quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Discriminação nas escolas e nos livros prejudica desempenho de alunos negros

Os negros são maioria no contingente de analfabetos do país - somando 9 milhões do total de 14 milhões – e estão mais atrasados nos estudos do que o restante da população.

Para o coordenador do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros da Universidade de Brasília (UnB), Nelson Inocêncio, a diferença no rendimento reflete uma escola e um sistema de ensino que não acolhe a população negra.

“A escola diz que o grupo do outro [dos brancos] é a grande referência para a humanidade. Foi o grupo do outro que construiu, ele representa a civilização. E o meu grupo [negros] não representa nada. Isso é colocado de forma persistente nos livros, nas lições, e o aluno vai obter reações muito negativas em relação ao processo. Ele se pergunta: na medida em que a escola não me reconhece, que sentido faz eu estar na escola?”, aponta.

Mais na Agência Brasil.

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