domingo, 4 de novembro de 2007

Piada levada a sério: Venezuela é ameaça militar ao Brasil

O Partido da Mídia Golpista (PIG) não pára de fazer avançar a sua agenda política: crise aérea, crise na saúde, hecatombe econômica, prejuízo aos investimentos por causa da corrupção - federal, já que não existe corrupção municipal em São Paulo, nem estadual em Minas Gerais -, caso Renan Calheiros, CPMF, inchaço do Estado e agora a Venezuela.

É um jogo de desgaste, que obedece à estratégia política do PSDB. A cientista social Lucia Hipolyto fala na Globonews e no UOL. O geógrafo Demétrio Magnoli escreve no Estadão e em O Globo. O sociólogo Arnaldo Jabor fala no Jornal da Globo e tem a coluna distribuída Brasil afora. As agências Estado, Folha e O Globo municiam os artilheiros estaduais e municipais.

Até parece o período pré-eleitoral de 2006, quando as notícias econômicas que poderiam, indiretamente, beneficiar a reeleição de Lula, quase sumiram do noticiário da Globo. Marco Aurélio Mello, editor de economia e política, testemunhou: recebeu do Rio de Janeiro a instrução para "tirar o pé" das reportagens econômicas que sempre foram o forte da praça São Paulo.

A bola da vez é a Venezuela. Capa da Época em uma semana, capa da Veja na semana seguinte. É a criação de uma "ameaça externa" que tem duplo objetivo: desgastar Lula sempre que ele aparecer ao lado de Hugo Chávez, impedir a entrada da Venezuela no Mercosul e servir à política externa dos Estados Unidos, que buscam desesperadamente frear as reformas que ameaçam seus interesses de hegemonia no "quintal".

George W. Bush não é mais levado a sério em Washington, mas é levado a sério no Jardim Botânico. Ele articulou o isolamento do Irã mas tomou um roque maior de Vladimir Putin, o czar russo. Colocando os interesses da Rússia acima dos interesses dos Estados Unidos, Putin foi a Teerã e disse que já não se faz mais guerra na região do mar Cáspio. Deu a entender que a Rússia intervirá em caso de um ataque americano ao Irã. Esnucou Bush, já que Putin tem ao lado dele a China e a Índia, sedentos pelo petróleo iraniano. Teria sido por acaso que, sentindo a oportunidade, o pré-candidato democrata à Casa Branca, Barack Obama, prometeu um "ataque diplomático" à Teerã, sem descartar nem mesmo o reatamento de relações diplomáticas?

TEXTO DO AZENHA. LEIA MAIS CLICANDO NO TÍTULO.

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