceram, hoje, no documento apresentado ao plenário. Parlamentares do PDT, do PSB e do PT acusaram a manobra mas nem a apresentação, da tribuna, pelo deputado Paulo Azeredo (PDT), dos dois relatórios (o lido e o não lido), sensibilizou a base aliada de Yeda que, mesmo assim, aprovou o texto não lido por Berfran.

A CPI dos Pedágios só foi constituída porque a oposição pressionou. Sem alternativas, o presidente Frederico Antunes (PP) resolveu instalar a comissão, mas o fez a portas fechadas em seu gabinete, numa reunião que terminou sob protestos. A deputada Marisa Formolo (PT), que estava cotada para a relatoria, acabou substituída na função por Berfran que, na campanha eleitoral, recebeu contribuições de empresas de pedágios. O deputado do PPS aceitou, então, relatar uma CPI criada contra a sua vontade (não assinou o requerimento da mesma).

Marcada por acusações de coação de testemunhas, gravações patéticas, ofensas e denúncias gravíssimas, a comissão funcionou por 120 dias e, mesmo assim, conseguiu apurar diversas irregularidades na formação dos preços cobrados pelas concessionárias. A denúncia mais grave, porém, só foi descoberta ao final, quando surgiram mais de 400 notas fiscais falsas e/ou frias de uma das empresas. PT, PDT e PSB insistiram em prorrogar a CPI o que não foi aceito pelos aliados de Yeda. Por sete vezes, representantes dos partidos que apóiam Yeda, retiraram o quórum da Comissão de Constituição e Justiça onde se deveria votar a prorrogação. Resultado: o que havia de mais importante a ser investigado foi jogado para baixo do tapete.



Texto completo no RS Urgente. Vale ler também os comentários ao texto.

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