sábado, 23 de fevereiro de 2008

O que engana bem nos EUA ...

Ao justificar seus ataques aos meios de comunicação, Musharraf não se cansou de dizer que os jornalistas paquistaneses eram grosseiros, não respeitavam as autoridades e teriam que aprender a se comportar. Às vezes citou a imprensa norte-americana e a britânica e como elas tratavam bem seus governantes. Como tinha razão! Quis, portanto, alinhar a mídia paquistanesa com suas congêneres dos Estados Unidos e do Reino Unido.

Não há dúvida: o New York Times estaria de acordo com tudo isso. Como esquecer sua valente posição quando Bush/Cheney/Rumsfeld se preparavam para ir à guerra? Ou o apoio servil à Bush, não só da rede Fox, mas de todos os canais de televisão, sem exceção? Ou o terrível Tony Blair castrando uma BBC domesticada, despedindo seu presidente e seu diretor-geral, porque de vez em quando ela refletia as opiniões da maioria dos cidadãos, que eram incondicionalmente hostis à guerra?
Tariq Ali na Carta Maior.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Pedro Simon defende fim do bloqueio contra Cuba

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) em discurso no plenário nesta sexta-feira defendeu o fim do embargo econômico que os EUA mantêm durante quatro décadas contra Cuba. Com a renúncia de Fidel Castro do cargo de presidente, Simon considera que estão criadas as condições políticas para "um avanço histórico, com o fim do bloqueio que asfixia a ilha economicamente e prejudica, principalmente, o povo cubano".

- O Congresso norte-americano, na última terça-feira, pediu ao governo o fim da política punitiva dos EUA contra Cuba - ressaltou o senador dizendo que a imprensa norte-americana também constata o fracasso das tentativas de derrubar Fidel Castro.

Na opinião do parlamentar, o Brasil pode desempenhar um papel importante na distensão das relações entre o regime cubano pós-Fidel e o governo dos Estados Unidos. Nesse sentido, Simon sugeriu que o assunto seja discutido no Parlamento do Mercosul - que se reúne em Montevidéu, em março.

O senador, ao mesmo tempo, apelou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está na Argentina, para que debata a questão com a presidenta Cristina Kirchner. Outra proposta de Pedro Simon, debatida no plenário, durante apartes dos senadores Heráclito Fortes (DEM-PI), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, e Cristovam Buarque (PDT-DF), foi uma reunião com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.

O juiz, a polícia e o malandro

CARTA CAPITAL:

Roberto Schuman *

Um flagrante da crônica policial durante o carnaval é a prova eloqüente de que a polícia do Rio de Janeiro não trai mesmo a origem. O policial com farda (militar) ou sem farda (civil) não se comporta como guardião da cidadania. Talvez não conheça esse conceito. Talvez o despreze. Essa, enfim, é a polícia que a sociedade brasileira criou, voltada originalmente para reprimir a população mais pobre. Tem esse sentido o texto escrito pelo juiz Roberto Schuman, 31 anos, da 2ª Região do Tribunal Regional Federal. É inspirado na experiência que ele viveu, na noite da segunda-feira de carnaval. Mesmo depois de se identificar, foi tratado por policiais civis como um marginal. Em seguida, algemado e empurrado para dentro de um camburão. “Confesso que saí do camburão me sentindo como um trapo, um lixo, em relação à minha cidadania e à minha condição funcional”, escreveu o juiz aos amigos. Ele mesmo encontrou a foto de um de seus algozes no site da Polícia Civil. Nela, o policial Cristiano Carvalho Veiga da Mouta recebe do chefe da Polícia Civil, Roberto Hallak, o diploma de conclusão de um curso de Operações Especiais. Os policiais, de ouvido em ouvido, contam outra versão. Mas o que o juiz narra é exatamente o que a população conhece. Não parece invenção e, muito menos, mera coincidência. Se isso ocorre com um magistrado, talvez só reste constatar: “Pobres dos pobres!” (Mauricio Dias)

Segunda-feira de carnaval. Saí de casa por volta das das 22 horas para encontrar a namorada na porta do Circo Voador, na Lapa. Ao chegar, deixei o táxi ao celular, para tentar localizá-la. Além de tênis, bermuda e camisa, usava um chapéu, desses vendidos em todos os cantos da cidade a 5 reais. Presente da namorada. Coisa de mulher.

Atravessei a rua e quase fui atropelado por um camburão, luzes e lanternas apagadas, com a inscrição Core (Coordenadoria de Recursos Especiais, unidade especial da Polícia Civil do Rio). No mesmo momento, o motorista gritou: “Ô, malandro!” Assustado, dei um pulo para a calçada, pedi desculpas e virei as costas, ainda ao celular.

Percebi, então, que a viatura andava ao meu lado, com três policiais de preto. E escutei, em alto e bom som: “Saia da rua, seu malandro e bêbado!” Neste momento, reagi. Isso não é jeito de tratar as pessoas na rua. “Não sou bêbado nem malandro. Se vocês não estiverem em operação, está errado andarem com essa viatura preta e apagada, pois quase me atropelaram e vão acabar ferindo alguém!”

Foi a oportunidade que queriam. Os homens de preto desceram da viatura: “Ô, malandro, tu é abusado e tá preso”. Ato contínuo, diante da voz de prisão, estendi os dois braços para ser algemado. Pergunto ao mais novo dos três, que estava completamente alterado: “Qual o motivo da prisão?” Resposta: “Desacato”. Insisto: “O que os senhores entendem por desacato?” Resposta: “Até o DP a gente inventa, se a gente te levar pra lá”.

Percebi a gravidade da situação e disse: “Estou me identificando como juiz federal e minha identificação funcional está dentro da minha carteira, no bolso da bermuda”. Imediatamente, o policial novinho, que se identificou como André e no DP disse ser Cristiano, meteu a mão no meu bolso, pegou a minha carteira e a colocou em um dos bolsos de sua farda preta. Então, o impensável aconteceu! Disseram: “Juiz federal é o c... Tu é malandro e vai para a caçapa do camburão”.
Fui atirado na mala do camburão como bandido, algemado, com o celular no bolso. Os três policiais do Core diziam que, no máximo, eu deveria ser “juiz arbitral ou de futebol”. Temi pela vida. Por incrível que pareça, veio-me aquela frase de Dante, da obra Divina Comédia: “Abandonai toda esperança, vós que entrais aqui”.

Sem perder as esperanças, mesmo algemado, peguei o celular do bolso e liguei para a assessoria de segurança da Justiça Federal. Informei a situação, bem baixinho. Que não sabia se seria levado ou não ao DP. Pedi para acionar a Polícia Militar e localizar a viatura do Core que circulava pela Lapa comigo algemado.

Após o telefonema, disse-lhes uma única coisa, ainda na viatura. “Vocês estão cometendo crime.” Eles zombaram aos risos: “Juiz federal andando com esse chapéu igual a malandro. Até parece. Se você for mesmo juiz, a gente vai chamar a imprensa, pois juiz não pode andar como malandro”.
Na delegacia, as gracinhas dos policiais continuaram: “Olha o chapéu do malandro”. Já me sentindo em segurança, revidei. “Vocês querem que eu tire o chapéu e vista terno e gravata?” O fato é que, na presença do delegado, as algemas foram retiradas. Vinte minutos depois, um dos policiais de preto veio ao meu encontro: “Excelência, desculpas. Nós agimos mal, podemos deixar por isso mesmo?”
Respondi: “Primeiro, não me chame de excelência, pois até há pouco eu era malandro. Segundo, não. Não pode ficar por isso mesmo. Como é que vocês tratam assim as pessoas na rua, como se fossem bandidos? Terceiro, vocês três não honram a farda que vestem. Quarto, desde a abordagem policial, agi apenas como cidadão e fui desrespeitado. Depois de ter me identificado como juiz federal, fui ainda mais ofendido. Logo, houve um crime de abuso de autoridade seguido de outro de desacato.

O circo foi montado pelo próprio agente Cristiano, que ligou do interior do DP para os repórteres, de forma incessante. Talvez temesse que ele e seus dois colegas de farda preta fossem presos por mim no interior do DP. Decidi não fazê-lo, porque em nada prejudicaria a instauração de procedimento administrativo na Corregedoria da Polícia Civil, bem como a ação penal por abuso de autoridade e desacato, sem mencionar o dano à minha pessoa, como cidadão e magistrado.

“Se como juiz federal fui ameaçado por três homens de farda preta com pistolas automáticas, algemado e jogado como um bandido na mala de um camburão, simplesmente por tê-los repreendido, de forma educada, como convém a qualquer pessoa de bem, o que aconteceria a um cidadão desprovido de autoridade e conhecimento dos seus direitos?”

De minha parte, duas coisas estão claras. Não permitirei nada passar em branco, pois são fatos sérios e graves que partiram daqueles que têm o dever de zelar pela segurança da sociedade. E, no próximo carnaval, não usarei o presente da namorada, o tal chapéu. É perigoso. Pode ser coisa de malandro.

*Cidadão e juiz federal no estado do Rio de Janeiro

Dinheiro traz felicidade, certo, mas também passa rapido

BLUE BUS:

Todos aqueles que acreditam que dinheiro nao traz felicidade acabam de sofrer duro golpe. Estudo divulgado no mês passado nos EUA pela National Academy of Sciences mostra que quanto mais caro é o produto que experimentamos, maior também é a sensaçao de felicidade que sentimos. 22/02 Luiz Alberto Marinho

Os participantes do tal estudo tiveram sensores conectados aos cérebros e foram instruídos a tomar um gole de 5 taças de vinho diferentes. Detalhe - cada garrafa tinha um preço distinto, variando de USD 5 a USD 90. Cada vez que um sujeito bebia da taça abastecida com o vinho de USD 90, os sensores captavam significativo aumento de atividade na parte do cérebro responsável pelas sensaçoes de prazer. Isso acontecia mesmo quando a cobaia humana era enganada e tomava o vinho de USD 5 pensando que bebericava o exclusivo vinho de USD 90. Ou seja, o prazer resultava mesmo da experiência de consumir algo muito caro e nao da qualidade do vinho em si. 22/02 Luiz Alberto Marinho

A conclusao da pesquisa é que os consumidores correlacionam preço a qualidade. Além disso, vivenciam uma sensaçao de felicidade por ter em maos um produto caro, porque acreditam que isso faz delas pessoas melhores. Em outras palavras, elas querem mais do que têm porque querem ser mais do que sao. Entretanto, a sensaçao de felicidade obtida pelo consumo de um produto caro e exclusivo dura pouco. Os sensores ligados aos participantes da pesquisa mostraram que apenas poucos segundos depois de degustar o vinho de USD 90 o prazer voltava aos níveis normais. Isso provavelmente explica a dinâmica do consumo compulsivo que afeta certas pessoas - para essa gente, a compra tem efeito semelhante ao das drogas, bebida ou cigarro. 22/02 Luiz Alberto Marinho

A moral dessa história é que o dinheiro pode sim trazer felicidade. Mas ela é efêmera. A verdadeira felicidade, essa nao se compra.
22/02 Luiz Alberto Marinho

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Deputado israelense culpa homossexuais por terremotos

Os homossexuais são responsáveis pela onda de terremotos que atingiu Israel nos últimos meses, porque Deus advertiu que não se deve "menear" os genitais indevidamente, disse nesta quarta-feira no Knesset (Parlamento) um deputado israelense ortodoxo.

"O Talmud nos ensina que uma das causas dos terremotos é a homossexualidade", disse Shlomo Benizri, um dos 12 deputados do partido Shass, referindo-se ao livro que reúne a tradição oral religiosa judaica.

O Knesset legalizou o homossexualismo em 1988 e nos anos seguintes diversas leis passaram a reconhecer os direitos dos homossexuais.

"Deus disse que sacudiria o mundo 'para despertar-vos se menearem vossos genitais' onde não tenham que fazê-lo", afirmou Benizri em uma comissão parlamentar que estuda medidas para proteger o país dos tremores.

Israel sofreu uma série de terremotos nos últimos meses, o último deles na sexta-feira passada, de 5 graus na escala Richter.

O Vale do Jordão, o Mar Morto e, mais ao sul, o deserto de Arava e o Mar Vermelho se encontram sobre a falha sírio-africana, local de freqüente atividade sísmica.

Deputado quer tornar caveira e farda preta do Bope patrimônios culturais do Rio

A insígnia com uma caveira trespassada por faca e garruchas e o uniforme preto que celebrizaram o Batalhão de Operações Especiais (Bope) podem se tornar patrimônios culturais do Estado do Rio de Janeiro. Isso é o que pretende o deputado Flávio Bolsonaro (PP), que garante que a idéia é anterior à popularidade alcançada pelo Batalhão depois do sucesso do filme "Tropa de Elite".

Estudo mostra que empresário não reduz preço com o fim da CPMF

CONVERSA AFIADA:

O que era uma suspeita se confirmou. O fim da CPMF não produziu a alardeada redução de preços para os consumidores. Ao contrário do que afirmava a oposição no Senado, os preços subiram, aumentando o lucro das indústrias e empresas, como foi demonstrado por um estudo do professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Marcos Cintra, publicado na Folha de S. Paulo. “O fim da CPMF foi uma reforma tributária invertida, um Robin Hood às avessas: tirou dos pobres para dar aos ricos”, afirma a senadora Ideli Salvatti (PT-SC).
Ao fazer um cruzamento entre o impacto do fim da cobrança da alíquota de 0,38% sobre as movimentações financeiras com a inflação medida em 42 setores da economia, Cintra colocou por terra a tese de que o fim do tributo traria ganhos aos consumidores. Ledo engano. Cintra comprova que a extinção da CPMF não causou qualquer impacto positivo na economia do País. “Se o argumento defendido pelos empresários e pela oposição fosse verídico, de que a CPMF aumentava em 2% os preços nos setores de bens de serviço, o povo já estaria sentido o impacto positivo da medida, especialmente com preços mais baixos”, sustenta Ideli.
Os cálculos realizados também por especialistas da área econômico-tributária mostram uma inflação crescente nos preços desses 42 setores pesquisados. Os únicos beneficiados com o fim da CPMF foram as empresas, que tanto lutaram pela derrubada do tributo e que hoje podem comemorar o aumento de suas margens de lucro. “Setores como eletroeletrônicos, indústria automobilística, farmacêutica, transportes e serviços pessoais tiveram aumento, ao invés da queda dos preços tão defendida pelos empresários e pela oposição, que usaram este argumento para derrubar a CPMF”, diz Ideli. “Em todo o debate o que mais se ouviu falar, pela oposição, era que a população teria um benefício imediato, mas isto não aconteceu até agora”.
Para Ideli, está evidente que a conta será paga pelos menos favorecidos, pois serão os que mais vão sofrer com a extinção do imposto. A CPMF financiava a Saúde, Previdência e a Assistência Social, por meio de programas como o Bolsa Família.
Mesmo sem os R$ 40 bilhões arrecadados pela CPMF que, neste momento, passam a engordar os lucros das empresas e das indústrias, o governo não irá abrir mão de seu projeto de crescimento sustentável com inclusão social, ressalva a senadora. “Aliás, o governo comemora o crescimento na economia e reitera o compromisso de manter os projetos assistenciais. Com isso, programas de inclusão, como o Bolsa Família, continuarão ajudando mais de um quarto da população brasileira, representada pelos 11 milhões de famílias que recebem o benefício”, afirma a líder do PT no Senado.
Esse programa obteve bons resultados em diversos estados brasileiros, como o suscitado pelo professor de economia da Universidade Federal de Alagoas, Cícero Péricles de Carvalho. Ele fez um estudo publicado pela revista inglesa The Economist sobre o impacto positivo do Bolsa Família na economia familiar alagoana, considerada uma das mais pobres do Brasil.
O professor destacou que o benefício concedido pelo programa gerou uma explosão no consumo de bens duráveis, como eletrodomésticos e móveis. E o aumento desses bens foi comprovado ano passado pelo estudo realizado pela FGV, com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios – PNAD, que mostra o aumento da renda da família brasileira. Um estudo da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal), das Nações Unidas, também indicou que durante o governo Lula, com suas políticas de inclusão, milhares de brasileiros subiram da classe D para a C. Na prática, a sociedade de consumo aumentou.
O dado mais importante a ser avaliado, no entanto, é que houve em Alagoas a inclusão de mais brasileiros no mercado de consumo, beneficiados com programas antes financiados com os recursos da CPMF. “O discurso dos que defendem o fim da CPMF deveria ter sido o seguinte: ‘vamos tirar dos pobres para dar aos ricos, mesmo que a grande maioria da população, infelizmente, ainda não possua conta corrente”, diz Ideli. Para a senadora, a sociedade vai continuar esperando a queda nos preços que ocorreria imediatamente após o fim da cobrança da CPMF, como prometeram alguns líderes empresariais, sob o argumento de que o tributo estava com sua data vencida, tinha desvio de finalidade e era utilizado para o superávit primário do governo.
“Mas os preços não caíram como os empresários e a oposição prometeram e a rubrica dos recursos que financiavam a saúde, a previdência e a assistência social, agora, é do lucro privado”, diz. Para completar, afirma Ideli, a CPMF era um importante instrumento para rastrear e punir a ação de sonegadores de todos os matizes. De empresários inescrupulosos a traficantes de drogas.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

E agora, Mané?

O ex-governador Antônio Britto assumiu a vice-presidência da Claro. O furo foi dado pela coluna do jornalista Ancelmo Góes, no Globo desta terça-feira, 19. A colunista de política de Zero Hora, Roseane de Oliveira, confirmou a informação com o próprio Britto nesta manhã.

Britto disse à jornalista gaúcha que estava em São Paulo “colocando a gravata” para ir ao escritório da Claro, onde será anunciado oficialmente como vice-presidente. O convite teria sido feito antes do Carnaval.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Sacanagens globais


Na semana passada, os vários telejornais da TV Globo fizeram alarde com um vídeo em que alunos da Universidade de Ciências Informáticas (UCI) de Havana aparentemente criticam duramente o regime cubano e o socialismo. Reproduzindo acriticamente o noticiário estadunidense, a ex-toda poderosa TV Globo informou que dois universitários teriam sido presos logo após a difusão do “incidente”. No seu afã anticomunista, ela sequer conferiu as fontes. “O vídeo, de quase uma hora de duração, mostra o desencanto da juventude”, decretou.
Na verdade, o episódio ocorreu em 19 de janeiro e só agora foi amplificado e manipulado pela mídia hegemônica. Tratou-se de uma reunião do presidente do Assembléia Nacional, Ricardo Alarcón, com os alunos da UCI, um projeto avançado de informatização do país. O vídeo não foi feito às escondidas, como insinua a TV Globo, mas sim transmitido livremente para os dez mil estudantes da escola. Ele retrata um debate natural, democrático, entre os jovens e o deputado, no qual são feitas críticas às dificuldades de Cuba – coisa comum de se ouvir nas ruas desta nação rebelde e irreverente. Não há qualquer repressão ou demonstração de “desencanto da juventude”.

Manipulação e silêncio criminoso

A mentira da TV Globo é tão grotesca que ela nem divulgou a entrevista de Eliécer Ávila, o tal universitário preso, que apareceu recentemente, livre e faceiro, zombando das manipulações da mídia. Num outro vídeo, que a Rede Globo não transmitiu em horário nobre, o aluno afirma que o encontro com Alarcón tratou dos problemas da juventude e que as críticas foram no sentido do “fortalecer a construção do socialismo cubano”. Segundo a Agência Reuters, Eliécer se mostrou indignado com as intrigas divulgadas, inclusive sobre a sua prisão. “Tudo o que estão dizendo é uma mentira total, que desvirtua o que opinamos... Agora me dei conta da maquinaria da mídia”.
A TV Globo também não repercutiu o protesto público dos alunos da UCI contra o “terrorismo midiático”. Também não registrou para os seus incautos telespectadores um manifesto assinado pelos estudantes, professores e demais trabalhadores da universidade que condena “a grosseira e mal-intencionada manipulação dos principais meios de comunicação do imperialismo e de seus lacaios”. O documento informa que 99% dos alunos e funcionários da universidade votaram na eleição cubana de janeiro. “Ratificamos a nossa inquebrantável disposição de cumprir qualquer tarefa da revolução e de continuar lutando para merecedor integrar a sua tropa do futuro”.
Mais aqui,na coluna de Altamiro Borges no Vermelho.

PSDB é autuado em R$ 7 milhões por notas frias

O PSDB teve sua imunidade tributária suspensa e foi autuado em R$ 7 milhões após a Receita Federal detectar uso de notas fiscais frias durante a campanha à Presidência da República em 2002 do candidato José Serra. O valor das notas, emitidas por uma empresa fantasma e por outra "inidônea", somavam R$ 476 mil, segundo a Delegacia da Receita Federal de Brasília.

De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, que teve acesso aos documentos da auditoria nas contas do PSDB e do auto de infração, a empresa "inidônea", desativada desde 1996, estaria registrada como sendo Marka Serviços de Engenharia e pertenceria ao secretário-geral do PSDB (1999-2003), Márcio Fortes. Leia mais no portal Terra.

O descanso do comandante


O líder cubano Fidel Castro anunciou nesta terça-feira que não voltará a governar o país, lançando dúvidas sobre o futuro do regime que se prepara para escolher um sucessor dentro de apenas uma semana.
Em uma mensagem publicada pelo jornal oficial do Partido Comunista Cubano, o Granma, Fidel disse que não aceitará o cargo de Presidente do Conselho de Estado, para o qual vinha sendo eleito e ratificado desde 1976.
"Trairia minha consciência ocupar uma responsabilidade que requer mobilidade e entrega total que não estou em condições físicas de oferecer. Digo-o sem dramatismo", escreveu Fidel, afastado do cargo há um ano e meio para tratamento de saúde.
"A meus queridos compatriotas, que me deram a imensa honra de me eleger recentemente como membro do Parlamento, em cujo seio devem ser adotados acordos importantes para nossa Revolução, comunico que não aspirarei e nem aceitarei - repito - não aspirarei e nem aceitarei o cargo de Presidente do Conselho de Estado e Comandante-chefe."
"Não me despeço de vocês, desejo apenas combater como soldado das idéias".
Fidel disse que continuará escrevendo no Granma, mas sua coluna "Reflexões do comandante-chefe" passará a se chamar "Reflexões do companheiro Fidel".
Mais no G1.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Prévias do PT - Porto Alegre


'Fazer a cidade avançar para o futuro'

Com o auditório principal da sede do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre completamente lotado, ocorreu hoje à noite uma 'plenária de mobilização e organização' da pré-candidatura de Miguel Rossetto (foto), que disputa com a deputada federal Maria do Rosário a condição de representante do Partido dos Trabalhadores à prefeitura da capital dos gaúchos nas próximas eleições municipais. Entre os presentes encontravam-se, dentre outros, o deputado estadual Raul Pont e os ex-deputados Flávio Koutzii e Estilac Xavier, que discursaram durante o evento. Presentes também os vereadores Marcelo Danéris, Maria Celeste, Carlos Todeschini e Sofia Cavedon, além do ex-prefeito João Verle e vários ex-vereadores e lideranças de movimentos populares, sindicais, mulheres, negros, juventude e das zonais do partido.

Em seu pronunciamento Miguel Rossetto destacou que "no próximo dia 16 de março, o PT definirá sua candidatura à Prefeitura de Porto Alegre. Foi com muita honra e entusiasmo que aceitei o desafio de representar o partido para que nossa cidade seja novamente uma referência mundial de democracia e qualidade de vida. Para isso, precisamos derrotar a direita, representada pelos governos Fogaça e Yeda. Nós, que lutamos pela construção de um PT ético, democrático e socialista, sabemos que a força da militância é fundamental para vencermos esse desafio. Além de chegarmos à Prefeitura, precisamos fazer uma grande administração, capaz de recolocar Porto Alegre no nível atingido durante os governos da Frente Popular, fazendo a cidade avançar para o futuro".

Do Blog do Júlio Garcia
http://jc-garcia.zip.net

Bons tempos



Para horror dos profetas do caos, o editor da Money Week, Merryn Somerset, publicou no Sunday Times artigo defendendo que os pequenos investidores britânicos coloquem o seu suado dinheirinho no Brasil. “Por que Brasil? Porque o país tem duas coisas que faltam ao resto do mundo - reservas de terras férteis e uma abundância de água. Esses dois fatores combinados transformaram o Brasil no maior forncedor mundial de açucar, café, carnes bovina e de frango. (…) Ao mesmo tempo, ao contrário de nós, o Brasil está na febre dos biocombustíveis, é um dos maiores produtores de ferro e tem grandes depósitos de urânio, niquel, ouro, platina e, descobriu-se recentemente, petróleo. Vai demorar para o país retirar esse óleo do fundo do mar, mas se as reservas forem tão grandes quanto se imagina, o Brasil poderá entrar na liga de exportadores, junto com o Oriente Médio e a Venezuela. (…). Finalmente há a estabilidade política: (o veterano investidor) Jim Slate me descreveu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como sendo ao mesmo tempo ‘pragmático’ e ‘popular’”. Meryn Somerset não está sozinho nessa aposta que tanto contraria muitos analistas brasileiros.
Saiu n'O Filtro de Thomas Traumann

Para servir e proteger



“Se como juiz federal fui ameaçado por três homens de farda preta com pistolas automáticas, algemado e jogado como um bandido na mala de um camburão, simplesmente por tê-los repreendido, de forma educada, como convém a qualquer pessoa de bem, o que aconteceria a um cidadão desprovido de autoridade e conhecimento dos seus direitos?”

Um flagrante da crônica policial durante o carnaval é a prova eloqüente de que a polícia do Rio de Janeiro não trai mesmo a origem. O policial com farda (militar) ou sem farda (civil) não se comporta como guardião da cidadania. Talvez não conheça esse conceito. Talvez o despreze. Essa, enfim, é a polícia que a sociedade brasileira criou, voltada originalmente para reprimir a população mais pobre. Tem esse sentido o texto escrito pelo juiz Roberto Schuman, 31 anos, da 2ª Região do Tribunal Regional Federal. É inspirado na experiência que ele viveu, na noite da segunda-feira de carnaval. Mesmo depois de se identificar, foi tratado por policiais civis como um marginal. Em seguida, algemado e empurrado para dentro de um camburão. “Confesso que saí do camburão me sentindo como um trapo, um lixo, em relação à minha cidadania e à minha condição funcional”, escreveu o juiz aos amigos. Ele mesmo encontrou a foto de um de seus algozes no site da Polícia Civil. Nela, o policial Cristiano Carvalho Veiga da Mouta recebe do chefe da Polícia Civil, Roberto Hallak, o diploma de conclusão de um curso de Operações Especiais. Os policiais, de ouvido em ouvido, contam outra versão. Mas o que o juiz narra é exatamente o que a população conhece. Não parece invenção e, muito menos, mera coincidência. Se isso ocorre com um magistrado, talvez só reste constatar: “Pobres dos pobres!” (Mauricio Dias)
Vale a pena ler a íntegra do depoimento do juiz Roberton Schuman, publicado na revista Carta Capital. Clique >aqui.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Saco de gatos gordos e velhos na UnB

Cinco diretores da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), ligada à Universidade de Brasília (UnB), foram afastados por decisão liminar do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF).

Policiais militares restringiram o acesso à fundação para evitar que documentos sejam retirados do prédio, localizado na entrada na universidade. Na ação judicial, o Ministério Público levanta a suspeita de prática de irregularidades em contratos celebrados pela Finatec para prestação de serviço à universidade.

Para a desembargadora, a intervenção requerida pelo Ministério Público é "impositiva". De acordo com ela, todos os réus vêm, ao longo de muitos anos, revezando-se nos cargos das diretorias e conselhos, "sempre exercendo atividades que lhes permitiam aprovar ou fiscalizar as contas da instituição, bem como a formalização de contratos de prestação de serviços com órgãos públicos”. Na reforma do apartamento do reitor da UnB, Timothy Mulholland, a compra de mobília teria custado cerca de R$ 400 mil. Da Agência Brasil.

OMS considera “altamente tóxico” herbicida de soja transgênica

Enquanto isso, ruralistas querem diminuir a alíquota de importação sobre o glifosato chinês, princípio ativo do herbicida usado na soja transgênica e patenteado pela Monsanto

14/02/2008

Mayrá Lima, de Brasília

Por um lado a Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, em Brasília, tenta diminuir a alíquota sobre o glifosato chinês, numa tentativa de “baixar os custos do herbicida e melhorar a concorrência do produto no mercado”. Por outro, a Organização Mundial de Saúde (OMS) anuncia que decidiu reclassificar o herbicida patenteado pela transnacional Monsanto de “produto que não oferece perigo” para produto “altamente tóxico”.

A reclassificação está baseada em demonstrações científicas que alertaram sobre os efeitos cancerígenos, a ação mutagênica, a contaminação de alimentos e persistência do veneno no solo e em cultivos. Segundo a Assessoria e Serviços a Projetos em Agricultura Alternativa (ASPTA), a soja transgênica RR (Roundup Ready), também da Monsanto, foi desenvolvida para resistir à aplicação do herbicida à base de glifosato (cujo nome comercial é Roundup). Com o uso da soja transgênica, os agricultores pulverizam o agrotóxico sobre a lavoura, eliminando todas as plantas invasoras, deixando intacta a soja transgênica – três quartos dos transgênicos produzidos no mundo foram desenvolvidos para resistir à aplicação de herbicidas.

“Se por um lado as empresas alegam que a tecnologia simplifica o trabalho de controle do mato, por outro, é evidente que o consumo do produto tende a aumentar em muito pouco tempo. Isto porque as plantas invasoras rapidamente também adquirem resistência ao produto, o que força os agricultores a usar quantidades cada vez maiores do veneno para garantir sua eficácia. Outro resultado deste fenômeno é que as alegadas vantagens econômicas da tecnologia em pouco tempo são anuladas, pois a aquisição de veneno é um dos fatores que mais pesam nos custos de produção da agricultura convencional. Mais veneno, mais custos”, explica a entidade ambientalista.

A Comissão de Agricultura enviou em 8 de fevereiro um ofício à Camex (Câmara de Comércio Exterior) solicitando a não renovação da tarifa para a matéria-prima do herbicida Roundup. Do lado dos ruralistas, as movimentações em torno da diminuição de custos escondem o aumento do uso do veneno já considerado tóxico.

“Caiu a máscara dos ruralistas que falavam que o glifosato não era tóxico. Além disso, o preço elevado tanto do Roundup quanto dos royalties pagos para a Monsanto começam a inviabilizar a plantação de transgênicos. A única coisa que pode salvar os ruralistas é justamente a liberação da taxa de importação do glifosato”, disse Adão Pretto (PT/RS) que faz oposição à bancada ruralista, maioria da Comissão de Agricultura da Câmara.

Contradição

A bancada ruralista da Câmara é favorável ao uso de transgênicos na agricultura brasileira. No caso da liberação da soja, a articulação desses deputados para reduzir o custo do glifosato importado jogou por terra o argumento de que a soja transgência diminui o uso de herbicidas.

Hoje, quem domina a produção das sementes de soja geneticamente motificadas e controla 80% do mercado de glifosato no País é a Monsanto. A empresa de biotecnologia, por sua vez, subiu o preço do veneno em 50%. “Os agricultores que embarcaram na onda transgênica estão agora pagando o preço duplamente: não só se vêem forçados a usar maiores quantidades de agrotóxicos, como têm que pagar mais caro por eles”, registrou a ASPTA, em nota.

Estudos recente de pesquisadores da Embrapa Meio Ambiente voltado a analisar os potenciais impactos da soja transgênica no Brasil já listou nove espécies de plantas capazes de driblar o glifosato. Quatro delas já desenvolveram resistência ao veneno nas lavouras brasileiras de soja transgênica e apresentam “grande potencial de se tornarem um problema". Essa pesquisa complementa dados do Ibama que indicam que para cada quilo de princípio ativo do herbicida reduzido no Rio Grande do Sul, houve um aumento de 7,5 kg de glifosato no período de 2000 a 2004, época de expansão da área da soja RR resistente ao glifosato no estado.

Em artigo publicado, semana passada, pela revista Ethical Corporation, uma porta voz do EuropaBio, um grupo de lobby da indústria biotecnológica, admitiu que “os cultivos Roundup Ready levaram as plantas invasoras a se tornarem resistentes ao Roundup, o que resultou em maiores aplicações do produto, comumente em combinação com outros químicos”.

A DESORDEM DA ORDEM ESBARROU NO STJ

Gaspari:

O Superior Tribunal de Justiça rebarbou uma lista de seis nomes enviados pela Ordem dos Advogados do Brasil para o preenchimento de uma vaga aberta na corte. Fez isso com astúcia, dando a impressão de que nenhum doutor do plantel conseguiu o quórum de 17 votos. Foi mais diplomático que o Tribunal de Justiça de São Paulo. No ano passado, ele devolveu, por inepta, uma lista da OAB local. Um de seus candidatos a desembargador havia sido reprovado nove vezes em concursos para juiz de primeira instância. No Rio, há alguns anos, um dos nomes oferecidos pela Ordem anexara documentos falsos ao seu processo.
O que parece ser uma crise institucional entre um tribunal superior e a OAB é mais um episódio de desgaste de uma instituição coberta por glórias de outrora. Houve a Ordem dos Advogados de Vitor Nunes Leal, Miguel Seabra Fagundes e Raymundo Faoro. Sua história confundiu-se com a defesa das instituições, das prerrogativas dos advogados e os direitos dos indivíduos. E só. Seu mérito esteve na militância restrita.
Passou o tempo, e a Ordem acumulou atividades. Tornou-se administradora de imóveis, colônias de férias e mesmo parceira em programas de geração de emprego. Sustentada por contribuições compulsórias dos advogados, ela movimenta mais de R$ 100 milhões por ano e blinda suas contas ao exame externo.
Até aí, sorte do advogados, pois são eles que elegem os dirigentes da OAB nos estados e municípios. O que fazem com os mandatos que recebem é outra questão.
No ano passado, a OAB de São Paulo tornou-se carro-chefe do movimento 'Cansei'. Em Foz do Iguaçu, o presidente da Ordem local classificou de 'violação dos direitos humanos' as filas provocadas pela fiscalização da Receita Federal sobre os muambeiros do pedaço.
Valendo-se do santo nome da Ordem, há doutores que condenam a transposição do rio São Francisco. Podem ter toda razão, mas certamente há muitos outros inscritos na OAB que pensam diferente. O mesmo aconteceu quando a instituição associou seu nome a projetos de reforma política, flertando com os plebiscitos que seriam celebrizados pelo chavismo.
Nos anos 70, Raymundo Faoro reergueu a Ordem centralizando sua ação na defesa do restabelecimento do habeas corpus. Soube, como ninguém, dispensar a toga de Catão de Geladeira, aquele que começa a discursar quando a luzinha se acende.
Em 2005, após a absolvição do deputado cearense José Nobre Guimarães pela Assembléia Legislativa, o presidente da OAB federal classificou a decisão de 'escárnio'. Tudo bem, pois um assessor de Nobre havia sido apanhado com 100 mil dólares na cueca. Contudo, o companheiro fora defendido pelo presidente da Ordem do estado. Havia duas OABs, a escarnecida e a escarnecedora.
Uma Ordem de Advogados não é tribunal de última instância para grandes (e pequenos) itens da agenda nacional. Quando uma guilda assume esse papel, deformam-se os poderes republicanos e acaba-se mal. A marca OAB transformou-se em franquia desconexa. Diluiu sua autoridade, indo a um varejo no qual muitas vezes é confundida com projetos dos profissionais no exercício de mandatos recebidos de seus pares. Há advogados comprometidos com a democracia e o bem público, mas, como em qualquer profissão, há os que nada têm a ver com eles. Francisco Campos, autor da Carta ditatorial de 1937, e Luís Antonio da Gama e Silva, pai do texto do ato institucional nO 5, eram grandes advogados, convencidos de que tinham o melhor a dar ao Brasil. 'Gaminha' chegara a dirigir a Faculdade de Direito de São Paulo.
Se a Ordem não conseguiu fazer uma lista aceitável pelo Superior Tribunal de Justiça, que contrate bons advogados. Até lá, o melhor que se poderia fazer seria anunciar uma recomendação expressa aos titulares de cargos na OAB para que evitem misturar certezas, causas e objetivos individuais com o mandato que a guilda lhes deu. Se a Ordem não fala em nome de toda (ou quase toda) a comunidade de advogados, ouvi-la é perda de tempo.