domingo, 2 de novembro de 2008

Um dia na vida de um jornal

De como um dos maiores diários do país vem se especializando em inverter o sentido dos fatos. O jornal torce os fatos porque está torcendo pelos mesmos, em vez de tentar retratá-los com a maior precisão e contextualização possível.

O dia é quinta, 30 de Outubro de 2008. Mas podia ser qualquer outro. Nessa quinta, o desprezo da Folha pelos seus leitores superou-se com a reportagem “Luz para Todos não cumpre a meta de dois milhões". Minha mulher, que já vinha se aborrecendo com a Folha, fechou as páginas, irritada: “Esse jornal pensa que somos idiotas”.

Começa pela foto que encima a história, uma cena de escuridão no Congresso Nacional, que não tem nada nadinha a ver com o programa Luz para Todos. Depois vem o título, enorme, em quatro colunas, numa página nobre do jornal, chamando de fracassado um programa que os números da reportagem revelam estar sendo um dos maiores sucessos do governo Lula.


Veja o texto completo na Agencia Carta Maior

3 comentários:

José Elesbán disse...

O jornal da família Frias tem muitos pecados, mas me parece que dos que estão aí, é o menos pior.
Quando vejo títulos como este citado pelo Kucinski, simplesmente passo adiante.

zejustino disse...

Um dos pecados foi alimentar a OBAN. Para aumentar mais ainda a gravidade do pecado eles ainda tem a cara-de-pau de negar o fornecimento de transporte (camionetes Chevrolet) e o uso criminoso da Fôlha da Tarde para mortes anunciadas.

José Elesbán disse...

Sem dúvida.
Mas isto passou. A Folha não é mais o "diário oficial da OBAN".
Em 1984 foi o primeiro jornal a dar ampla divulgação para os comícios das Diretas Já, amplamente ignorados pelas organizações Globo.
Mas como eu disse. Não é o melhor, é o menos pior.