sábado, 8 de dezembro de 2007

Prá quem acha que riqueza é sinônimo de honestidade

Matéria de hoje da Agência Brasil apresenta pesquisa que prova que a "classe social que proporcionalmente mais alimenta o mercado de produtos falsificados é justamente a dos ricos, que teria condições financeiras para comprar artigos originais. Por causa das falsificações, o Brasil deixa de arrecadar R$ 20,2 bilhões por ano em impostos com a pirataria praticada em apenas três setores da economia: roupas, tênis e brinquedos." A instituição promotora da pesquisa foi a Câmara de Comércio dos Estados Unidos. Mais um preconceito que cai... Como empresários reclamam da pirataria, como endinheirados compram seus produtos. A hipocrisia é a matéria de que é feito o caráter da elite econômica brasileira...

O texto continua na Paidéia Gaúcha.

Lojas Riachuelo: peguem a negra e revistem!

"As Lojas Riachuelo deverão pagar R$ 30 mil de indenização por danos morais a uma consumidora acusada injustamente de furto. Abordada por policiais quando saía da loja, foi levada para o interior do estabelecimento e teve seus pertences revistados de forma constrangedora.

A decisão é da juíza Ester Belém Nunes Dias, da 1ª Vara Cível da Comarca da Várzea Grande (MT).

O texto continua na Periferia do Império.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Fantástica festa de fim de ano do Procon bancada pela Telefônica!

BLUE BUS:

Blue Bus pediu ontem histórias fantásticas de festas de fim de ano do escritório. Pois bem, a matéria do repórter Márcio Pinho, na Folha de S Paulo de hoje, mostra a maior festa de horror que já tive notícia.

A festa de fim de ano do Procon foi bancada pela Telefônica, com distribuiçao de brindes e presentinhos. Acontece que a Telefônica é a empresa que mais reclamaçoes tem no próprio Procon, é a líder do ranking. Eles até arrumaram uma desculpa, dizendo que era um almoço de aproximaçao para a resoluçao das pendências, mas distribuiram DVDs, telefones sem fio, pen drives, relógios, telefones, etc...

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Senado aprova projeto que torna obrigatório ensino de música na educação básica

A Comissão de Educação (CE) aprovou nesta terça-feira (4), por unanimidade e em decisão terminativa, projeto de lei que torna obrigatório o ensino de música nas escolas da educação básica. A proposta, de autoria da senadora Roseana Sarney (PMDB-MA), altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB (Lei 9.394/96) - para incluir a música como conteúdo do ensino de Artes. Na abertura da reunião, 80 músicos cantaram na sala da comissão. Eles representavam entidades musicais de Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

De acordo com a proposta (PLS 330/06), o ensino de música deverá ser ministrado por professores com formação específica na área. As escolas, determina ainda o projeto, terão três anos letivos para se adaptarem às mudanças.

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Dando Voz ao Outro Lado: Entrevista com Comandante das FARC

Ana Catarina - As FARC são apresentadas, nomeadamente na Europa, como guerrilha terrorista e os seus dirigentes acusados de envolvimento no narcotráfico. O tema dos sequestros é muito utilizado nas campanhas contra vocês. A sua manipulação é tão eficaz que conduz à dúvida, inclusive, pessoas progressistas. O que tem a dizer sobre o assunto?
Juan Leonel - Na nossa história sempre houve calúnias para deslegitimar a guerrilha. Primeiro chamaram-nos bandoleiros e assassinos. Depois, quando existia o campo socialista, o embaixador Louis Stamb apelidou-nos de narco-guerrilha, logo utilizado pelos meios de comunicação. Como não dispomos praticamente de imprensa é essa a informação difundida pelo mundo.

Depois do 11 de Setembro passaram a chamar-nos narco-terroristas. E essa mentira, mil vezes repetida, começou a surtir efeito, inclusive entre amigos nossos que acreditam que mantemos relações com o narcotráfico.

Mas vou citar-lhe um episódio que ajuda a compreender a falsidade dessas acusações.

O comandante Simón Trinidad foi extraditado para os EUA acusado de terrorista e narcotraficante. Mas os dois julgamentos a que até agora o submeteram foram anulados. Os jurados não puderam chegar a um consenso no tocante à culpabilidade de Simón com base nas acusações contra ele formuladas e que figuram no pedido de extradição.

A Justiça norte-americana sofreu um estrondoso fracasso. Simón Trinidad demonstrou de forma simples e com coragem que todos os argumentos da acusação configuravam uma montagem contra as FARC. Nesses dois julgamentos ficou desmascarada a falácia dos governos dos EUA e da Colômbia, pois não conseguiram dar credibilidade a qualquer das acusações de terrorismo e narcotráfico formuladas contra Sónia e Simón.

No Ponto 10 da Plataforma para um Governo de Reconstrução e Reconciliação Nacional, as FARC afirmam que o narcotráfico é um problema social pelo que a solução terá de ser política e não militar.

As FARC apresentaram a 28 países amigos e ao governo colombiano uma proposta para implantação de um Plano de Substituição de Culturas. Mas esse Plano não foi assumido nem pela comunidade internacional nem pelo governo colombiano.

O narcotráfico é a antítese de qualquer movimento revolucionário por ser um meio de enriquecimento rápido e ilícito. Os revolucionários defendem a distribuição da riqueza.

Ana Catarina - E quanto aos sequestros?
Juan Leonel – As FARC, por princípio, condenam os sequestros como forma de fazer política. Isso consta dos nossos documentos. Entretanto, ocorreram acontecimentos que, manipulados pela comunicação e pelos nossos inimigos, contribuíram para que muita gente visse em nós sequestradores profissionais. Fazemos o que está ao nosso alcance para restabelecer a verdade. Em primeiro lugar recordo que as FARC capturam militares em combate, bem como polícias e membros dos serviços de inteligência.

Até 1997 esses militares capturados eram por nós entregues aos sacerdotes das povoações, aos presidentes das câmaras municipais ou à Cruz Vermelha Internacional. Quando feridos, eram tratados e somente depois entregues. Que ocorria? Os militares eram julgados pelo poder por traição e desobediência.

Em 1996 capturámos 60 militares e 10 polícias. Todos foram entregues a representantes da comunidade internacional, da Cruz Vermelha e a personalidades nacionais e internacionais. Ao proceder assim, pretendíamos mostrar ao mundo que na Colômbia existia um conflito social, político e armado, conflito que não era reconhecido pelo governo. Não pedíamos absolutamente nada em troca; pretendíamos apenas ao entregá-los chamar a atenção da comunidade internacional. O governo de Ernesto Samper demorou nove meses para aceitar receber os prisioneiros de guerra e iniciou uma campanha, afirmando que se tratava de militares sequestrados, quando na realidade haviam sido capturados em combate. Mentiu-se ao mundo e ao país ao dizer que tinham sido enterrados até ao pescoço e torturados. Essas calúnias somente se revelaram quando finalmente os 70 militares e polícias presos foram entregues à Cruz Vermelha no município de Cartagena del Chairá. Mas no estrangeiro a ideia de que tinham sido sequestrados ficou gravada na mente de muitas pessoas.

Durante os anos de 97, 98 e 99 foram capturados em combate pelas FARC 500 militares e polícias. Propusemos então um acordo de troca de prisioneiros. Entregaríamos esses 500 prisioneiros e o governo libertaria todos os guerrilheiros encarcerados nos seus presídios, uns 450 ou 500. Não pedíamos dinheiro, unicamente pedíamos uma troca de prisioneiros.

O governo de Andres Pastrana negou-se então sistematicamente a aceitar o Intercâmbio Humanitário.

Em 2000 a situação alterou-se. Foi possível um Intercâmbio. Desigual. Libertamos 43 prisioneiros e em troca o governo libertou apenas 14 guerrilheiros. Mas ficou claro que era possível tornar a guerra menos cruel.

Posteriormente, as FARC, em gesto unilateral, libertaram 350 soldados e polícias, numa demonstração de boa vontade. Ficaram em nosso poder somente os oficiais e sub oficiais.

A resposta do governo foi uma campanha de difamação, afirmando que as FARC tinham libertado 350 sequestrados e exigiu que libertassem todos os outros ainda em seu poder.

Os meios de comunicação sempre se referiram aos militares presos como sequestrados. O que significa isso? Se somos nós a capturar, os soldados são sequestrados; se são eles a capturar, os guerrilheiros são terroristas.

Segunda questão. Perante a impossibilidade de concretizar um Acordo, as FARC passaram a fazer reféns políticos, como senadores, deputados e uma candidata à Presidência, Ingrid Bettancourt. O objectivo era exercer pressão para um novo Intercâmbio Humanitário. Essa situação não é inédita. Temos um precedente na Nicarágua durante a luta contra Somoza.

Mas o Estado colombiano esqueceu a sua própria gente, deixando os prisioneiros capturados permanecerem na montanha durante anos. Entretanto, desenvolveu campanhas caluniosas insistindo em que os prisioneiros haviam sido sequestrados, quando na realidade se tratava de reféns. Hoje como ontem não pedimos dinheiro, mas apenas uma troca de reféns por revolucionário prisioneiros, como acontece em qualquer guerra. Mas a crueldade não ficou por aí. O governo de Álvaro Uribe ordenou que se localizassem e assassinassem os reféns detidos. Isso já aconteceu com 11 deputados do Departamento de Valle que estavam em poder das FARC. No dia 18 de Junho um comando de tropas especiais localizou e assassinou esses deputados com o objectivo de culpabilizar as FARC. A mesma ordem foi emitida no que se refere a outros reféns, incluindo os três cidadãos dos Estados Unidos e membros da CIA e que foram capturados num avião abatido pelas FARC.

Em terceiro lugar, julgo útil lembrar que desde o governo de César Gavíria, o Estado estabeleceu o chamado imposto de guerra. Trata-se de um imposto que visou não o financiamento da guerra mas o assassínio de milhares dirigentes e políticos de esquerda, de sindicalistas, representantes do Poder Local, cooperativistas e camponeses.

As FARC promulgaram então a Lei 002, ao abrigo da qual os cidadãos que obtenham lucros superiores a um milhão de dólares devem pagar um imposto de 10% à guerrilha. A maioria paga esse imposto, mas alguns, pressionados por militares, em vez de pagarem, organizaram grupos de paramilitares para combater a insurgente e matar camponeses. Esses milionários faltosos são detidos e obrigados a pagar o imposto acrescido de juros e multa.

É obvio que esta situação desagrada muito à burguesia que promove contra as FARC campanhas de difamação a nível internacional, afirmando que as FARC se dedicam ao sequestro e ao narcotráfico. Com frequência avaliam em 3.000 o numero de sequestrados. Alguns autores falam de 6.000. Já imaginou os meios humanos que seriam necessários para manter 6.000 prisioneiros nas montanhas? Não sobraria ninguém para combater…

Enfim, agradeço a sua pergunta, porque ela permite na resposta desmontar as campanhas que pelo mundo fora apresentam as FARC como um bando de sequestradores de civis.

Entrevista completa em O Diário, visto na Periferia do Império.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Wagner Iglecias: Clonagem política

Em mais uma colaboração para o blog, o cientista político Wagner Iglecias explica a um amigo tucano como a genética pode ajudar na explicação de fenômenos característicos das ciências humanas. A seguir, a íntegra do bem-humorado texto de Iglecias.

Meu amigo Plínio é tucano de quatro costados. Acha que o governo de Fernando Henrique foi o mais importante da História do Brasil. Não vê a hora de o PSDB voltar ao poder. Mas aguarda pelas eleições de 2010 pacientemente, porque Plinio é, antes de tudo, um democrata.

No fundo ele concorda com a afirmação de Fernando Henrique de que Lula não sabe falar bem o idioma. Acha até que Lula é um tanto despreparado para o exercício do cargo, que não domina as boas maneiras da liturgia do poder. Mas acha também que a democracia brasileira só estará definitivamente consolidada no dia em que o presidente-operário concluir seu segundo mandato e passar a faixa para o sucessor.

Apesar das restrições que tem a Lula, Plínio até acha o presidente simpático. Reconhece que ele tem muito carisma e que sabe falar ao povo. Mas Plínio tem ojeriza daquele pessoal do PT que cercou Lula no primeiro mandato e que ainda está por aí, como Zé Dirceu, Genoino, Palocci e os aloprados.

Plinio não suporta essa gente, especialmente Dirceu. Mas tem mais gente ligada ao governo Lula que Plínio não tolera. São os não-petistas. Ah, para os não-petistas Plínio tem suas maiores restrições. Como alguém que foi historicamente adversário de Lula e do petismo pode hoje apoiá-los? Plínio não compreende.

A resposta para a inquietação do meu amigo tucano pode estar na ciência. A medicina genética tem avançado muito nos ultimos anos e é sabido que cientistas já conseguiram clonar ratos, ovelhas etc. Ou seja, estaríamos a um passo da clonagem humana. Verdade? Mito? Sabe-se lá. Mas quem sabe ela já não começou? E aqui no Brasil? E com nossos políticos? Senão, vejamos.

Este Sarney que apóia Lula desde o começo de seu governo? Plínio se pergunta como Lula aceita o apoio de um velho coronel da política brasileira. Sem dúvida, meu caro Plínio, este aí só pode ter sido clonado. Não pode ser o mesmo Sarney que apoiou o governo Fernando Henrique. Ou pode?

E este Renan que a oposição considera um bandido? Apóia o Lula desde o início de seu mandato também. Outro que só pode ser clonado. Não pode ser o mesmo Renan que foi Ministro da Justiça do governo tucano. Não pode ser. Foi clonado tambem.

O texto continua no Blog Entrelinhas.

CADÊ A DITADURA DE CHÁVEZ ?

CADÊ A DITADURA DE CHÁVEZ ?

03/12/2007 08:14h


Paulo Henrique Amorim

Máximas e Mínimas 789

. O presidente perdeu.

. A oposição ganhou.

. Numa democracia em que o sistema eleitoral é muito mais eficaz e seguro que o brasileiro, porque lá é possível recontar os votos.

. Aqui, não. (Clique aqui para ler)

. Já imaginaram se uma eleição no Brasil acabasse, como no referendo da Venezuela, em 51% a 49% ?

. E se o perdedor resolvesse dizer que houve fraude ?

. Como recontar os votos no Brasil, sem o papelzinho do Brizola ?

. O vencedor seria aquele que o Ministro (?) Mello quisesse ...

. Na Venezuela há um sistema de auditagem que automaticamente reconta uma amostra das urnas, e confere o resultado eletrônico com o do papelzinho ...

. E não se dizia que a Venezuela era uma ditadura feroz ?

. O que dirá agora o Farol de Alexandria ?

. O que dirá a Miriam Leitão ?

. Se a Venezuela fosse tudo aquilo que o Farol de Alexandria e a Miriam Leitão diziam, a oposição teria perdido ...

. Como disse o notável jornalista Mauro Santayana (Clique aqui para ler) Chávez perdeu como De Gaulle: ao fim de uma sucessão de referendos.

. Como dizia o Presidente Lula: o que não falta na Venezuela é eleição ...


Do Conversa Afiada.

Tishman investe mais de R$ 1 bi em imóveis no Brasil

A Tishman Speyer, empresa americana de incorporação, construção e administração de imóveis, acaba de concluir a captação de um fundo de US$ 600 milhões (mais de R$ 1 bi) para investir no Brasil. Uma das donas do Rockefeller Center, em Nova York, a Tishman já negociou ou administrou US$ 70 bilhões em imóveis, desde 1978.O novo fundo mostra como o mercado imobiliário brasileiro entrou na moda entre os investidores estrangeiros. Uma das líderes do mercado americano, a Tishman começou a atuar em outros países em 1988 quando os EUA passaram por mais uma de suas crises imobiliárias. Na época, a Tishman diversificou seus negócios, comprando e administrando imóveis em outros países, principalmente na Alemanha, Inglaterra e Espanha. A empresa atuava desde 1985 no Brasil, mas só decidiu abrir um fundo de investimentos mais ambicioso no início de 2006. O plano inicial foi rapidamente superado. Daniel Citron, presidente da Tishman no Brasil, visitou mais de 100 investidores nos EUA, Ásia e Oriente Médio. Houve tanto interesse pelo investimento que o fundo Brasil captou US$ 100 milhões a mais do que o previsto. “Muitos investidores não tiveram tempo para entrar no fundo. Eles já pedem a abertura de um novo fundo”, diz o executivo. Mais do que isso: o interesse pelo Brasil é tão grande que os investidores telefonam para Citron pedindo conselhos para comprar imóveis no País, seja um prédio em São Paulo ou um terreno em Natal. Com os bons resultados no Brasil, a Tishman decidiu fazer investimentos parecidos na Índia e na China, levantando um fundo de US$ 700 milhões para cada país. No Brasil, já existem planos para novas captações. “Quando tivermos alocado todo o dinheiro, é inevitável pensar em novos fundos”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Sobre o medo e a coragem

Não é o só o fato do novo jeito de tergiversar não ter a menor idéia de quais áreas pretende repassar às OSCIPs que surpreende na entrevista concedida por Fernando Schüler ao jornaleco da Azenha, da qual La Vieja reproduziu um trecho logo abaixo.

Examinemos mais detalhadamente as afirmações abaixo, do secretário da Justiça e do Desenvolvimento Social do novo jeito de avançar:

"Somos uma sociedade que desconfia demais. E isso tem sido um problema para a construção de consensos e para o avanço do Estado. Em parte, chegamos na crise a que chegamos porque tivemos medo de avançar e de nos modernizar" (Os grifos são meus).

La Vieja não crê que o fato de supostamente sermos uma sociedade que desconfia demais seja um problema para a construção de consensos. Tal desconfiança, muito pelo contrário, tem sido até uma virtude. Não fosse ela teríamos deglutido tanto o Pacto Pelo Rio Grande, articulado, entre outros, pelo brilho intelectual de um Cézar Busatto (PPS-RS) e de um José Barrionuevo (ex-PRBS), quanto a Agenda Estratégica do RS 2006/2020: O Rio Grande que Queremos,
capitaneada pela Farsul, pela FCDLs, pela Federasul, pela Fecomércio e pela Fiergs, os clubinhos das indústrias, do comércio e da agricultura do estado. Não fosse certa dose de prudência o Rio Grande do Sul que realmente queremos não seria senão o Rio Grande do Sul que querem José Barrionuevo ou, na melhor das hipóteses, Farsul e Fiergs: um imenso latifúndio com vista para um distrito industrial.

O texto continua em La Vieja Bruja.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Na França Pode: Reeleições "Ad Infinitum"

Eu acredito que o presidente Chávez, antes de introduzir a proposta de reforma constitucional, já era objeto de ataques muito violentos. Foi praticamente desde que se elegeu pela primeira vez em dezembro de 1998. O argumento da Constituição não é mais do que a continuação dessa política de desqualificação permanente. O fato é que o presidente nunca disse que ia impor a reforma da Carta, mas propor e submeter as reformas à decisão popular. Na Venezuela os meios de comunicação são os meios da oligarquia, quase toda a imprensa escrita, os grandes jornais, pertencem à oposição, as grandes rádios. Ninguém se escandaliza no mundo porque em 2000 o então presidente [francês Jacques] Chirac fez um referendo para mudar a Constituição e permitir que o presidente da República pudesse ser reeleito indefinidamente, pondo fim à limitação a dois mandatos. Ninguém disse que Chirac é um tirano nem que Sarkozy vai se manter no poder de maneira ilegítima.

Na Europa há pelo menos sete países cuja Constituição não limita o número de mandatos do chefe de governo ou de Estado. Na proposta de reforma da Constituição venezuelana não foi suprimida a possibilidade de referendos revogatórios de mandato.



Trecho de entrevista com Ignácio Ramonet, na Folha Online, visto via Periferia do Império. A entrevista completa no saite da Folha Online.


Os Amigos Podem: Começa abaixo-assinado para projeto de reeleição de Uribe

Notícia publicada hoje (28/11) no jornal Folha de São Paulo (só para assinantes).

"Ainda que o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, tenha afirmado ontem que "perpetuar-se no poder tira o frescor da democracia" -em crítica indireta a Hugo Chávez-, teve início o processo que poderá possibilitar a ele, Uribe, candidatar-se outra vez à reeleição e obter um terceiro mandato.

A Controladoria entregou anteontem a Luis Guillermo Giraldo, responsável pela iniciativa, o formulário para recolher as 140 mil assinaturas necessárias ao pedido de reforma da Constituição. Ainda que o caminho jurídico para uma nova reeleição de Uribe seja incerto, os defensores do projeto dizem que ele vingará em 2010.

Giraldo disse que não pediu permissão ao presidente para a iniciativa, mas não foi desautorizado por ele. Há duas semanas, Uribe disse que só buscaria outro mandato em caso de "hecatombe". Para Giraldo, haveria "hecatombe" se os partidos governistas não concordassem sobre um candidato único para 2010, o que acha improvável."

Da Periferia do Império. Re-reeleição, pois não?

Qual censura?

O Programa Roda Viva do dia 12/11/2007, entrevistou o venezuelano Teodoro Petkoff, ex-dirigente comunista, guerrilheiro, ministro, candidato duas vezes à presidência da república, fundador do MAS – “Movimento al Socialismo”, economista e atualmente editor chefe do jornal oposicionista “Tal Cual”.

O repórter do jornal O Estado de S. Paulo, ao perguntar sobre a não renovação da concessão da RCTV mencionou a censura que os jornais de oposição vêm enfrentando naquele país. O desavisado foi advertido pelo entrevistado, que afirmou várias vezes durante o programa não existir censura na Venezuela. Que ele, como editou de um jornal de oposição nunca sofreu e nem sofre retaliação, e que não existe "ditadura" como dizem aqui no Brasil.

É louco ou sua família está sofrendo ameaças dos chavistas, segundo o pensamento dos nossos jornalistas venais.



Da Bodega Cultural.

Baduel: "Proponho uma Assembléia Constituinte"

Do Terra Magazine.

(...)Raúl Isaías Baduel, 52, ex-companheiro-em-armas do presidente venezuelano. Mais que a oposição tradicional ou o incipiente movimento estudantil, o posicionamento amplamente divulgado do general reformado contribuiu para o resultado - 3 milhões de pessoas que tinham votado em Chávez na eleição presidencial de dezembro de 2006, desta vez ficaram em casa.

Fiel ao seu estilo das últimas semanas, Baduel evita atacar Chávez(...). Mais: ele ressalta os logros sociais da "Revolução bolivariana". Com o referendo, diz ele, "não se encerra o novo rumo que se traça em nosso país, que aponta para um aprofundamento da democracia, privilegiando-se o protagonismo e a participação".

Ele também refuta o papel que muitos meios de comunicação tem querido outorgar-lhe: "Não estou falando em nome da oposição", diz ele, ao anunciar uma proposta detalhada para a convocação de uma nova Assembléia Constituinte.(...)

Terra Magazine - General, qual é sua leitura da vitória do "não" no referendo da reforma constitucional do presidente Hugo Chávez?
Raúl Isaías Baduel - Ganhou a democracia, ganhou o civismo, ganhou a paz. Abre-se uma dinâmica político-social favorável a todos em nosso país. Nessa nova dinâmica devemos reconhecer todos, e particularmente aqueles que são denominados excluídos. Cada um de nós tem que aceitar a responsabilidade desta situação, e não ficar inerte. Neste momento, se abrem novos caminhos para nosso país.(...)

Íntegra: clique aqui.

Marinho | Sobre a vida dura das madames endinheiradas neste Natal

BLUE BUS:

Um esclarecedor levantamento feito pela InterScience em outubro passado, com 100 mulheres da elite paulistana, joga um foco de luz sobre um outro país, por acaso incrustado no Brasil. Para você ter uma idéia, essas senhoras pretendem gastar em média, somente com presentes de Natal, a bagatela de R$ 8 mil. Cada ‘lembrancinha’ vai custar pelo menos R$ 450. A esmagadora maioria das compras (93%) será feita em shoppings, mas, surpreendentemente, 1/3 das entrevistadas afirmou que gastará parte dessa verba atraves da internet. A maior parte das madames paulistanas dará brinquedos e roupas. Cerca de 10% delas, entretanto, prometem incluir na lista de presentes um iPhone, mesmo sabendo que ele ainda nao está a venda legalmente no país. Dos maridos, elas esperam ganhar viagens (36%) ou carros 0km (33%). A maioria da elite paulistana, veja só, planeja pagar suas compras usando o parcelamento do cartao de crédito.

Para entender melhor esse país habitado por pessoas tao abastadas, vale dizer que as mulheres entrevistadas pela InterScience têm renda familiar superior a R$ 30 mil mensais. Elas viajam em média 3 vezes ao ano para o exterior, têm pelo menos 2 empregados em casa, vao ao cabeleireiro ao menos 1 vez por semana e sao donas de carros do ano. Mas nao pense que tudo sao flores na vida dessas privilegiadas. Até o Natal elas terao que trabalhar duro para dar conta de algumas importantes tarefas - 33% precisam trocar de carro, 29% vao cortar um dobrado atualizando o guarda roupa com as peças da nova estaçao, 24% estarao planejando a bagagem da viagem de férias ao exterior e 24% sofrerao nas maos dos seus cabeleireiros, porque pretendem mudar ou atualizar o corte do cabelo. Dura tambem é a vida das madames ;- ).

O país das trevas

BLOG DO BOURDOKAN:

Depois de invadir e ocupar o Iraque e o Afeganistão;
Depois de destruir sítios históricos patrimônio da humanidade;
Depois de horrorizar a humanidade com as masmorras de Abu-Ghraib e Guantanamo, eis que a superlativa “democracia” estadunidense mostra mais uma vez sua verdadeira face.

A Agência de Educação do Texas demitiu a professora Christine Castillo Comer, sua diretora durante nove anos, por dar preferência à teoria da Evolução, em detrimento da teoria criacionista. Christine, que deu aulas de ciência durante 27 anos, foi acusada de “insubordinação" e "delitos de conduta" e de se opor ao criacionismo, a doutrina de acordo com a qual a vida surgiu de um "criador inteligente".

E, por favor, não saiam por aí dizendo que esse é um caso isolado. Não É! Apesar dos pilantras da mídia ocultarem, o "renascido" e delinqüente Bush tem até verba especial para as escolas que ensinam que a humanidade surgiu de Adão e Eva.

Sobre poços

LA VIEJA BRUJA:

Segundo a socialite política mais fashion e in do reino encantado das pantalhas, "Os empresários do setor da construção pesada que almoçaram com o secretário do Desenvolvimento, Nelson Proença, ontem, foram surpreendidos por declarações incomuns para quem participa do governo".

Proença, ainda segundo Rosane de Oliveira, teria defendido "a mudança do discurso centrado exclusivamente no ajuste fiscal, que marcou o primeiro ano do governo", advertindo que "o Estado perderá investimentos se continuar batendo nessa tecla".

Embora a imagem do Brasil, que segundo Proença "se prepara para entrar em um novo ciclo virtuoso de crescimento", esteja atraindo cada vez mais investidores, "o Estado está ficando para trás 'em razão do único discurso adotado pelo governo até agora, que é o ajuste fiscal'".

"- Ou o Rio Grande do Sul incorpora o discurso do desenvolvimento e abandona o único tema de sua agenda até agora, ou, infelizmente, vai apenas assistir aos investimentos nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio de Janeiro", parece ter finalizado Proença.

Três lições podem ser tiradas das afirmações acima:

PARA LER AS TRÊS LIÇÕES CLIQUE NO TÍTULO DESTA POSTAGEM.

A desmoralização da mídia brasileira

VI O MUNDO:

Era 1h25 da manhã de segunda-feira, dia 3 de dezembro, quando este site anunciou o resultado do referendo na Venezuela e a derrota da proposta de reforma constitucional de Hugo Chávez, desde Caracas. Neste mesmo horário, a manchete acima estava na capa da Folha Online. Eram 3h25 da manhã no Brasil. Não é horário de ler notícias na internet, com certeza. Porém, estranhei que a manchete permanecesse ali por um bom tempo, completamente equivocada em relação ao resultado, acompanhada por um erro factual - não foi o presidente, mas o vice quem reconheceu que a apuração estava "apertada" - e por uma análise prevendo que a votação abria "era de incerteza para Chávez".

Como assim? A previsão já contava com o resultado? Ou a "era de incerteza" independia do resultado? É o que tenho escrito aqui, repetidamente: até o menos ruim dos jornais brasileiros é tecnicamente fraco. "Escuálido", diriam os chavistas. Ao desembarcar no Brasil, vindo de Caracas, ganhei um Estadão e li parte da cobertura, no táxi. Que pobreza.

Um dos grandes destaques foi a manchete segundo a qual Chávez teria demorado sete horas para reconhecer o resultado. Que estupidez. Quando o resultado foi oficialmente anunciado pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela nem todos os votos haviam sido contados. Os votos no Exterior não haviam sido contados. Nem aqueles de regiões remotas, não conectadas à rede informatizada. Chávez admitiu a derrota por pequena margem, ANTES MESMO DO FIM OFICIAL DA APURAÇÃO, diante da informação de que a tendência era irreversível e não havia margem para o SIM reverter a diferença de cerca de 145 mil votos.

LEIA A ÍNTEGRA DESTE TEXTO CLICANDO NO TÍTULO.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Direita em festa: agora há democracia na Venezuela?

Os blogs direitosos estão eufóricos com a derrota de Hugo Chávez no plebiscito venezuelano. De fato, a oposição teve uma vitória incontestável, mas não deixa de ser engraçado: na noite de domingo, quando as pesquisas de boca de urna davam a vitória ao coronel, a direita babava que Chávez tinha dado "um golpe" e que a Venezuela estava se transformando em uma ditadura porque "apenas 50%" dos eleitores tinham comparecido às urnas. Horas depois, a turma esqueceu a alta taxa de abstenção e a Venezuela voltou a ter uma "democracia robusta" com a lição que deu na "pretensões ditatoriais" de Chávez. Como diria o presidente Lula, "menas", pessoal, menas: na verdade, o baixo quórum foi fundamental para a vitória da oposição, e não o contrário. Paradoxalmente, portanto, se o povão tivesse comparecido em massa, a democracia da Venezuela seria mais representativa e Hugo Chávez teria conseguido aprovar as mudanças constitucionais que propôs.
Mas fica a lição até para blogs direitosos: é preciso torcer menos e analisar melhor.

Do Blog Entrelinhas.

Carteiraço II

Esquenta em Santiago a discussão sobre a autuação, pela Brigada Militar local, do deputado estadual Marco Peixoto (PP), que teria sido flagrado dirigindo em alta velocidade em perímetro urbano.

O jornalista santiaguense Júlio Prates, que neste imbróglio tenta preservar sua fontes, afirma que recebeu um comunicado de um major da BM local solicitando informações e negando versões paralelas que correm à boca pequena na cidade natal de Caio Fernando Abreu.

Ainda segundo o referido major, afirma Júlio,
"A velocidade do carro, quando da detectação pelo radar móvel, não era de 124 km/hora e, sim, 110 Km/hora".


"Que bom que o deputado não trafegava a 124 km/hora e sim a 110 km/hora", pondera Júlio. "A sociedade ficaria muito feliz com essa informação e a verdade seria reposta no seu devido lugar. Todos iriam ver que o deputado é homem prudente e zeloso", finaliza o jornalista.

Via La Vieja Bruja.

Microsoft (mais uma vez) condenada por pirataria

A Microsoft, uma empresa que adora acusar o movimento de software livre e os usuários Linux de desrespeitar patentes, acaba de ter a sua condenação por pirataria reafirmada por uma corte de apelação nos EUA, neste dia 16 de novembro. A maior ironia no caso é que a empresa de Bill Gates pirateou exatamente o sistema anti-pirataria que ela utiliza no Windows XP e no MS Office. A empresa foi acusada de desrespeitar os direitos de patente da empresa Z4, uma pequena empresa do estado de Michigan.

Juntamente com a Microsoft foi condenada também a empresa Autodesk, pelo uso do mesmo sistema no AutoCAD. As empresas foram multadas em US$ 160 milhões, um aumento da penalização em mais de US$ 25 milhões em relação à condenação inicial de abril do corrente ano.

Esta é a terceira maior multa a ser paga pela empresa por ações judiciais que a condenaram por pirataria. Por outro lado, suas alegações de que o Linux estaria desrespeitando seus direitos de patente NUNCA foram objetivamente sequer formulados.


A notícia continua no UnderLinux.

Partido Pirata Internacional

Raitéqui - Nasce um partido pirata

O Pirate Party foi criado na Suécia, e suas propostas já contam com núcleos militantes em vários países da Europa. Eles defendem mudanças nas leis de propriedade intelectual e industrial, e o direito à privacidade..
Sérgio Amadeu da Silveira

Brasileiros estao desistindo do sonho americano, diz o NYT

NOTÍCIA DO BLUE BUS:

Os brasileiros estao abandonando o sonho americano, a construçao de uma vida na 'terra das oportunidades', e estao voltando ao Brasil. É o que diz materia do New York Times. Alguns dos que fazem o caminho de volta sao imigrantes vivendo há anos na ilegalidade e que agora temem as leis mais duras que podem levar a uma deportaçao, outros avaliam que a economia brasileira melhorou, enquanto a americana enfrenta dificuldades. Os numeros dos que voltam nao sao conhecidos, mas há cada vez mais brasileiro decidindo deixar os EUA, segundo funcionarios das representaçoes brasileiras, agências de viagem e lideres de comunidades.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

A derrota de Chávez

NASSIF:

A derrota de Hugo Chávez no referendo venezuelano, permite as primeiras conclusões:

1. Cadê a ditadura? Até agora, Chávez venceu pelo voto. Ontem, o voto foi respeitado. Não significa que seja um democrata, mas que até agora a democracia lhe foi favorável. A partir de ontem, o jogo é outro.

2. Acontece que o projeto de Chávez para a Venezuela é revolucionário, não reformista ou contemplativo. E não existem sucessores para Chávez. O modelo venezuelano é intrinsecamente personalista. E a radicalização tornou as disputas eleitorais uma questão de vida ou de morte. Quem vencer as próximas eleições, varrerá os opositores do mapa. Chávez montou uma rede de conselhos por todo o país, que simplesmente desapareceria em caso de afastamento do líder nas próximas eleições. Ou seja, existem dois modelos hoje - a democracia clássica com todos seus vícios; o modelo dos "conselhos", com todo seu proselitismo - disputando a primazia política na Venezuela. Não há forma de convivência pacífica.

3. O possível caminho do chavismo seria uma reforma “à Putin”, com mudança no sistema presidencialista que preservasse a influência do líder.

Seja qual for o caminho, agora é que o jogo vai começar.

Sexo e chocolate aumentariam capacidade cerebral

RECEITA:

Fazer sexo, comer chocolate amargo e consumir um café da manhã rico em frios pode ser o segredo para treinar e impulsionar a capacidade cerebral.

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Spe salvi factis fumus

VIEJA BRUJA:

Joseph Ratzinger, para alguns o Papa Bento XVI, supremo líder espiritual da Igreja Católica Apostólica Romama e também chefe de Estado do Vaticano, representante do deus católico entre os homens de boa vontade, mais uma vez, como de costume, extrapolou a paciência dos homens de pouca fé.

Segundo informa a BBC Brasil, "O papa Bento 16 fez uma dura crítica ao ateísmo em um documento divulgado nesta sexta-feira, dizendo que a doutrina, que nega a existência de Deus, foi responsável por algumas das piores formas de crueldade e injustiça na história moderna". Conforme a Zero Hora, por sua vez, "O Pontífice também questionou o cristianismo moderno, que, segundo ele, ao se concentrar na salvação individual, 'ignora a mensagem de Jesus de que a verdadeira esperança cristã envolve a salvação de todos'".

O referido documento se trata da segunda encíclica apresentada por Ratzinger, intitulada Spe salvi. Tal afronta à inteligência dos homens de pouca fé veio a lume nessa última sexta, 30.

Embora seja um prato cheio, La Vieja vai deixar de lado a crítica papal àquilo que a igreja católica apostólica romana entende por ateísmo, bem como a relação entre tal "doutrina" e "algumas das piores formas de crueldade e injustiça na história moderna". Ela irá se concentrar somente na segunda parte do delírio ratzingeriano.

Muito provavelmente Joseph Ratzinger tem em mente, quando fala em "cristianismo moderno", todas as formas de cristianismo que não reconhecem sua autoridade. Tais degenerações, oriundas de interpretações equivocadas da palavra de Deus, pois só a igreja católica detém o privilégio de interpretá-las adequadamente, o que deve ser algo na água do Vaticano, concentram-se na salvação individual, ignorando "a mensagem de Jesus de que a verdadeira esperança cristã envolve a salvação de todos", ainda conforme a Zero Hora.

É no mínimo engraçado ouvir um representante da igreja católica se referir de modo pejorativo ao conceito de salvação individual, algo que lhe foi, e ainda o é, tão caro. Não era bem a "salvação de todos" que preocupava Rodrigo Bórgia, para alguns o papa Alexandre VI, quando usou sua fortuna "para comprar a maior parte dos votos dos cardeais quando se realizou o conclave para definir a sucessão do papa Inocêncio VIII". Embora seu papado tenha começado tranqüilo,"não tardou para que se manifestasse sua ganância em sacrificar todos os interesses em favor da família. Fez seu filho de dezesseis anos, César Bórgia, arcebispo de Valência, e seu sobrinho João, cardeal". Seu pontificado, "paradigma de corrupção papal", demonstra o quanto "Alexandre VI foi, sem dúvida, um papa corrupto, pouco dado às virtudes cristãs". Trata-se, como se vê, de um belo exemplo de virtude cristã esse o de Alexandre VI, um papa preocupadíssimo com a salvação de todos, pelo menos de todos os de sua família. Seu papado, bem como sua conduta individual, foram exemplos vivos de como todo bom católico condena a busca da salvação individual.

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Pesquisas, pesquisas...

Por weden

Quem leu aqui a última pesquisa Datafolha?

Vamos descontar a tentativa da Folha de ressaltar um factóide negativo ("o desejo de Lula pelo terceiro mandato", num caso sui generis de jornalismo subjuntivo), numa estratégia um tanto quanto simplista de encobrir resultados positivos.

Descartando o "macete jornalístico", ficam dados que devem ser levados a sério.

Em agosto, ressaltávamos a leitura incorreta das pesquisas. Quatro meses depois, olha com o que se depara o consenso de aluguel:

1. Mais aprovação no Sudeste, na classe média alta e entre os escolarizados.

2. E o resultado geral: apenas 14 % dos brasileiros acreditam que o governo é péssimo ou ruim.

3. O resultado negativo corresponde à metade do eleitorado que apoiou Alckmin nas últimas eleições - ou seja: a oposição perdeu força.

De novo: ou a oposição (e a midia a ela alinhada) muda o discurso ou perde definitivamente o compasso com a população.

O hiato já é grande. Está virando abismo.

Porque tanto para alguns colunistas, quanto para o PFL, ou ainda para o PSDB, como na última convenção, o governo é "realmente péssimo".

O que pode estar sendo passado para o eleitorado como "incapacidade avaliativa".

Que é péssimo para o futuro da oposição e credibilidade da mídia.

E não adianta esconder os números nas manchetes.

O leitor atento abre o jornal. Ou vai direto no site do Instituto.

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A QUESTÃO SOCIAL É UM CASO PARA A EPTC

RS URGENTE:

Ayrton Centeno escreve:

A questão social já foi um caso de polícia. Já foi vírgula: para muita gente permanece sendo assim. Basta ver a ferocidade do aparato bélico empregado pelo, com o perdão da palavra, governo Yeda Crusius contra 400 homens, mulheres e crianças do Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD) que ocuparam as ruínas daquilo que foi um dia a Companhia Riograndense de Laticínios e Correlatos, a Corlac, tentando fazer do local uma cooperativa de trabalho. Os escombros são hoje, aliás, uma testemunha muda do destroçamento econômico do Rio Grande presenciado por partidos que se revezaram no Piratini nas últimas décadas, todos representados no, digamos assim, governo atual.

Mas as páginas de Zero Hora, outra usina ideológica de criminalização dos pobres organizados, sinalizam outra configuração deste fenômeno. Para ZH, a questão social deixou de ser um caso de polícia apenas para se transformar, dependendo da situação, numa ocorrência de trânsito. Ou seja, um passo além na irrelevância.Tanto na edição online quanto na impressa, a Marcha dos Sem, que reuniu milhares de pessoas para contestar as políticas do, vamos dizer, governo Yeda foi tratada como um aborrecimento, mais uma daquelas aporrinhações do tráfego que agridem os países baixos da classe-média na borda do fim-de-semana.

“Marcha do Sem complica o trânsito” (P.42) foi o título da matéria mirrada, esmagada e esquecida num pé de página da editoria de geral no sábado, 01/12. Não mais de 30 linhas secundadas por uma foto de duas colunas onde o protagonista é um táxi que passa por cima de um canteiro. Perfeito: um flagrante de infração de trânsito para uma matéria de trânsito. Os marchantes estão ao fundo. Não tem rosto, estão indistintos, quase invisíveis. São nada. Como se quer.

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domingo, 2 de dezembro de 2007

Venezuela

Do site VioMundo: 'Se opositores protestarem contra resultado, Chávez diz que cortará exportações de petróleo para os Estados Unidos'

"A Venezuela é uma democracia. Ponto. Se você vier até aqui, como eu fiz, vai constatar isso nas ruas. Há liberdade de ir e vir, de reunião, de imprensa, de expressão e de manifestação". Assim o jornalista Luiz Carlos Azenha, direto de Caracas, inicia a cobertura do referendo que ocorre hoje na Venezuela. Os apoiadores do presidente Hugo Chavez lutam pelo SIM, enquanto a oposição cerrou fileiras pelo NÃO. Leia a cobertura na íntegra no site VioMundo: http://viomundo.globo.com

*Via 'Blog do Júlio Garcia'