sexta-feira, 7 de março de 2008

AVISO

Estou reativando meu blog: http://doomar.blogspot.com/.
Quando puderem, visitem.
Abraço
Omar

Chamem a juíza Karam!!!

IVANA BENTES, PARA CARTA CAPITAL:

Assistir Meu Nome Não é Johnny depois de Tropa de Elite é ótimo para perceber os discursos estéticos e políticos que atravessam os filmes e seus personagens frente a questão das drogas e da violência: de um lado o mais novo herói brasileiro, o garoto propaganda da cerveja turbinado como Capitão Nascimento e defendendo a “moral da tropa”, a “boa” policia que destila ódio e ressentimento contra Ongs de “menininhas bonitas bem intencionadas”, demoniza jovens que fumam maconha (“quantas crianças vão para o tráfico para esse cara fumar um baseado”) , e rotula todos com a mesma insígnia de “inimigos públicos número 1”: consumidores, traficantes, policia corrupta, ongs, todos merecem um “corretivo” dos camisas-preta.

O filme e o personagem não criam nenhuma brecha para qualquer questionamento, a ação arrasta o espectador para um discurso regressivo e vingativo, bastante popular, de culpabilização, moralismo e terror, sintetizados na cena em que o Capitão Nascimento, enfia a cara de um consumidor num cadáver ensangüentado berrando “veado, maconheiro é você que financia essa merda!!!”

O prazer, o gozo regressivo do personagem em estado de excitação vai produzindo uma comoção fácil na platéia, a verdade da fúria santa e da “indignação”, o mesmo tipo de denuncismo e indignados que a mídia não cessa de repercutir e incensar, com a propagação de idéias e slogans simplórios, “contra a corrupção”, “contra dar dinheiro aos pobres”, contra qualquer política que crie uma real ruptura no estado das coisas.

Narrados na primeira pessoa, os dois filmes constroem uma identificação imediata, cinematográfica, entre o espectador e os personagens-narradores a partir desses momentos de catarse. O Capitão Nascimento excitando nosso devir-fascista, com sua “expertise”, frases-feitas, camisa-preta e apologia da tortura, do extermínio e celebração da morte. Ou seja, o terror de Estado legitimado cinematograficamente e socialmente. E, de outro lado, o narrador-experimentador, João Estrela, também falando na primeira pessoa do singular e partilhando seu devir-consumidor, devir-traficante, devir-família, devir-presidiário, devir-careta, sem que nada disso seja “incompossível”, nem tenha que ser demonizado e negado.

A primeira vítima da narrativa de Tropa da Elite é portando o espectador, tornado refém da lógica do Capitão Nascimento e de Matias, aspirante a Capitão, que só têm um devir: virarem assassinos fardados e arrastar o espectador no gozo regressivo da repressão, da tortura, e da infantilização, o Bope é o “bicho papão” de preto e caveira, fantasia carnavalesca que as crianças adotaram no Rio de Janeiro, “e que vai pegar você”.

O filme cola nesse discurso de tal forma que é impossível não querer o que ele quer e não justificar suas ações. O espectador se torna refém. Não é coincidência que o símbolo do Bope é a mesma caveira-símbolo dos esquadrões da morte. A pulsão de morte e a adrenalina, o gozo imperativo e soberano em ver, infligir e se expor a violência está presente em todo o cinema de ação comercial, numa regressão planetária que reafirma a "autoridade absoluta", o poder que normalizaria o caos e regraria a catástrofe, mesmo que utilize para isso a violência e arbitrariedade máximas. Toda a ideologia Bush, anti-terrorista, cabe aí. É o mesmíssimo discurso! A guerra infinita, a guerra total permanente.

O dualismo e pragmatismo do personagem do Capitão se repetem em cenas catárticas em que esculacha e sufoca com um saco plástico gosmento de sangue um garoto do tráfico, chutado, espancado, torturado, para passar mais informações. O filme justifica a tortura da “boa” policia como parte de sua expertise e eficiência. A tortura é apenas mais uma “tecnologia”, como o Caveirão, totalmente justificada, “moralmente” e cinematograficamente, como num “institucional do Bope”, como já disseram.

Meu nome não é Johnny aposta num anti-Capitão Nascimento, um anti-herói hedonista e sedutor, “no stress”, que cheira para se divertir, para amar, sem deixar de ser afetuoso, família, amigo, amante. A figura não-clichê de João Estrela sugere que o pressuposto de “um mundo sem drogas” é no mínimo hipócrita, e não leva em consideração a cultura e o desejo humano e um componente importante no cenário contemporânea, o risco assumido e livre. Como a gordura trans e o álcool, qualquer droga seria um “direito” do consumidor contemporâneo. Por que não?

É sabido que o consumo de drogas não fere nem ameaça a rede social, é uma decisão, um risco individual. O consumo de drogas não seria menos epidêmico e arriscado que o consumo de gorduras, aditivos cancerígenos, miríades de estimulantes, calmantes, excitantes e no máximo poderia ser um caso de saúde pública, não um caso de polícia se não houvesse a ilegalidade na produção e consumo.

É a ilegalidade e o proibicionismo que levam a criação de sistemas violentos para assegurar a produção e comércio das drogas. Grupos armados e para-militares para assegurar a produção e venda e defender o negócio da polícia e de outros concorrentes, acertos de contas internos, zonas de controle de territórios pela violência armada, corrupção, subornos, assassinatos para assegurar a lavagem de dinheiro, cultura da delação e da traição, delação premiada, produzindo ódio, desconfiança e vingança generalizados.
Sobre a legalização das drogas, o Capitão Nascimento age como uma toupeira. Essa hipótese não existe para o personagem, nem para o filme, dramaturgicamente. Em Meu Nome não é Johnny a questão aparece de forma mais interessante e complexa, mas não faz parte do mundo mental ou social dos personagens.

As hipóteses e explicações nos filmes patinam em clichês já sabidos (mas não custa repetir, Meu Nome não é Johnny é muito mais sofisticado e sutil).

Afinal, por quê não circulam outros discursos sobre as drogas, como os da juíza de direito Maria Lúcia Karam ou do advogado carioca André Barros, que defendem e militam pela descriminalização, a medicalização e a legalização das drogas, com avanços gradativos?

O usuário podendo fazer uso de consumo individual, freqüentar salas de consumo, ter acompanhamento médico e controle da qualidade do produto, até chegarmos a legalização e controle do comércio de drogas, seja por empresas privadas ou pelo estado.

Legalizar, defende a juíza, é quebrar o ciclo da violência das armas, da corrupção (da policia, de políticos, de empresários), da guetificação da violência e da repressão policial infringida às favelas e aos pobres, do uso e extermínio da mão de obra infantil e de jovens, da degradação da saúde, através do uso seguro, é romper um ciclo vicioso de violência já instalado.

Legalizar é acabar com a hipocrisia e combater a violência extrema e o regime de exceção e arbitrariedade legitimados pelo Estado, pela polícia, pela sociedade-anti-pobres e pelo tráfico, sócios na produção da atual barbárie.

Nem corrupção, nem omissão, nem guerra. A questão é de guerrilha, é não ficar refém do Capitão Nascimento, é minar os clichês e discursos conservadores. Chega de vingança regressiva, chamem a juíza Karam!

Que fazer, se, para a Espanha, brasileiro é escória?

Gosto da Espanha, adoro a cultura espanhola, detestaria me indispor com os espanhóis, e fico ouvindo uma vozinha que me diz "por que no te callas? por que no te callas?". Mas não dá para ficar calado quando o governo espanhol começa a barrar indiscriminadamente a entrada de brasileiros no continente europeu.

Experiência pessoal é fogo. Em Miami, no aeroporto, pós-11 de setembro, um senhor verifica meu passaporte, vê minha foto com barba, olha meu rosto escanhoado e me pede para que saia da fila. Me encaminha até um grupo de policiais mal-encarados, que, educadamente, verificam minha bagagem de mão, pedem para que eu me sente em um banquinho, passam delicadamente um aparelho detetor de sei lá o que pelas minhas pernas. Uma moça me pergunta o que é um pacotinho que trago na mala. São palhetas para saxofone, explico. "Ah, o senhor toca saxofone?", diz, sorridente. "Se eu respondesse que sim, na frente de algum vizinho, ele lhe diria indignado que não, de maneira nenhuma", respondi. Os policiais, riem, me devolvem passaporte, pertences, e me liberam, com um pedido de desculpas pelo transtorno.

Madri, 1992. Policiais mal-encarados me detém, com minha mulher, no desembarque, no aeroporto de Barajas. Nem olham para mim, e pedem rispidamente para que minha mulhar acompanhe uma policial até não sei onde. Espero, sob a vigilância de um sujeito mal-encarado e mal barbeado, enquanto minha mulher, como me contou depois, era submetida a uma revista minuciosa, de alcance ginecológico. Não encontram o que quer que esperassem encontrar no estranho _ para eles _ casal brasileiro, ele barbudo com cara de iraniano ou descendente árabe sul-americano; ela branquíssima, ruiva e de olhos verdes. Nos liberam sem um comentário, um cumprimento, contrafeitos. Voltei depois à Espanha, nunca mais tive problemas. Pretendo voltar.

Mas, sei lá se não escapei de sofrer a indignidade a que o governo da Espanha vem submetendo brasileiros hoje em dia, por "não se enquadrarem nos critérios da União Européia". Aparentemente esses critérios são, atualmente: não ser mulher de pele escura, nem ser jovem aventureiro sem 70 euros para cada dia que pretende ficar em continente europeu, e ter dinheiro para hospedar-se em hotéis. Só que não adianta cumprir os requisitos, se o brasileiro em viagem simplesmente provocar, no policial de plantão, a amargura de alma que o magnífico _ ainda que amigo de facistas _ espanhol Ortega y Gasset via nos conterrâneos, cuja "moradia íntima", dizia ele, "foi tomada há tempo pelo ódio, que vive ali artilhado, movendo guerra ao mundo". O policial da imigração tem poder para te arrebentar a viagem, se não for com sua cara. E, a Espanha, eles não têm ido com a cara de gente a pampa.

No caso, a guerra espanhola não é contra o mundo, como exagerava o filósofo, mas contra o que seus sabujos da Imigração acreditam ser a escória do mundo, os brasileiros e outros latinos que chegam à Europa, muitos deles , invertendo o fluxo que, no século passado, levou centenas de milhares de espanhóis a buscarem melhores oportunidades de vida na América Latina.

Retaliar, barrando turistas espanhóis que vêm ao Brasil só criará problemas para os pobres coitados da classe média espanhola que, contra todos os preconceitos e avisos sobre a violência nas cidades brasileiras, acreditaram que aqui há belezas naturais e gente simpática. Há outro tipo de espanhol que levaria mais eficientemente a mensagem de desagrado do Brasil ao governo da Espanha.

Ora, não há classe com maior acesso aos corredores do poder que a emprsarial. E os empresários espanhóis estão aqui, ao nosso lado, contentes com as oportunidades do mercado brasileiro, dispostos a satisfazer as necessidades do consumidor brasileiro; certamente tão sensíveis quanto nós às maldades feitas por oficiais de imigração, que tratam turistas ou sonhadores brasileiros como lixo, trancados sem seus telefones celulares em salas sem alimentação, sem condições decentes de higiene, sob tortura psicológica.

Falar com embaixador adianta pouco. Além do desgosto de ouvir uma explicação cínica, quem manda nesse assunto não é o ministério de Relações Exteriores, mas o do Interior. Que, aparentemente, não se preocupa com um punhado de basbaques do terceiro mundo que, vejam só, querem fazer turismo, ou, pretensão das pretensões, apresentar trabalhos em algum congresso europeu. Os diplomatas sérios da Espanha devem estar constrangidos, mas pouco fazem além de entrar numa disputa de burocracias por lá. Já os empresários, as empresas, essas têm acesso, e voz grossa.

No Brasil, os espanhóis, hoje, estão estão na aviação (Ibéria), no setor bancário (Santander, BBVA), no mercado editorial (Planeta, Alfaguara, Editora Moderna-Santillana), hotéis (Sol-Melliá), na telefonia (Telefónica, de péssimo desempenho, aliás, nos Procons da vida), e em muitos setores mais.. Em meu modesto papel de moderadíssimo consumidor, fico imaginando o que aconteceria se eu me abstivese de consumir produtos espanhóis ou de empresas espanholas enquanto a Espanha não mostrar que, em seu legítimo direito de conter a crescente onda de imigração para a Europa, pode tratar os brasileiros como gente, e não como escória. Fico imaginando o que aconteceria se muitos outros brasileiros passassem a fazer o mesmo.

Outro texto do Sérgio Léo, agora do Sítio. Este editor também recomenda seguir o linque do Sérgio Léo ao G1. Se você não seguiu, ainda tem chance de conferir o texto do G1, clicando aqui.

É preciso atenção à retaguarda

Nessa confusão toda, quem revelou uma maturidade de chefe de Estado foi o presidente Rafael Corrêa, que certos comentaristas, no Brasil, por motivos ideológicos, insistem em classificar no time dos porra-loucas esquerdistas. Sem gestos teatrais, ainda que suba o tom nas declarações aqui e ali, está fazendo o que lhe cabia, um périplo pela vizinhança, para obter apoio em uma reação contra Uribe. Considerando que há sérias acusações colombiabnas contra o Equador e Venezuela por suas ligações com as Farc, ele consegue, também, explicar o que pode ser apenas uma legítima negociação do governo equatoriano para liberar reféns e evitar problemas com os guerrilheiros. Usar o argumento de incursão preventiva, como fza o governo colombiano, é um péssimo precedente para a região.

As acusações de Uribe são graves, mas longe de serem incontestáveis. Algumas são verossímeis. Outras parecem recurso para desviar a atenção e legitimar a invasão que fez ao Equador.

Um detalhe interessante: os EUA, ao apoiarem a ação colombiana, a classificaram como ação contra o terrorismo, não contra o narcotráfico, costumeiramente apontado como a atual razão de ser das Farc. Claro que isso se deve à vinculação feita em Washington com a propaganda para justificar os atos dos EUA no Oriente Médio. Mas não deixa de ser curioso. Se o tráfico fosse a atividade principal da guerrilha, como explicar que se envolvam no complicado, trabalhoso e incerto ofício de seqüestradores, para sustentar suas atividades. Os vínculos das Farc com ot ráfico de drogas também são uma dessas certezas pouco provadas e pouco pesquisadas. Eu gostaria de ter mais infomações a respeito.

Também é melhor esperar mais informações que permitam dizer qual a natureza real dos contatos entre Venezuela, Equador e Farc, se é verdadeira a denúncia de financiamento por parte da Venezuela (verossímil, mas não provada). Me parece que essa tem sido a posição do governo brasileiro. Independentemente das evidentes simpatias de membros do governo brasileiro para com as Farc (as quais não compartilho), seria ingenuidade ou precipitação tomar partido nessa questão, no Brasil.

Enquanto isso, para melhor avaliação das chances de guerra na fronteira, trago aos bons leitores deste sítio dados para melhor avaliar as condições da mais bem guarnecida retaguarda colombiana:


Outro post do Ralações Internacionais, colocando uma pitada de humor na crise.


A realpolitik de Uribe, golpe certeiro


Tente imaginar guerrilheiros anti-Chávez escondidos na floresta amazônica, para lá da serra do Caparaó, em algum lugar de Roraima. Imagine se, por isso, o presidente venezuelano ordenasse uma incursão de tropas da Venezuela através da fronteira, usando seus recém-comprados jatos Sukhoi para dizimar a oposição armada, em pleno Brasil. Que grita não haveria por aqui, hein? E com razão.

Como a estridente agressividade de Chávez o transformou em vilão da vez na imprensa estabelecida, não vão faltar comentaristas que defendam como aceitável a invasão do território equatoriano por tropas da Colômbia, para um sensacional ataque aos guerrilheiros das Farc. É inaceitável. O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, está errado nesse episódio, e cabe ao Brasil condenar o desrespeito das Forças Armadas colombianas aos limites territoriais com o Equador.

Ah, o Equador e a Venezuela abrigam guerrilheiros em seu território, usado como refúgio seguro de onde partem agressões à Colômbia? O direito internacional prevê isso, e há instituições na América do Sul e na comunidade internacional para denunciar esse tipo de ação. Uribe poderia denunciar a conivência das autoridades vizinhas,e teria justo direito de cobrar apoio do Brasil nisso. Errado seria o Brasil não apoiá-lo caso agisse assim.

Não acredito em guerra nos Andes. Acuado pela tremenda crise econômica que seu modelo voluntarista criou, Chávez, claro, aproveitará a oportunidade para apontar mais um inimigo comum da sociedade venezuelana, o Uribe lacaio do Império, que invade os vizinhos na repressão aos opositores guerrilheiros. Se o discurso colar, a beligerância na retórica chavista vai ser ensurdecedora. E inócua, como costuma ser. Não há fato concreto que apóie algum tipo de conflito armado entre os dois países, e nem Uribe nem Chávez ~estão dispostos a serem o primeiro a jogar a pedra do outro lado.

Rafael Correa, do Equador, fez o que devia fazer, retirou seu embaixador de Bogotá, chamou o embaixador colombiano para exigir explicações, acusou Uribe de agressão. Tem um problem,a constrangedor a resolver, se forem verdadeiros os documentos capturados pelas forças de segurança colombiana, que mostram um estreitamento de relações entre as Farc e o governo equatoriano. Conversas com Raul Reyes, o vice-comandante e porta-voz das Farc morto na invasão, não são suficientes para dizer que Correa era conivente com a guerrilha. Reyes era o "embaixador" das Farc, e todos os países da região buscam contatos, sigilosos ou não, com as Farc para tentar um acordo de paz e desmobilização da guerrilha. Mas podem surgir outtros documentos comprometedores, e a posição do Equador tornar-se, no mínimo, incômoda.

Uribe agiu erradamente, mas deu um golpe de mestre. O governo colombiano (e outros, no continente) trabalha com a informação de que Marulanda, o grande chefe das Farc, está doente, e os grupos guerrilheiros enfraquecidos e sujeitos à desagregação. Com a invasão do Equador, matou não só o segundo no comando, como um dos principai8s ideólogos da guerrilha, Guillermo Enrique Torres, o "Julián Conrado". Sabiamente, já visou que não enviará tropas à fronteira, para onde Chávez e Correa dizem ter enviado regimentos armados. Menor o risco de algum incidente ter desdobramentos incontroláveis.

Na Colômbia, a esquerda já pede moderação. No Equador, porta-vozes das Forças Armadas informam que entregarão ao governo colombiano as três guerrilheiras que foram apenas feridas no ataque, e que estão em tratamento em um hospital militar na região. O Brasil _ país que vendeu à Colômbia os jatos (correção, a pedido do hermenauta: turbohélices! turbohélices!) usados no ataque, aliás, os nossos bravos Supertucanos _ pode ajudar a desarmar os conflitos, mas não pode cair na retórica chavista nem ignorar que Uribe transgrediu normas sagradas no convivio entre nações.

Correa, como Chávez, também passa por maus momentos na economia: inflação em alta, queda de investimentos, aumento do desemprego e desaceleração do produto interno bruto. POde querer aproveitar o incidente para desviar atenções da incomodada opinião pública equatoriana. Ou pode ter interesse em aplcara logo a crise, para concentrar-se na recuperação econômica.

Para o Brasil, além do desafio diplomático, o que sobra é o melancólico pesadelo em que se tornou o sonho de integração sul-americana. Se conseguir escapar das armadilhas políticas, o governo brasileiro pode até comer a crise pelas beiradas, tocando bilateralmente os projetos de infra-estrutura, de coperação técnica e econômica com os vizinhos, à espera de um melhor momento para falar em algum projeto continental.

Fica evidente, nesse momento, a posição privilegiada do Brasil, construída com a diplomacia condescendente dos últimos anos: o país é o único que tem franca interlocução e livre acesso em todos os governos do continente. A questão é, ainda, saber o que fazer com esse patrimônio.

Texto do Sérgio Léo, no Ralações Internacionais.

THE NEW YORK TIMES: EMBAIXADOR ADJUNTO DOS ESTADOS UNIDOS NO BRASIL SE REUNIU COM RAÚL REYES

O Embaixador Adjunto dos Estados Unidos no Brasil, Philip T. Chicola, também se reuniu com o "terrorista" Raúl Reyes, o dirigente das Farc assassinado no Equador pela Colômbia. A reveleção consta de dois parágrafos de um artigo publicado nesta quarta-feira (5/3) pelo diário The New York Times (NYT). O fato relatado pelo jornal aconteceu em 1998, durante a administração de Bill Clinton.

Segundo um documento do Departamento de Estado dos EUA, escrito pelo próprio Chicola em 1999 e desclassificado 2004, a reunião secreta aconteceu na Costa Rica e estava presente, além de Chicola e Reyes, Olga Marín, filha de Manuel Marulanda, o dirigente máximo da guerrilha colombiana. Segundo o documento citado pelo NYT, o objetivo da reunião era criar um canal de comunicação com as FARC durante situações de crise. Durante o ano de 1998 o guerrilheiro Raúl Reyes morava na Costa Rica e também se reuniu com o ex-presidente Rodrigo Carazo e com Óscar Arias, o atual presidente costariquenho..

Phil Chicola, como é conhecido, é Embaixador Adjunto no Brasil desde 2004. Cubano naturalizado norte-americano, ele ingressou no Departamento de Estado em 1979 e se especializou em assuntos da América Latina. É um especialista da administração norte-americana em dar suporte aos regimes autoritários da região. Esteve a Guatemala (1984-86) e El Salvador (1988 a 1993) apoiando as respectivas ditaduras. A partir 1998 se tornou Diretor do Escritório de Assuntos Andinos na Divisão de Assuntos do Hemisfério Ocidental, responsável pelo desenvolvimento do "Plano Colômbia". Seu currículo está a disposição no site da Embaixada dos estados Unidos no Brasil.

Visto no Prática Radical, que indicava a Periferia do Império.


Não digam que não avisamos...


Manchete do Portal Terra na tarde desta terça-feira: "Bush expressa total apoio a Uribe em crise".
Não é tão difícil assim entender a política latino-americana, basta partir do pressuposto de que o que é bom para Bush não pode ser bom para nosotros... Se os norte-americanos estão dando suporte ao presidente colombiano Álvaro Uribe, é bom o resto da macacada ficar de olhos bem abertos para ver o que vem pela frente. Claro que na atual correlação de forças não dá para imaginar os EUA intervindo diretamente em uma América Latina cada vez mais esquerdista, mas a Colômbia pode se tornar, digamos assim, uma espécie de posto avançado dos interesses norte-americanos no sub-continente. Bem financiado e armado, Uribe poderá começar a fazer pequenas provocações com o objetivo de desgastar os presidentes Hugo Chávez, Rafael Correa e Evo Morales – os que mais incomodam Washington. De provocação em provocação, não será surpresa se a região caminhar para um conflito explícito, com o império americano fornecendo a devida retaguarda à Colômbia, que mal consegue combater os soldados das Farc...


Do Blog Entrelinhas.

Saldos do confronto

Saldos do confronto

- Mais de sessenta mulheres e crianças feridas e atendidas na Santa Casa, quatro mulheres e duas crianças continuam hospitalizadas, um “coronel arranhado” e sua “agressora” presa.

- Todas as demais mulheres e crianças estão num ginásio esportivo da cidade.

- Nenhum membro do poder judiciário (?) compareceu ao local, juizes promotores e olha que temos fartura deles por estas bandas.

- Nenhum membro do poder legislativo (?), nem mesmo os que dizem fazer parte de uma comissão de direitos humanos e cidadania.

- A OAB não se fez representar.

- A maior autoridade da cidade ontem era um coronel da PM.

- O Prefeito (?) estava com um terno bonito nas entrevistas.

- A secretaria de saúde quando chegou foi ágil e solidária.

- O atendimento dispensado pelo Hospital Santa Casa na figura de sua provedora foi elogiável.

- O “repórter” da Zero Hora mesmo ao meu lado não conseguiu enxergar mulheres feridas, alias todo o PIG, ZH, Folha e Estadão viram apenas um coronel arranhado.

- O jornal local A Platéia foi o único que na edição de hoje se aproxima da verdade dos fatos. Inclusive com fotos. www.aplateia.com.br .

Enfim este é o presente oferecido pela governadora Yeda e o aparato policial do estado na semana da mulher que é comemorado na cidade. As papeleiras representadas pela Stora Enzo, patrocinadora da campanha política da governadora e de muitos deputados estaduais e federais eleitos agradecem sensibilizadas o tratamento dispensado aos movimentos sociais e em especial as mulheres camponesas.

Também do Blog do Gilmar da Rosa. Nota deste editor: ainda não consegui acessar o saite do jornal A Platéia. Possivelmente ele esteja tendo um pico de acessos, e precise passar por manutenção.

Manipulando a notícia - Mais notícias sobre as mulheres da Via Campesina na Fazenda Tarumã

Manipulando a notícia

É impressionante a forma como esta dita “imprensa” conservadora e golpista, manipula e distorce informações e fatos. Agridem e menosprezam a inteligência alheia. Na Zero Hora de hoje um relato do confronto agrário diz o seguinte: “As mulheres que invadiram a fazenda devem deixar o Ginásio Guanabara, em Santana do Livramento, ao meio-dia de hoje. Muitas delas foram submetidas na manhã de ontem a exame de corpo delito em razão das supostas agressões da Brigada Militar. Não há ninguém hospitalizado”. Protesto contra uso de força em mulheres clique no vermelho para ler a matéria. Supostas, Cara pálida? Eu estava delirando? Ninguém viu mulheres feridas, as fotos publicadas foi montagem? Na mesma linha hoje o blog Dialógico mostra a capa de ontem do “diário Gaúcho” que é outro lixo produzido no estado com titulo de jornal, e sua manchete diz: “CPI e policia investigam falha no Detran”. Este panfleto de direita e direcionado as classes D e E, que traz todo dia em sua capa uma “bunda de mulher” enxerga apenas uma “falha”, para eles a Fraude no Detran é invenção da Policia Federal e do Ministério Público. Este roubo que começou no governo Rigotto e continuou com Yeda na visão desta “imprensa (?)” é apenas uma falha. Ô raça.

Do blog do Gilmar da Rosa.

Procuradoria pretende denunciar governador de Alagoas ao Superior Tribunal de Justiça



A Procuradoria Geral da República pretende denunciar ao Superior Tribunal de Justiça o governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PSDB), por prática dos crimes de corrupção e peculato. A denúncia é resultado das investigações da Operação Navalha, da Polícia Federal, ocorrida em maio de 2007. Pesa contra Teotônio Vilela Filho a acusação de ter recebido R$ 150 mil por intermédio de Enéas Alencastro, representante do governo de Alagoas em Brasília. O dinheiro seria pagamento de propina de Zuleido Veras, dono da Gautama e apontado como chefe de um esquema de fraude em licitações.


Visto no Videversus.


quinta-feira, 6 de março de 2008

Cientistas dos EUA querem instalar câmeras em insetos


Cientistas americanos estão pesquisando a criação de insetos espiões biônicos, implantando mecanismos de controle e vigilância nestes insetos quando ainda estão na fase de larva.

A Agência de Projetos em Pesquisa Avançada do Departamento de Defesa dos Estados Unidos (Darpa, na sigla em inglês), que já tinha pesquisas com implantes de micro-câmeras e mecanismos de controle de movimentos em ratos, aves e tubarões, concentrou seus últimos projetos em insetos.

Segundo artigo publicado na revista New Scientist, os insetos se misturam ao ambiente mais facilmente e são mais ágeis durante o vôo.

O Projeto de Sistemas Mecânicos Microeletrônicos para Insetos Híbridos (HI-MEMS, na sigla em inglês) visa transformar em miniatura toda a tecnologia necessária para ser acoplada ao corpo de insetos voadores.

Durante seu desenvolvimento, a maioria dos insetos voadores (incluindo mariposas e besouros) passa por uma metamorfose, um estado de crisálida (ou pupa).

Neste estágio, enzimas dissolvem a maior parte do tecido que existia na fase de larva e o inseto é reconstruído.

O projeto HI-MEMS visa incorporar sistemas artificiais de controle nestes insetos, inserindo dispositivos durante o estágio de pupa.

Novos órgãos

A idéia deste projeto é que, enquanto os novos órgãos e tecidos dos insetos se desenvolvem, eles vão criar conexões fortes e estáveis entre os dispositivos e os tecidos musculares ou nervosos. Os dispositivos de controle então se transformariam em partes do corpo do inseto adulto.

Os pesquisadores do projeto HI-MEMS fabricaram sondas ultrafinas - algumas centenas de micrômetros de largura (1 micrômetro equivale à milionésima parte do metro) - de plástico flexível, com traços de metal para completar as conexões elétricas.

Apesar de a pesquisa do Departamento de Defesa americano estar cercada de sigilo, alguns detalhes puderam ser vistos em um vídeo exibido numa conferência em Tucson, no estado do Arizona, em janeiro.

As imagens foram gravadas no Instituto Boyce Thompson em Ithaca, Nova York. A equipe de cientistas implantou sondas de plástico flexíveis em uma crisálida de um tipo de mariposa antes que o inseto adulto emergisse.

Os músculos relativos ao vôo desta mariposa adulta respondiam a estímulos vindos desta sonda, que controlavam a velocidade e direção do vôo.

Besouros

Outro grupo financiado pelo Projeto em Pesquisa Avançada do Departamento de Defesa dos Estados Unidos implantou eletrodos no cérebro de um tipo de besouro, já adulto, perto de neurônios que controlam o vôo destes insetos.

Quando a equipe da Universidade de Berkeley, Califórnia, enviou pulsos de voltagem negativa ao cérebro do inseto, os músculos das asas do besouro começaram a se mover e o inseto começou a voar.

Um pulso de voltagem positiva fechou as asas do inseto e o besouro parou de voar. A rápida mudança entre estes sinais elétricos controlava o impulso e decolagem do besouro.

O objetivo do projeto Darpa é criar um inseto biônico que possa voar a pelo menos 100 metros de distância do controlador, pousar a cinco metros de um alvo e permanecer no local até receber o comando de retornar.

Dupla Traição







A valorosa categoria dos Defensores Públicos do Estado do Rio Grande do Sul foi hoje traída duas vêzes durante a votação do veto da governadora ao projeto de lei 430/2006 que, a exemplo do MP e da Magistratura, implementava o subsídio para a DP: pelo governo Yeda (reincidente em traição) e pela maioria dos deputados da base governista, que não honraram compromisso assumido pelas lideranças das bancadas partidárias em dezembro passado.
O veto da governadora tucana foi mantido por uma diferença de apenas dois votos: foram 26 a favor e 26 votos contra o veto. Eram necessários 28 votos para derrubá-lo. A categoria resolveu manter a greve por tempo indeterminado iniciada na última terça-feira. Com isso, não perdem somente os Defensores, mas principalmente a maioria da população pobre e excluída que tanto depende do trabalho da Defensoria Pública Estadual, cada vez menos valorizada pelo atual (des)governo gaúcho.

* Com o blog do Júlio Garcia

Falta uma perna; sobra coragem


Juliana Resende/BR Press

Primeiro foi Miss Sarajevo – a musa da pacificação pop dos Bálcãs, cantada por Bono e Pavarotti, celebrada por um concerto do U2 na então ainda fervilhante capital da Bósnia. Agora é a vez de Miss LandMine. É isso mesmo. Você entendeu certo:Miss Mina Terrestre, um concurso de beleza em Angola – o país com mais minas terrestres espalhadas por seu território – vai premiar com uma prótese de última geração a mulher mais bonita entre dez candidatas que foram mutiladas em explosões.

Antes de ser coroada por sua beleza, sorriso e estilo, a Miss Mina Terrestre será eleita por sua força de viver e sorrir frente a uma adversidade como esta, e pela sorte de ter sobrevivido. Minas terrestres geralmente são fatais – um clique e bum: vai-se desta para a "melhor". Para se ter uma idéia da violência e perversidade destas armas de guerra, há uma cena no filme Amor Sem Fronteiras (Beyond Borders, 2006), em que a personagem de Angelina Jolie morre despedaçada após pisar em uma mina na Chechênia.

Ação da ONU

O concurso está aberto e será realizado pela internet: os internautas poderão votar na candidata favorita pelo site do evento. Ali estão fotos das moças em poses interessantes para mulheres cujo destino é comovente e sempre em movimento, de preferência para frente. A vencedora do Miss Mina Terrestre será conhecida durante uma cerimônia de gala no dia 4 de abril, em Luanda, data escolhida pela ONU para celebrar o Dia Internacional da Conscientização e Ação contra as Minas.

O projeto, financiado pelo governo angolano e pela União Européia, foi idealizado pelo artista norueguês Morten Traavik. As candidatas participaram de uma sessão de fotos dirigida pelo artista em parceria com ONGs que trabalham com o auxílio para vítimas de minas terrestres.

70 mil mutilados

O evento é um alerta para o perigo das minas, além de promover o orgulho para as mulheres mutiladas, questionar os padrões de perfeição física e de beleza e a substituição do termo "vítima" para "sobrevivente". Mais de 70 mil angolanos já foram mutilados pelas explosões e mais de 2 milhões correm risco de sofrer acidentes em minas terrestres no país – que ainda tem entre 5 e 10 milhões de minas não detonadas, segundo estimativas.

As minas terrrestres em Angola são resultado de quase quatro décadas de guerra civil entre os grupos MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) e o Unita (União Nacional para Independência Total de Angola). Mesmo após o fim da guerra civil, em 2002, 10% do território do país permanece contaminado com minas terrestres.

O site www.miss-landmine.org vale a visita.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Uribe é o novo ídolo da ultra-direita

Os blogs direitosos estão em polvorosa nesta segunda-feira e realizam uma verdadeira blitz para defender a indefensável invasão da Colômbia ao território do Equador, que resultou no assassinato, pelas forças colombianas e em território equatoriano, de quase duas dezenas de integrantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Essa gente de direita é engraçada: defende a propriedade privada como um verdadeiro dogma, mas na hora em que o governo colombiano simplesmente desconsidera a noção de território e invade o Equador para chacinar os soldados das Farc, a turma acha normal, inventa qualquer desculpa para justificar a barbaridade.

A verdade é que o presidente Álvaro Uribe é hoje um peixe fora d'água na América Latina e vem fazendo a Colômbia passar por um papel ridículo, de único país do continente que continua subserviente aos Estados Unidos. Está na hora do povo colombiano dar também ele o seu grito de basta e mandar Uribe para casa – ele certamente voltaria para Boston ou qualquer outro lugar aprazível do país que afinal lhe paga as contas. Demora um pouco, as eleições são apenas em 2010, como as brasileiras, mas no fundo esta é a única maneira do conflito entre Equador, Venezuela e Colômbia ser solucionado a contento e de forma definitiva. Até lá, o ambiente certamente ficará bem tenso, especialmente dentro da Colômbia.

Texto do Blog Entrelinhas.

Arábia Saudita condena à morte mulher acusada de bruxaria

A organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch (HRW) pediu ao rei saudita Abdullah que suspenda a execução de Fawza Falih, uma mulher analfabeta condenada à morte por bruxaria.

A organização afirma que os juízes que a julgaram não lhe deram a possibilidade de provar sua inocência contra acusações absurdas. A HRW afirma que ela foi golpeada e obrigada a firma com seus digitais uma confissão que não pode ler e da qual se retratou.

Fawza foi presa em maio de 2005 e condenada à morte em abril de 2006, por "suposto crime de bruxaria, recurso ao demônio e sacrifício" de animais, segundo informou a Human Rights Watch. Em 2 de novembro de 2007 um farmacêutico egípcio, Mustafa Ibrahim, que trabalhava na Arábia Saudita, foi decapitado após ser considerado culpado de práticas de bruxaria.

Visto na Periferia do Império.

Crise e o fantasma norte-americano

Crise e o fantasma norte-americano

Antonio Morales Riveira
Bogotá, Colômbia

Se nas duas últimas semanas as notícias relacionadas com o conflito colombiano apareciam diariamente a cada tiro disparado, neste fim de semana elas vieram em rajada, como a própria guerra, para causar a mais grave crise internacional das últimas décadas na América Latina e a mais difícil para a Colômbia desde 1936, durante a guerra amazônica contra o Peru.

Morte do comandante Raúl Reyes das Farc num ataque da Força Aérea Colombiana em território equatoriano, protesto equatoriano, pedido de desculpas do chanceler colombiano, fechamento de embaixadas em Bogotá por parte da Venezuela e Equador, envio de tropas às fronteiras colombianas ordenado por Hugo Chávez e Rafael Correa, recusa da Colômbia em enviar suas tropas às fronteiras, acusações colombianas de conivência do governo equatoriano com as Farc e financiamento da Venezuela à guerrilha, declarações de alguns países da América Latina e Europa condenando a violação da soberania equatoriana por parte da Colômbia, sinais de que a Colômbia quer transformar-se na Israel da América do Sul, declarações de outros Estados pedindo sensatez, intervenção iminente da OEA (Organização dos Estados Americanos) e das Nações Unidas...

No meio do vendaval de notícias cada vez mais graves e desestabilizadoras, e exemplos de uma polarização e, sobretudo, de uma internacionalização do conflito armado colombiano, tratar de observar e analisar objetivamente este imbróglio configura-se uma tarefa árdua. Vamos por partes...

Colombia-Equador:
A morte em território equatoriano de Raúl Reyes foi o detonador de uma crise que já dura meses com diversos protestos equatorianos por intervenções colombianas e exigências colombianas de que o Equador entenda em sua fronteira a necessidade da guerra contra as Farc. Era evidente que várias frentes das Farc tinham acampamentos de refúgio do lado equatoriano, e que operavam na Colômbia a partir daí. O fato de haver detectado a presencia de Reyes num desses acampamentos implicou a decisão colombiana de atacar território estrangeiro.

O governo de Bogotá havia pensado nas prováveis reações do esquerdista Correa, aproveitando a fragilidade do governo equatoriano em relação à Colômbia e, sobretudo, aos Estados Unidos, o sócio bélico de Álvaro Uribe. Bogotá considerou que mais uma vez poderia amenizar a situação com o pedido de desculpas e preconizando o combate ao terrorismo. Mas não contava com a intervenção e a influência de Hugo Chávez.

Quando o exército equatoriano se deu conta das dimensões do ataque, Correa lançou sua nota de protesto. Mas Correa também não contava com o recolhimento do computador de Raúl Reyes junto com o cadáver do líder guerrilheiro, onde a polícia colombiana encontrou informações que comprovam provas de cumplicidade do governo equatoriano com as Farc e dão conta de reuniões entre o Ministro de Segurança, Gustavo Larrea, com o próprio Reyes. Ante o fechamento da embaixada em Bogotá, o governo colombiano respondeu com essa denúncia, a qual a Colômbia promete levar a tribunais internacionais como prova do apoio equatoriano ao grupo terrorista.

Da mesma forma, o Equador anunciou que formalizará queixas internacionais devido à invasão de tropas colombianas e à violação a sua soberania. Sem dúvida, a situação é complexa, mas o problema com o Equador necessariamente deveria ser resolvido mediante a ponderada intervenção e conciliação da comunidade latino-americana. Contudo, Correa optou por pela ruidosa ruptura de relações diplomáticas com a Colômbia. Presumia-se que a Colômbia não atacaria mais no Equador e que Quito se comprometeria pelo menos a não ver com bons olhos as Farc, um acordo em papel que de qualquer forma, e dada a fragilidade da fronteira ocupada em boa parte pelas Farc, poderia ser rasgada após outro incidente. Mas não, as coisas se precipitaram. O governo Correa pode ficar mal visto em seu próprio país, onde a oposição está atenta a seus equívocos.

Colombia-Venezuela:
Este sim é um verdadeiro problema de extrema complexidade binacional geopolítica e internacional, e que não parece ter solução no curto prazo, diferente do incidente com o Equador, apesar do recente agravamento do caso. Do ponto de vista prático, não houve nenhum incidente territorial entre Colômbia e Venezuela, mas ainda assim os confrontos entre Uribe e Chávez, e a investida de domingo do presidente venezuelano contra Uribe e suas decisões belicistas, tornaram o assunto muito mais delicado. Após o ataque ao Equador, Chávez saiu abertamente em defesa de Correa, o convenceu a retirar seu embaixador de Bogotá, fechou sua própria embaixada e mobilizou tropas na fronteira. Ainda mais grave para o governo colombiano, Correa expressou pesar pela morte de Reyes e, dessa forma, seu apoio implícito às Farc. Esse será, sem dúvida, o campo de batalha de Uribe, que defenderá a legitimidade de seus ataques irregulares junto à comunidade internacional: dois estados que apóiam o terrorismo não podem ter razão.

No âmbito puramente militar, após a decisão de Chávez em mover seus tanques até a fronteira colombiana, não parece haver perigo iminente de incidentes ou confrontos. Nem Chávez quer nem o exército colombiano está na fronteira, e nem será deslocado até lá, já que está mais ocupado combatendo as Farc nas montanhas, nas selvas, nos vales e nas cidades. Mas ainda que Chávez mostre os dentes e Uribe também, é o elemento Farc, como em todo o assunto, o que pode tornar as decisões e causar problemas. Não é difícil que em uma fronteira comum de 1.600 km haver confrontos e fugas em direção à Venezuela (onde supõe-se que as Farc também tenham acampamentos). Tampouco é difícil que as não raras vezes em que as tropas colombianas passem para a Venezuela perseguindo a tiros guerrilheiros das Farc, como já ocorreu.

Nesse cenário, um incidente seria possível sim e suas conseqüências imensuráveis para os dois países. Por outro lado, se especula na Colômbia a possibilidade de que o líder máximo dos guerrilheiros, Manuel Marulanda, esteja na Venezuela, próximo ao território colombiano, protegido, assim como acreditam que Reyes estava no Equador. Seria este o pano de fundo da postura de Chávez? Ele estaria mandando um recado a Uribe: "nem pense em vir aqui em busca de Marulanda pois isso equivale a guerra"?

A saber que a Colômbia, apesar de ter um experiente exército de 300 mil soldados frente aos 50 mil da Venezuela, não possui um só tanque de guerra frente a 300 venezuelanos, tem quatro velhas corvetas frente a uma renovada frota venezuelana, lhe restam uma dezena de velhos aviões supersônicos praticamente inoperáveis frente às esquadrilhas de Suhkoi venezuelanos. E apenas conta com uma superioridade em matéria de helicópteros. Além disso, cem por cento das tropas está comprometida com o conflito interno.

Chávez sabe e as Farc quiseram desviar para outros cenários o exército colombiano para se livrarem da pessão que sofrem. Mas a Colômbia contaria com o apoio quase imediato dos Estados Unidos. É evidente que as decisões de Uribe naturalmente passem por Washington. De tal maneira e sabendo que o gringo sempre esteve aí, é melhor para todos que os insultos e provocações de lado a lado cessem e sigamos nossa paz armada entre irmãos que se mostram os dentes.

Além disso, a Colômbia vende anualmente à Venezeual 6 bilhões de dólares em mercadorias e a Venezuela vive com boa parte dos produtos da agricultura colombiana. Se a economia ainda rege a história comum, é bem improvável que de um lado ou de outro se queiram meter em tão cara aventura. Virão depois as reuniões da OEA e até das Nações Unidas, seguramente um acordo com o Equador e a volta do embaixador. O problema com Chávez persistirá, os seqüestrados não voltarão a ser libertados unilateralmente, o Acordo Humanitário ficará para outros tempos e as relações entre os dois países, enquanto Uribe e Chávez estiverem no poder, sempre estarão por um fio.

Com a Venezuela, a internacionalização do conflito - com o papel sempre relevante dos Estados Unidos - passa pelo confronto Chávez-Bush, por causa do petróleo, do Irã...Por sorte hoje os gringos estão se dedicando à escolha de um novo presidente e Bush não quer meter demasiadamente o nariz neste assunto. Mas quando já tiverem escolhido seu novo governo, que medo!

Terra Magazine


Via Campesina ocupa fazenda de fábrica de celulose no Rio Grande do Sul

Rio de Janeiro, 4 mar (EFE).- Cerca de 900 mulheres da Via Campesina ocuparam e destruíram parte da fazenda Tarumã, da empresa Stora Enso, no Rio Grande do Sul, informou hoje o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

As manifestantes cortaram eucaliptos e plantaram espécies nativas em seu lugar na propriedade de 2.100 hectares, no município de Rosário do Sul, a aproximadamente 400 quilômetros de Porto Alegre.

Os integrantes da Via Campesina e do MST afirmaram que a Stora Enso mantém plantações ilegais na região.

A Constituição proíbe que empresas estrangeiras adquiram terras em uma faixa de 150 quilômetros da fronteira do Brasil com outros países, destacaram os manifestantes.

A Stora Enso comprou terras perto da fronteira com o Uruguai, onde a companhia também possui plantações e pretende formar uma base florestal de mais de 100 mil hectares e implantar fábricas na região, argumentaram.

Texto completo da Agência EFE, no UOL.

Polícia Federal apreende material radioativo no Amapá


Cerca de 600 quilos de torianita (minério considerado radioativo) foram apreendidos pela Polícia Federal no Amapá em operação às margens do rio Araguari, na Serra do Navio. Membros da Cnen (Comissão Nacional de Energia Nuclear) devem ser enviados ao Estado para analisar o material. Dependendo da composição, a torianita pode ser prejudicial à saúde. Uma pessoa foi presa. Ela guardava parte do material na própria casa. A Polícia Federal diz que o objetivo dessa pessoa era vender o minério por cerca de US$ 200,00 a US$ 300,00 (R$ 507,00 pelo câmbio atual) o quilo. Na operação foram recolhidos 20 sacos contendo 30 quilos do minério cada um. Já houve apreensões do mesmo material no Estado. Em 2006, foram 530 quilos. Granulada e escura, é composta principalmente de tório e urânio. O urânio pode ser usado como combustível atômico e na fabricação de armas nucleares. A torianita pode ser utilizada para adulterar a tantalita, minério usado na produção de ligas especiais em tecnologia de ponta.

Da Videversus. Comentário deste editor: estranho, muito estranho.



terça-feira, 4 de março de 2008

"BRASIL JÁ VAI À GUERRA/COMPROU PORTA-AVIÕES...”

A GLOBO decretou por conta própria uma guerra entre o Brasil e a Venezuela e agora envolve a Colômbia no “conflito”.

A agência venezuelana de notícias ouviu hoje por telefone o jornalista colombiano Jorge Enrique Botero sobre o assassinato de Raúl Reyes e o clima de euforia que tomou conta do governo do narcotraficante Álvaro Uribe.

Entre outras coisas Botero afirma o seguinte: “El periodista colombiano y autor del libro Noticias de la guerra, Jorge Enrique Botero, dijo esta tarde vía telefónica desde el país vecino durante el programa Dando y dando de Venezolana de Televisión (VTV), que muchos describen el asesinato del comandante de las Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia (Farc), Raúl Reyes, junto a otros 16 miembros de las Farc, ocurrido en la madrugada de este sábado por un bombardeo en territorio ecuatoriano, como el comienzo del fin de las Farc”

Botero faz alusão a declarações de Raúl Reyes que assinalou numa entrevista que deu a diversos jornalistas sobre a obsessão do governo da Colômbia em prender ou eliminar alguém do alto comando das FARCs para exibir como troféu e justificar os gastos com a guerra, que são o dobro do que se gasta com saúde e educação. Por ironia foi ele o “troféu”.

Seria preciso exibir um cadáver de uma alta figura do Secretariado (alto comando das FARCs) para vender a idéia que a guerrilha está próxima do fim, no exato momento que governos de vários países do mundo pressionam por negociações de paz.

Não é bem assim segundo Botero.

"Así que esa especie de celebración, alrededor de que se trate del golpe definitivo a las Farc, me parece que no es más que fruto de esta especie de ebriedad colectiva que se ha apoderado de algunos sectores de la sociedad, y pienso que aparte del golpe desde el punto de vista moral y militar que significa la pérdida de Reyes, la estructura de las Farc continuará. Ellos tienen solidez y un cuadro bastante grande ya formado. Siento que no sólo seguirán adelante, sino que no pienso que vaya a tener repercusiones sobre la búsqueda de un acuerdo de liberación de las personas que están en poder de ellos" manifestó el periodista colombiano.

A internacionalização da guerra é outro aspecto abordado por Botero em sua entrevista e explica o histerismo da GLOBO e dos principais meios de comunicação brasileiro em acirrar os ânimos e criar também a impressão que o País está debaixo de ameaças terroristas.

Sobre una posible internacionalización del conflicto colombiano con Ecuador, Brasil y Venezuela; además de Estados Unidos e Israel, Botero dijo que el hecho de que haya ocurrido en territorio ecuatoriano y que el gobierno colombiano haya luego trasladado los cadáveres para evitar que la guerrilla se los llevara, "constituye ni más ni menos que la entrada con todo del gobierno colombiano a la internacionalización de la guerra". "Sin lugar a dudas estamos frente al reconocimiento por parte del gobierno colombiano de la violación de la soberanía ecuatoriana, no simplemente de un sobrevuelo, un episodio transitorio, sino una acción de magnitud desde el punto de vista militar y creo que estamos a las puertas de la ampliación del problema a nivel internacional, porque las Farc han sido notificadas de que el territorio ecuatoriano también se presta para acciones en su contra", enfatizo”.

O ponto mais importante abordado por Botero vai além da internacionalização do conflito (ação das forças terroristas do governo Uribe no território equatoriano), forçada e deliberada, diz respeito a escolha de Raúl Reyes como o homem a ser assassinado e exibido como troféu. Era o principal negociador da guerrilha para a libertação de prisioneiros de guerra em poder das FARCs e esse tipo de ação, paz, não interessa a Uribe, pois contraria o narcotráfico e os Estados Unidos.

“En cuanto a la razón de haber "eliminado" precisamente al comandante Raúl Reyes, el periodista colombiano afirmó que no es para nada gratuito. "Él era el vocero en el tema del acuerdo humanitario, era la persona que tenía que atender y mantener el contacto con diferentes delegaciones internacionales que estaban colaborando en este empeño. Se reunió varias veces con delegados del gobierno francés, suizo, español... recibió a la senadora Piedad Córdova, era el hombre que daba las entrevistas a los medios internacionales, atendía a todo tipo de delegaciones. Era el personaje más expuesto, más vulnerable que tenía el Secretariado en acción". Asimismo opinó que Raúl Reyes fue seleccionado precisamente como blanco de este ataque "para golpear los esfuerzos hacia un acuerdo humanitario. Y ese es una prueba más de ese espíritu guerrerista al que se refería Víctor Hugo, del que está posesionada la cúpula del poder en Colombia".

Um eventual acordo que liberte a ex-senadora Ingrid Betancourt recoloca em cena política na Colômbia uma adversária de peso para Uribe que tenta justificar com a guerra um terceiro mandato. Tem o apoio dos EUA para isso. Para Uribe e os EUA a morte de Betancourt num acampamento das FARCs serviria para exibirem outro troféu e justificarem o avanço da violência. O caminho escolhido pelos EUA e pelo narcotráfico para derrubar Chávez é esse.

A GLOBO aqui só reproduz isso que Botero chama de :

“Sectores conservadores envalentonados con el "trofeo" que imagina empezarán a exhibir desde esta misma noche, dado que los cadáveres están en camino de ser trasladados a Bogotá”.

Botero vai além quando afirma que toda a ação foi planejada com consciência de violação do direito internacional e das intenções de manter o clima de guerra do governo Uribe.

“En cuanto al tema de la negociación, Botero opinó que mientras esté en el poder el Álvaro Uribe y las personas que lo circundan en el poder, las posibilidades de una negociación, de una búsqueda de salida política al conflicto, van a hacerse cada vez más difíciles”.

"Yo creo que la opción 'guerra' está en el primer punto del diccionario Uribista, y lo comprueba el hecho de que se esté invirtiendo el 6.5 % del PIB (Producto Interno Bruto) de Colombia en la guerra, eso duplica los presupuestos de educación y salud".

E o que a mídia colombiana que afirma “atada” ao governo do narcotráfico e ao exército, faz, tal e qual GLOBO e a chamada grande mídia por aqui. Criar o histerismo entre a população, o medo da guerra e assim justificar a barbárie e a violência.

“Se refirió también a los medios de comunicación de su país, que según indicó "tienen una atadura umbilical a todas las instancias de poder y digamos que el ejército, el gobierno, se la pasa apelando al recurso de filtrar cosas en aparente exclusiva y con eso lograr conseguir ese objetivo multiplicador".

É uma questão de acordar e ao invés de almoçar com o algoz, perceber que por trás de todas as luzes e sinucas plantadas pela violência, qualquer que seja a sua natureza e sua dimensão, há uma luta, não importa também a magnitude, em que a opção é simples. Ou aceitar a barbárie ou reagir a ela.

Imagino que, neste momento, entre histéricos e muito bem remunerados, os globais estejam sonhando com a velha canção crítica de Juca Chaves – “Brasil já vai a guerra/comprou porta-aviões/é meu diz a Marinha/é meu diz a Aeronáutica”. Hoje não há necessidade dessa disputa, já temos dois, o Minas Gerais e o São Paulo.

Ironias (mas importantes, sobre fatos reais) à parte são graves as conseqüências da ação dos narcotraficantes que governam a Colômbia e a irresponsabilidade do governo Bush .

Ingrid Betancourt, como qualquer pessoa em áreas de interesses dos “negócios” terroristas de Bush e Uribe é apenas um peão no jogo desses “negócios”. Um pretexto pois querem tudo menos vê-la livre e ainda mais por negociação direta do presidente Chávez. É a diferença entre terroristas e um governo democrático de fato.

A tentativa de arrastar o Brasil a um conflito em que Lula tem buscado ser mediador de um acordo de paz, feita pela GLOBO atendendo a interesses estrangeiros, é criminosa.

Não há dúvidas na maior parte do mundo sobre o caráter terrorista dos governos Bush e Uribe. Ou o de Israel.

Texto de Laerte Braga, no República Vermelha.

Equador rompe relações diplomáticas com a Colômbia

O Equador rompeu relações diplomáticas com a Colômbia nesta segunda-feira (3) após tropas colombianas matarem um líder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia em território equatoriano, informou o Ministério das Relações Exteriores colombiano .


"O governo do Equador decidiu romper relações diplomáticas com o governo da Colômbia a partir desta data", disse uma carta enviada pelo Ministério das Relações Exteriores do Equador a Bogotá.

O texto completo no G1.

Ainda sobre o assunto no G1:

Colômbia faz acusações e agrava crise com Equador e Venezuela.

Colômbia pede desculpas ao Governo equatoriano por incursão de helicópteros.



Ou seja, o ataque do exército colombiano a membros das FARC dentro de território equatoriano eleva tensão com seus vizinhos, como há muito tempo não se via.

JUSTIÇA CONDENA JORNALISTA POR FALAR A VERDADE

JUSTIÇA CONDENA JORNALISTA POR FALAR A VERDADE


por Glória Reis

O jornal Recomeço impresso foi lançado em Leopoldina, MG, em junho de 2001, sendo o principal objetivo do jornal defender os que "tem sede de justiça".

De tamanho pequeno e feição gráfica modesta, a tiragem é de 200 jornais e a distribuição é feita apenas em alguns locais que tem ligação com a finalidade descrita.

Em 2006, o então juiz da Execução Penal da comarca moveu uma ação contra a editora do jornal, acusando-a de difamação, alegando ter sido ofendido por um editorial, no qual se fazia um apelo às autoridades e operadores do Direito no sentido de corrigir ou, pelo menos, amenizar as condições desumanas da cadeia local.

Os presos chegaram a ficar quase um ano, dentro das celas, sem sair nem para um banho de sol, o mínimo a que um organismo humano tem direito.

Nenhuma atividade, nenhum atendimento à saúde (grassam doenças de todo tipo: tuberculose, aids, escabiose, etc), nem mesmo distribuição de material de limpeza e higiene. Mantém-se uma média de mais de 100 presos confinados em cinco "jaulas", que não podemos nem chamar de cela. Uma verdadeira barbárie que por comparação faz a famosa Guantánamo parecer um hotel 5 estrelas.

Lembro aos leitores que nessas cadeias do interior estão presos provisórios, em sua maioria jovens negros e pobres que praticaram pequenos delitos como furtos, brigas, uso de drogas; não há nenhum criminoso cruel como esses descritos pela imprensa alarmista.

Lembro também que no país vigora a LEP, lei de Execução Penal, pela qual o condenado perde a liberdade, mas não os direitos da sua condição humana. E pela lei, de acordo com o art. 66, "compete ao juiz da execução inspecionar, mensalmente, os estabelecimentos penais, tomando providências para o adequado funcionamento e promovendo, quando for o caso, a apuração de responsabilidade".

Os juízes não admitem serem cobrados por suas obrigações, consideram-se deuses e em nenhum momento de lucidez se lembram de que são servidores públicos, pagos por nós, contribuintes brasileiros, para cumprirem com seus deveres, para fazer justiça e deveriam ser os primeiros a dar o exemplo de respeito à lei.

Eu ousei cobrar isso de um juiz. Ele me processou. Fui condenada pela sua colega, outra juíza, para a qual só contou o corporativismo da classe, chegando a dizer na última audiência que nem lera o processo, mas que eu já estava condenada.

O Brasil é um dos países com maior número de jornalistas denunciados e condenados, e essa excrecência vem se mantendo porque não reagimos e não protestamos em nome das vítimas.

Sofri o processo e esta condenação injusta e humilhante porque não aceitei uma transação penal, na qual estava implícito concordar que denunciar autoridade é crime. Não sou mais primária, sou uma sentenciada. Pelo "crime" de fazer uma denúncia. Isso é tudo que nossas autoridades querem: cidadãos calados e acovardados. Assim podem continuar na cômoda posição de não darem satisfação dos seus atos ao povo brasileiro, capacho da empáfia e dos prívilégios dessa classe dominante que tanto mal faz ao nosso país.

Detalhes aqui:

http://jornalrecomeco.blogspot.com/

Texto do Vi o Mundo.

Berlim homenageia os 100 anos de Olga Benario Prestes

"Juntamente com Anita Prestes, filha de Olga Benario e Luís Carlos Prestes, galeria berlinense inaugura "pedra de tropeço" em homenagem aos 100 anos da revolucionária alemã de origem judaica, vítima do Holocausto.

Olga Benario Prestes estaria completando 100 anos na terça-feira (12/02). Como ponto alto das homenagens que presta ao seu centenário, a Galeria Olga Benario de Berlim inaugura "pedra de tropeço" em frente ao último endereço que a revolucionária ocupou na capital alemã.

A "pedra de tropeço" em homenagem à Olga Benario, instalada na calçada da Innstrasse 24, no bairro berlinense de Neukölln, será inaugurada por sua filha, a professora Anita Prestes, que nasceu em Berlim quando sua mãe estava na prisão feminina de Barnimstrasse." Leia mais na Deutsche Welle.

Texto da Periferia do Império.

A PEDAGOGIA NA BLOGOSFERA: INVERTENDO A LÓGICA DA MIDIATIZAÇÃO DENTRO DA PRÓPRIA MIDIATIZAÇÃO

Já comentei que a discussão política, social, esportiva, religiosa, científica, etc. das classes média e alta se dá 80% a partir dos temas editados e emitidos através da ágora midiática, pois o fluxo de idéias, capital, mercadoria, o medo da violência e a mobilidade incessante das n atividades de cada indivíduo esvaziaram grande parte das discussões no espaço público presencial da praça, da avenida, da calçada, do parque. Dessa forma, torna-se impossível evitar conhecer as agendas e as pautas das oligarquias.

A reverberação e a repercussão das mensagens noticiosas, ficcionais e publicitárias são articuladas por todos os veículos de todas as corporações midiáticas auxiliadas por práticas mercadológicas vindas de uma outra articulação ampla de saberes (Administração, Marketing e Economia) que se junta à mídia constituindo uma experiência ubíqüa: merchandising, marketing viral, marketing de guerrilha, jabá, mercado financeiro, lobby, matérias pagas, etc.

Um parêntese: a publicidade torna pública a existência de um produto ou serviço. É uma ferramenta para impulsionar as vendas. Propaganda é a emissão de mensagens políticas e ideológicas, que visam convencer, conquistar e cativar adesões a idéias, causas, demandas e ideologias de qualquer sorte. Marketing é um composto de ações de mercado que, embora trabalhe em conjunto com a comunicação jornalística e publicitária como ferramentas, utiliza técnicas de minimização de custos e de maximização dos lucros também em articulação com saberes de Administração de Empresas, Administração Pública, Ciências Econômicas, Ciências Jurídicas e Sociais, Ciências Políticas, Urbanismo, Engenharia, Antropologia e Psicologia Social, dentre outros. Suas ações e estratégias envolvem logística, capitalismo global, serviços e um amplo conhecimento do ambiente de negócios.

Leia o texto completo no Palanque do Blackão.


Posto Telefônico VoIP chega a POA

A Tellfree lançou na sexta-feira, 22, o primeiro posto telefônico VoIP no centro de Porto Alegre.

A instalação do posto VoIP foi iniciativa da empresa ARC Tecnologia e Serviços, que já contava com um POP da Tellfree na cidade. “Escolhemos a operadora devido à infra-estrutura que ela oferece. Apostamos na qualidade do serviço, no suporte técnico e no seu sistema de gestão, com tarifas bem mais em conta”, explica José Carlos Gomes, diretor comercial do Posto.

Equipado com oito cabines telefônicas, as chamadas interurbanas para telefones fixos custam R$ 0,50, o minuto e as ligações internacionais, R$ 0,80. O serviço está em funcionamento na Rua Voluntários da Pátria, 650, de segunda a sábado, das 9h às 19h.

Do Baguete Diário. Ou seja, é a telefonia sobre IP ("Internet Protocol") substituindo a telefonia convencional.

No DMLU de Porto Alegre, “prêmio” de seguro por invalidez é o desprezo


Eduardo Vani Dusso, funcionário do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) da Prefeitura de Porto Alegre, foi aposentado por invalidez. Agora ele está pedindo socorro. Ocorre que o DMLU e a prefeitura da capital gaúcha fizeram um seguro de vida para os seus funcionários por meio de uma licitação. Ganhou a Bradesco Seguros. Todos os meses, parte do compromisso financeiro com a Bradesco Seguros é pago pela Prefeitura de Porto Alegre e a outra parte é descontada em folha dos servidores municipais. Para vencer a licitação pública para a prestação de serviço como seguradora, as empresas privadas competem basicamente com o valor que será descontado mensalmente na folha de pagamento e os “prêmios” concedidos por acidente no trabalho, morte, invalidez. Eduardo Vani Dusso foi aposentado por invalidez permanente em conseqüência de um AVC isquêmico e um câncer. O prazo da aposentadoria de Dusso começou a contar a partir de 13 de junho de 2007. A publicação do ato de sua aposentadoria saiu no Diário Oficial de Porto Alegre no dia 17 de setembro de 2007. Nesse mesmo mês, já como funcionário aposentado, Eduardo Vani Dusso requereu formalmente na Bradesco Seguros o “prêmio” de seguro por invalidez funcional permanente, apresentando os atos oficiais que o aposentaram a perícia médica. Quase seis meses depois, a Bradesco Seguros não cumpre o contrato e não paga a indenização. Nesse período, a Bradesco Seguros, sem sua política de protelação dos pagamentos devidos por ele, requereu mais informações médicas sobre o caso. As informações adicionais foram encaminhadas por carta pelo médico neurologista responsável pelo tratamento de Eduardo Vani Dusso. Foi marcada mais uma perícia, com um médico indicado pela Bradesco Seguros. A Bradesco Seguros constatou a veracidade do ato de aposentadoria assinado por uma junta médica da Prefeitura de Porto Alegre. Mesmo assim, não pagou a indenização. Chamou seu segurado Eduardo Vani Dusso e o mandou reclamar com o “bispo”, ir se virar na “Justiça”. Ou seja, se não for por cobrança judicial, os “prêmios” prometidos não serão pagos. A Bradesco Seguros exige de Eduardo Vani Dusso um “Termo de Curatela”. O “Termo de Curatela” é uma interdição decretada judicialmente que torna o cidadão civilmente incapaz. Ou seja, isso é de uma canalhice total. E a direção do DMLU, e a Prefeitura de Porto Alegre, que contrataram o seguro, que firmaram um contrato, que fazem pagamentos mensais (e, aliás, existe uma comissão nessa operação, quem recebe a mesma?!!!!) não mexem um dedo pelo funcionário aposentado, que está doente. Será que o prefeito José Fogaça (PMDB) sabe desse caso, sabe como estão sendo tratados os funcionários públicos de Porto Alegre? Eduardo Vani Dusso diz que no DMLU de Porto Alegre vários servidores, como garis, instaladore hidráulico, administradores, operadores de rádio, foram aposentados por invalidez e não receberam o seguro. O serviço médico municipal de Porto Alegre tem credibilidade e autonomia para encaminhar essas aposentadorias por invalidez, não necessitando obrigar os ex-funcionários a passarem por perícias médicas adicionais, exigidas pela Bradesco Seguros, com o único objetivo de protelar indefinidadmente o pagamento das indenização devidas. A coisa é tão cretina que a Bradesco Seguros enviou um carta a Eduardo Vani Dusso, declarando que o mesmo tem direito ao seguro, mas que só fará o pagamento na Justiça. Será possível que o prefeito José Fogaça concorde com isso? Por Alegre tem mais de 30 mil funcionários, Fogaça precisa levar isso em conta. Se o prefeito José Fogaça desejar, é só pedir ao jornalista Vitor Vieira, editor de Videversus, que lhe entregue cópia da carta da Bradesco Seguros. O Ministério Público Especial Junto ao Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul deveria examinar detidamente este contrato da Prefeitura de Porto Alegre com a Bradesco Seguros, assim como sua execução, e o pagamento das comissões, para quem vão.


Do Videversus.

segunda-feira, 3 de março de 2008

O Santo Ofício da TV Globo

CARTA MAIOR:

O "Tribunal do Santo Ofício" global revela-se por completo em uma entrevista. Insatisfeito com uma resposta, o repórter pergunta: "Esse é um compromisso que o senhor assume perante o público do Jornal da Globo?". Eis um belo momento de auto-representação da mídia. Cabe a ela, e somente a ela, o papel da justiça. A análise é de Gilson Caroni Filho.

Gilson Caroni Filho

Se o objetivo de uma entrevista é assegurar o direito do público em ser informado, fica difícil definir qual a natureza do exercício praticado pelo repórter Heraldo Pereira ao entrevistar o deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), indicado pela liderança do partido para relatar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos cartões corporativos.

O que assistimos no Jornal da Globo (28/02/2008) guarda alguma semelhança com prática jornalística ou obedece a construções simbólicas que têm por objetivo caracterizar parlamentares governistas, em especial os do Partido dos Trabalhadores, como delinqüentes contumazes? Pessoas sob permanente suspeita, que devem ser inquiridas com técnicas policiais de interrogatório.

O que procurava Heraldo Pereira? Um contato informal, sem pré-julgamentos, visando à obtenção de informações relevantes ou estabelecer ligações com o “suspeito", valendo-se de uma conversa aparentemente descontraída, que não oculta uma atmosfera carregada de intimidação?

A trama começa com William Waack, no estúdio, perguntando ao repórter qual teria sido o cálculo político que levou o governo a aceitar que a presidência da Comissão fosse ocupada por um parlamentar do PSDB. Pereira, em Brasília, desfia uma série de motivos mostrando um “governo acuado”, sem alternativas e em seguida é apresentada a entrevista com o deputado petista.

O tom jocoso reforça a suspeição prévia. O que se pretende é consolidar a premissa da cobertura. Há um parlamentar que, pela própria filiação partidária, não inspira confiança. A postura é inquisitorial como veremos a seguir

A primeira pergunta não deixa dúvidas quanto a motivações “Acordo do PT e PSDB. Vai ter acordo na CPI também"? Estamos diante de um questionamento jornalístico ou de uma provocação política? A desqualificação prévia do entrevistado revela argúcia do entrevistador? Cremos que uma afirmação de Nílson Lage se encaixa como luva nesse caso:

"O comportamento de alguns repórteres de vídeo deixa dúvidas sobre quem deve ser a "estrela" da entrevista. Todos sabem que a "estrela" deve ser sempre o entrevistado, "por mais conhecido e vaidoso que seja o repórter".

As demais seguirão a mesma toada: "A investigação vai ser mesmo pra valer ou muita coisa vai ser colocada debaixo do pano por causa do acordo político?" Notemos que o entrevistado já havia declarado inexistir qualquer tipo de acordo. Trata-se, portanto, de deixar evidente que o suspeito tem motivos para cometer o crime.

Quando Luiz Sérgio afirma que "não está na CPI para ser advogado de ninguém", Heraldo indaga: "nem do governo?". Estamos diante de um profissional que não quer respostas e muito menos aceita objeções. O fundamental é extrair do entrevistado algo que pareça confissão de culpa. O repórter vive seu momento de inquisidor e se diverte com o papel.

O “Tribunal do Santo Ofício" global se revelará por completo nas duas últimas interpelações feitas ao deputado.

“O senhor vai proteger alguém como relator?" Diante da negativa, Heraldo Pereira arremata: "Esse é um compromisso que o senhor assume perante o público do Jornal da Globo?". Eis um belo momento de auto-representação da mídia. Cabe a ela, e somente a ela, o papel de justiça em última instância. Esqueçamos a supremacia do interesse coletivo sobre o privado. O que conta é elaborado nas grandes oficinas de consenso.

Nos processos da inquisição, a denúncia era prova de culpabilidade, cabendo ao acusado a prova de sua inocência. O "Directorium Inquisitorum"( Manual dos Inquisidores) definia normas processuais, termos e modelos de sentença a serem utilizados. Pelo que temos presenciado - e essa entrevista está longe de ser uma prática desviante- cabe às corporações midiáticas reescrever o direito canônico contemporâneo. Para tanto é preciso audiência e bastante fervor na fé mercantil.

Oremos por todos.

El País diz que a França vai transformar o Brasil em potência militar

O diário espanhol El Pais, analisando o encontro do presidente Luís Inácio Lula da Silva com o presidente francês Nicolas Sarkozy, na Guiana Francesa, publicou uma reportagem na quarta-feira, 13 de fevereiro, com o título "França vai transformar o Brasil em uma potência militar".

O jornal afirma que o Brasil será o primeiro país da América do Sul a possuir uma frota de submarinos nucleares e que a França será "recompensada" com grandes contratos para sua indústria. “Lula tem claro uma coisa, com a transferência tecnológica proporcionada pela França, o Brasil poderá fabricar um submarino e aviões e helicópteros de combate.”

Segundo o El Pais, o acordo de transferência militar discutido entre os dois países “aumentará a posição do gigante sul-americano como potência militar regional” e que a capacidade de ação dos submarinos é impressionante, pois ele pode decidir um conflito sozinho.


Visto na Periferia do Império.

Economist: Brasil ajuda Egito a implantar Bolsa Família

A revista britânica Economist publicou uma reportagem sobre o Bolsa Família na edição desta semana. Para aqueles leitores que não têm acesso à revista ou que não lêem em inglês fiz uma tradução bem meia-boca. Mas o sentido geral é esse:

"Mencione globalização e a maioria das pessoas pensa em bens atravessando o mundo do Leste para o Oeste e dólares sendo movidos na direção contrária. Mas a globalização também funciona com idéias. Considere o projeto de combate à pobreza Bolsa Família, do Brasil, o maior do gênero no mundo. Conhecido no jargão como programa de "transferência condicional de renda", foi criado a partir de um esquema similar no México. Depois de ser testado em grande escala em vários países latino-americanos, uma versão foi implementada recentemente em Nova York, numa tentativa de aumentar as oportunidades para crianças de famílias pobres. Autoridades brasileiras estavam esta semana no Cairo para ajudar os egípcios a montar um projeto similar. "Governos de todo o mundo estão de olho nesse programa", diz Kathy Lindert, do escritório do Banco Mundial em Brasília, que está começando a trabalhar num esquema parecido para a Europa Oriental.


Continue lendo no Vi o Mundo.

Papeleiras adquirem senador para mudar a lei

O interesse da multinacional finlandesa de celulose no Rio Grande do Sul é tanto, que a estratégia para garantir que seus interesses não sejam contrariados, penetrou fundo nas estruturas públicas. Como a legislação brasileira ainda não prevê financiamento público de campanha, fica muito fácil adquirir apóio no Parlamento e no Executivo.



Leia o restante no Celeuma. Nota do editor: não estou certo se concordo com o que diz o pessoal do (da?) Celeuma, mas que o título foi muito criativo, isto foi!

apartheid soneto


poema visual de avelino de araújo

do poema/processo 1967
cheguei até lá por essa postagem do ulysses, na esquerda festiva

Via Implicante por Natureza.

PESSOAL DA ABRIL PROIBIDO DE VISITAR BLOG DO NASSIF

Vou copiar na íntegra a entrada do PEDRO DORIA. Por incrível que pareça, é a mais pura verdade…

Luis Nassif e a Editora Abril

13/Fevereiro/2008 · 11:45

Quem tenta enviar um link para o blog de Luis Nassif utilizando email com o domínio abril.com.br não consegue.

O firewall interno da Editora Abril está bloqueando as mensagens com o link. Certo tipo de conteúdo eles não ajudam a divulgar.”



Do weblog do Pedro Dória, mas visto no Palanque do Blackão.

domingo, 2 de março de 2008

Sobe para cem o número de palestinos mortos em ofensiva israelense




Gaza, 2 mar (EFE).- Aumentou para cem o número de palestinos mortos nas incursões do Exército israelense na Faixa de Gaza e para mais de 300 as pessoas feridas, informou hoje o Ministério da Saúde da Autoridade Nacional Palestina (ANP).
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As últimas duas vítimas são dois palestinos que morreram hoje em um novo bombardeio israelense ao leste do campo de refugiados de Jabalya.

Entre os mortos estão pelo menos 15 crianças, e, segundo fontes não oficiais, o número de civis mortos pode chegar a 40.

Já na Cisjordânia, centenas de pessoas, jovens em sua maioria, saíram às ruas para protestar contra a ofensiva militar israelense.

Um adolescente de 14 anos foi morto na manhã de hoje por tiros de soldados israelenses em uma das manifestações realizadas na cidade de Hebron.

O Exército israelense informou que, em muitos lugares, os manifestantes atiraram pedras e coquetéis molotov contra as forças de segurança.

Exército colombiano invade Equador e assassina porta-voz das FARC-EP

* Exército colombiano invade Equador para matar porta-voz das Farc

* Presidente da França critica ação que matou líder das Farc

* Ecuador considera como ''agresión'' y ''ultraje'' invasión militar colombiana que mató a Raúl Reyes