sábado, 29 de março de 2008

De olho na fraude, correu a New York.

"A viagem a Nova York parece estar fazendo muito bem a governadora. Longe do stress que as revelações da CPI do Detran e a Operação Rodin poderiam lhe causar e curtindo os prazeres oferecidos pela Big Apple, Yeda dá sinais de que está tomada por bons sentimentos. Primeiro, anunciou solidariedade a Flavio Vaz Netto, indiciado pela Operação Rodin. Depois, contrariando o que a bancada do seu partido tem dito, afirmou que o ambiente na CPI está melhor."
Leia mais e acompanhe as caras emoções de uma CPI no blog De olho na fraude.

O boom da peste no Rio de Janeiro

De segunda a sexta-feira, 6.512 ocorrências foram registradas. A escalada da dengue na capital fluminense alcançou ontem 31.288 notificações, com salto de 26,3% nas confirmações da doença desde segunda-feira. A estatística significa que, em média, a cada cinco casos de dengue este ano, um foi detectado nos últimos cinco dias. Do JB.

sexta-feira, 28 de março de 2008

Parceria Petrobras PDVSA

Foi firmado acordo entre as duas maiores empresas de petróleo da América do Sul, a PDVSA e a Petrobras, para a construção da Refinaria Abreu e Lima. O presidente Lula falou sobre os esforços pela unidade continental. Esses esforços são antigos, mas têm encontrado fortes barreiras. [...] O grande instrumento para a integração cultural é a proteção aos criadores da cultura de nossos países, para que tenham acesso aos meios de comunicação de massa, como é o caso da televisão.
Leia o artigo de Mauro Santayana no Jornal do Brasil.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Juno salve a América


Rosane Pavam (CARTA CAPITAL)

“Juno” ajuda a matar o tempo que tanto lutamos para ter. Por vezes é engraçado e pode nos fazer chorar numa cena de parto, por exemplo. Sua trilha, feminina e suave, embala o espectador desde a animação de abertura, de um jeito que já começa a inspirar a publicidade brasileira. Há algumas piadas no diálogo, às vezes em torno da possibilidade de um feto ter unhas. Imagino que este filme americano de emoções misturadas seja a escolha perfeita para um sábado de devedês daqui a seis meses.

Enquanto isto, talvez a obra merecesse ser um pouco mais discutida, até de maneira menos complacente, por todos os que entendem que as artes reproduzem modos de ser e pensar. Este filme rendeu um Oscar de roteiro original à escritora Diablo Cody. E não é uma bobagem inocente, como de resto nenhum filme.

O sucesso comercial de “Juno” aconteceu possivelmente porque o filme ajudou o americano a relaxar sobre o que ele próprio representa. Chega de se sentir excluído das simpatias do mundo! O diretor Jason Reitman veio para dizer que a América vale a pena, não importa a falta de escrúpulos que por vezes rodeie suas ações. Ser pragmático não é crime, se os fins são bons.

O filme gira em torno da menina que engravida de um corredor nerd, não tem coragem de abortar porque a recepcionista da clínica é estúpida e decide, com apoio do pai e da madrasta, doar seu filho a ricos responsáveis. “Juno” ridiculariza as clínicas de aborto, ainda permitidas na América, em nome do direito da livre escolha da grávida: é melhor que a mulher prossiga uma gravidez, mesmo que não tenha condição de criar seu filho, do que interrompa o erro original em um lugarzinho decadente. Curioso que o filme critique as recepcionistas sem noção e não informe sobre a qualidade dos médicos abortistas que ali trabalham.

Diablo Cody joga para a platéia um ponto de vista intrigante. Se dôo meu bebê (a “coisa”, segundo Juno) à ambiência da classe média em ascensão, não padeço de um constrangimento moral, antes contribuo para dar à criatura uma boa chance de vida e crescimento, além de favorecer a reprodução desta classe enquanto sigo a vida tocando ao violão uma canção que pode grudar.

Juno tem 16 anos e é bastante prática a respeito da vida que deseja dar para o filho em gestão. O problema não está em Juno, que pensa como quem tem 16. O problema é sua mentalidade infantil se estender a todos dentro do filme. Os pais divertidos, que querem livrá-la do constrangimento da juventude perdida, que jogo fazem? Eles afastam um problema e podem respirar um instante. Este fôlego novo vem ao final do filme, quando o cachorrinho tão desejado pela madrasta é finalmente aceito no lar (uma incongruência, afinal; o bicho tinha o acesso negado por conta dos problemas alérgicos da protagonista, não de sua gravidez).

Mas o que acontecerá a Juno no futuro, sem contar com o que ocorrerá ao ser que gerou? Em nome de pretensa incorreção política, ou com o objetivo de resolver o roteiro e as aflições imediatamente, o filme dá as costas, em primeiro lugar, à necessidade de um adotado de ter acesso a suas origens. Em segundo lugar, desconsidera a discussão dos problemas futuros das mães doadoras.

Mulheres que doam seus filhos sofrem ao relento, conforme sugere dissertação de mestrado publicada há oito anos no Brasil sob o título “Mães abandonadas: a entrega de um filho em adoção” (editora Cortez). Neste trabalho, a pesquisadora Maria Antonieta Pisano Motta descreve as aflições e sonhos terríveis de várias mães brasileiras que precisaram ou mesmo desejaram doar seus filhos e se viram, com o tempo, arrancadas de algo, uma essência, sem que alguém se compadecesse de seu sofrimento e todos seguramente as marginalizassem.

A inquietação provável e quase certa de um adotado de ter acesso a seus pais biológicos não é uma escolha da mãe, como sugere “Juno”, antes um direito do filho em busca de compor a própria história. E a mãe que doa também precisa ser compreendida, por constrangedor que isto possa parecer à zelosa sociedade. No Brasil, este acompanhamento social à mãe deveria ser mantido em lei, já que o aborto aqui é crime e esta mulher, caso não veja condições para sustentar seu filho, estará diante da única saída possível ao fazer a adoção.

Diablo Cody, ali nos Estados Unidos, não está muito preocupada com tudo isto, é claro. Em nome da visão politicamente incorreta, quer esnobar um direito assegurado, porque os direitos são todos seus, inclusive o de fazer um bom pé de meia com um texto esperto. Jason Reitman é seu par perfeito dentro do sistema hollywoodiano. Ele traduz em imagens esta liberdade de ação advogada. O filme é mulherista dentro do pior ângulo: ele transforma em vilão um homem de quase quarenta anos que coleciona guitarras Les Paul. Meninas, vamos trancar estas coisas barulhentes em um quarto, como faz a esposa do filme, e depois passear pelo shopping! Estranha maneira de criticar a imaturidade das pessoas.

O tempo passa. Não faz muitos anos, em 1999, o diretor Sam Mendes construía uma janela diferente para os Estados Unidos em “Beleza Americana”. O filme denunciava a hipocrisia sexual que puniria o voyeur e impediria o acesso dos homens maduros às menores coquetes. De quebra, castigava a mulher bem-sucedida que trabalhava e traía. Quem imaginaria um filme desses nesta era pós-”Sex and the City”? As mulheres casadoiras e bem de vida fazem as regras.

Confesso que gosto mais de Diablo Cody quando ela ironiza seu trabalho como stripper em cidades frias.

JUSTIÇA BLOQUEIA BENS DO PREFEITO DE CANOAS

O site da Justiça Federal do Rio Grande do Sul informa: O juiz da Vara Federal Cível de Canoas, Guilherme Pinho Machado, determinou hoje o seqüestro das contas bancárias, veículos e imóveis do prefeito de Canoas, Marcos Ronchetti (PSDB), dos secretários Marcos Zandonai e Francisco Fraga e dos proprietários das empresas SP Alimentos e Gourmaitre. A decisão atendeu um pedido apresentado pelo Ministério Público Federal em ação de improbidade administrativa que discute a legalidade do contrato firmado entre a prefeitura e a empresa SP para a distribuição de merenda escolar.
As provas apontam um prejuízo de aproximadamente 5 milhões aos cofres do município. Além disso, há pareceres dos Tribunais de Contas do Estado e da União indicando superfaturamento e existência de fraude na licitação, as exigências da prefeitura impossibilitariam a disputa do contrato por outras empresas. De acordo com magistrado, a ordem de bloqueio de bens se impõe até o caso ser definitivamente julgado para garantir que o município seja ressarcido deste prejuízo. Foram tornados indisponíveis cerca de 6 milhões de reais em veículos e imóveis em nome dos acusados, além de valores depositados em bancos.

Do RS urgente.

PARAGUAI: DEPOIS DE 65 ANOS, PARTIDO COLORADO CORRE RISCO DE PERDER O PODER

PARAGUAI: DEPOIS DE 65 ANOS, PARTIDO COLORADO CORRE RISCO DE PERDER O PODER


por Gilberto Maringoni

O Paraguai vai voltar com força às manchetes nas próximas semanas. Os assuntos não serão os sacoleiros de Ciudad del Este ou a enxurrada de produtos vendidos por boa parte dos camelôs de todo o Brasil. É algo muito mais sério. Dia 20 de abril acontecem as mais disputadas eleições paraguaias em várias décadas. Há muitas novidades em jogo. A primeira é que, pela primeira vez em 65 anos, o velho Partido Colorado pode ser afastado do poder. A segunda é a possibilidade desta longa hegemonia ser quebrada por uma amplíssima coalizão de centro-esquerda, que abriga de comunistas ao tradicional Partido Liberal Radical Autêntico, agremiação formada por setores nacionalistas. Na cabeça de tudo, o ex-bispo Fernando Lugo, um adepto da Teologia da Libertação. O religioso apresenta uma vantagem de 10 pontos per... Leia aqui o restante da matéria!


O texto completo no Vi o Mundo.

Blogs têm 10 milhões de leitores no Brasil

O número de usuários brasileiros que lêem blogs atingiu 10 milhões de pessoas em fevereiro de 2008, segundo dados do Ibope/NetRatings, o que representa 45,5% dos internautas ativos. Em dezembro do ano passado, eram 9,6 mihões de brasileiros que acessavam blogs.

Texto completo no IDGNow!

As migalhas da TV por assinatura

As migalhas da TV por assinatura

Nelson Hoineff

O deputado Jorge Bittar (PT-RJ) tem uma granada nas mãos. Deve lançá-la na Comissão de Ciência e Tecnologia no próximo dia 2 de abril. Ela pode demolir o arcaico modelo de TV por assinatura que vem sendo praticado desde 1992 no Brasil. Mas, se hesitar demais, o modelo continuará sendo o mesmo - e o deputado ainda poderá ficar sem alguns dedos.

O projeto de lei (PL) 29/2007, do qual Bittar é relator, trata do mercado de produção, programação, empacotamento e distribuição de conteúdo pelas TVs por assinatura. Nos últimos cinco meses, vários substitutivos foram agregados ao projeto. Os mais revolucionários dizem respeito a um sistema de cotas para a produção brasileira de caráter independente.

Não há nada de surpreendente aí, exceto a possibilidade de se corrigir uma distorção grosseira que existe neste mercado desde que ele se implantou no país. É uma herança que vem da televisão aberta - um setor que reage historicamente à regulamentação como se tal coisa implicasse em interferência ou censura - e por isso não desfruta apenas da liberdade que deveria ter, mas de uma impunidade negada a quase todos os outros ramos de atividade.

O texto continua no Observatório da Imprensa.


Por que o jornalismo participativo não decola nos portais?

Por que o jornalismo participativo não decola nos portais?

26/03/2008 18:18

Por: Juliano Spyer

Veículos de comunicação aceitam a colaboração do usuário, mas fazem questão de manter filtros que nos fazem pensar se o compromisso que possuem não é somente com seu público. Você concorda?

As soluções implementadas hoje do chamado jornalismo participativo, colaborativo ou cidadão pelos principais portais de notícia brasileiros têm de novo só o nome, porque geralmente funcionam da mesma forma como as antigas seções de cartas do leitor.

A chamada internet comercial existe há quase 20 anos e os veículos de comunicação continuam se justificando: - “Precisamos filtrar a informação enviada pelos usuários para garantir a correção da notícia e não comprometer a reputação do veículo.” Mas desde 1997 o site de notícias tecnológicas Slashdot popularizou a auto-moderação, que significa usar soluções para medir a reputação de usuários e compartilhar a filtragem do conteúdo entre os mais comprometidos com o site.

A ação descentralizada dos indivíduos - cada qual votando no que gosta ou não gosta - faz emergir uma ordem que revela de maneira surpreendentemente precisa os interesses da comunidade. Essa solução é mais barata porque usa a contribuição voluntária de centenas, milhares ou milhões de usuários para fazer a triagem do conteúdo.

É também mais eficiente porque os editores não precisam mais adivinhar o que a audiência quer. Por que nenhum dos grandes quer saber disso?

A justificativa de que o filtro existe para resguardar a reputação - veja os termos do Terra e do IG - do veículo encobre a motivação menos nobre: a de que o compromisso de veículo de comunicação não é exclusivamente com seu público.


Continue lendo no WebInsider.

Classe C agora tem mais brasileiros que classes D/E, diz pesquisa

Pesquisa encomendada pela Cetelem, financeira do grupo francês BNP Paribas, em parceria com o Instituto de Pesquisa Ipsos, mostra que as classes D/E de consumo encolheram nos últimos três anos. Pela primeira vez nesse período, de acordo com o levantamento, a classe C concentra o maior número de brasileiros.


Segundo o estudo, em 2005, 15% da população brasileira estava nas classes A/B de consumo, 34% na classe C e 51%, nas classes D/E. Em 2006, houve uma migração: 18% estavam nas classes A/B, 36% faziam parte da classe C e 46% estavam nas classes D/E.


A virada aconteceu no ano passado. Agora, 46% estão na classe C e 39%, nas classes D/E. Em 2007, As classes A/B de consumo voltaram ao percentual de 15%, verificado em 2005.

Texto completo no G1. Convém lembrar que a pesquisa é baseada em padrão de consumo, visando o desenvolvimento de produtos e publicidade.


Veja faz reportagem



A grande novidade da semana é que a revista Veja resolveu voltar a se interessar por jornalismo.

Nada muito original, nada muito especial, mas a reportagem sobre a Amazônia representa um esforço que a revista de maior circulação paga da América Latina não vinha fazendo há muito tempo.

A grande qualidade da edição de Veja é a escolha do tema.

O grande defeito é a ilusão arrogante de que pode oferecer um diagnóstico definitivo para a questão.

Talvez a melhor informação da reportagem seja um retângulo vermelho que representa, comparado com duas páginas abertas, o total do desmatamento ocorrido na floresta nas duas últimas décadas.

No mais, o corpo principal do texto é composto por respostas da revista a questões que ela chama de "senso comum". Mas não explica de onde tirou esse tal de senso comum.

A tentativa de partir de suposições básicas para respostas complexas torna o resultado confuso.

A reportagem tem o mérito de reconhecer a importância da preservação da floresta, mas faltou citar e contextualizar as fontes que autorizam certas afirmações.

O texto completo no Observatório da Imprensa. É de fato incrível que Veja tenha feito uma reportagem. Faz tempo que tá virada em propaganda...

quarta-feira, 26 de março de 2008

Queda no percentual de ligadas no Rio preocupa a Globo


BLUE BUS:

Nota do Daniel Castro hoje na Folha diz que a audiência da TV aberta no Rio de Janeiro despencou nos ultimos anos. A queda no percentual de televisores ligados na Grande Rio chamou atençao da Globo, que pediu ao Ibope para investigar esse comportamento. Segundo a coluna, que obteve os dados junto a 2 grandes redes de TV, em 2005 o Rio registrava media diaria de 44% de televisores ligados. Em 2006, o percentual tinha caído para 42%. Recuou para 37% quando medido em outubro de 2007 e agora em fevereiro atingiu 36%. Diz Daniel que o percentual de TVs ligadas caiu em todo o país, mas é uma queda que nao se compara ao que ocorreu no Rio - a media nacional continua superior a 42%. Ainda de acordo com a coluna, as especulaçoes sobre os motivos desse declinio giram em torno de 3 hipóteses - elevado número de evangélicos, alta pirataria a cabo em áreas controladas pelo tráfico e dificuldade de mediçao pelo Ibope. O instituto de pesquisa, procurado pela coluna, nao confirmou os dados e nao quis comentar a situaçao.

Atacaron a Fontevecchia cerca de Plaza de Mayo

Jorge Fontevecchia, director de Editorial Perfil, fue agredido anoche cerca de la Plaza de Mayo por un grupo de manifestantes durante el cacerolazo de anoche. Le pegaron una patada en el pecho y le gritaron: "¡Andáte porque te matamos!".

Fontevecchia hablaba por celular cuando sintió la patada y los gritos de los agresores que lo dejaron inmóvil. Retomó su camino y nuevamente fue agredido verbalmente.

MEU COMENTÁRIO: O SR. JORGE É DIRIGENTE DE GRANDE CONGLOMERADO MIDIÁTICO NA VIZINHA ARGENTINA.

HOMENAGEM À SECRETÁRIA MARISA

Encontro latino americano sobre 'terrorismo midiatico' abre na 5a

BLUE BUS:

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, anunciou ontem a realizaçao em Caracas de um encontro latino-americano sobre "o terrorismo midiático". O evento acontece entre esta 5a feira (27) e domingo (30). Em discurso no Palácio de Miraflores, onde presidiu neste domingo um conselho de ministros, justificou a iniciativa - "É preciso discutir temas como este - já que o terrorismo midiático utiliza os meios de comunicaçao para gerar guerra, violência, temor e angústia nos povos".

Segundo o diretor da Agência Bolivariana de Notícias (ABN), Freddy Fernández, participarao do evento jornalistas de 14 países latino-americanos - "O objetivo da atividade é responder às açoes empreendidas pela Sociedade Interamericana de Imprensa SIP ao longo dos últimos 10 anos, já que foi a ponta de lança da estratégia de dominaçao pretendida pelos EUA sobre o continente", disse Fernández, em declaraçoes citadas pela agência.

Processo de eliminação



As empresas — principalmente as grandes, que atraem mais interessados — estão tentando administrar uma situação que é característica do século XXI: uma enxurrada de currículos para poucas vagas disponíveis. Então, o que um dia foi chamado de "processo de seleção" acabou se transformando em "processo de eliminação".

Ao receber os currículos, as empresas começam eliminando os candidatos que não têm curso superior. Depois, entre os que têm, eliminam os que não se formaram em uma instituição de renome. Em seguida, peneiram os que não possuem MBA ou qualificações adicionais consideradas indispensáveis, como inglês fluente e conhecimentos de informática. Mesmo assim, sobram dezenas de candidatos para uma vaga.

O passo seguinte é partir para a avaliação comportamental. Há casos de "dinâmicas de grupo" que se tornaram folclóricas: entender como, exatamente, carregar um ovo numa colher, escolher a frase que constará em sua lápide, ou decidir que bicho gostaria de ser, poderá ter qualquer influência no desempenho profissional...

Porém — excessos à parte — a verdade é que um cargo absolutamente normal — caixa de banco, por exemplo — requeria 3 mil horas de estudo, na década de 1970 (o dito "ginasial completo"). Hoje, para a mesma função — e para um salário equivalente ao de 30 anos atrás — são necessárias 11 mil horas. Não porque as empresas decidiram que seria assim, mas porque os postulantes às vagas se mostraram dispostos a aceitá-las, mesmos sabendo que sua escolaridade vai muito além dos pré-requisitos para o desempenho da função.

Em resumo, o funil ficou muito mais estreito. Nunca tivemos tantos jovens tão bem formados, e, proporcionalmente, nunca tivemos tão poucas vagas para jovens bem formados.

Max Gehringer, na Revista da ESPM (porque, desde que me formei, desconfiei disso, mas é a primeira vez que vejo alguém admitir com todas as letras...).

Do Digestivo Cultural.

Telefonia

Duas notinhas da Mônica Bérgamo, colunista da Folha de São Paulo (o conteúdo da Folha de São Paulo é restrito a assinantes da própria Folha, ou do portal UOL), em sua coluna de 19 de março de 2008:

ESTRELA
As empresas de telefonia fixa e o governo preparam evento para o dia 31 de março, em Brasília, tendo como estrela a ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil. Será para anunciar um acordo, costurado por ela, que permite que as companhias não precisem mais cumprir metas de universalização da telefonia, em troca de instalarem banda larga em escolas públicas do país, num investimento de R$ 800 milhões.

MOSCAS
Um dos argumentos das empresas é que a universalização se tornou obsoleta - mais de 60% dos postos de telefonia pública da Br Telecom, por exemplo, não receberam um único cliente em 2007, diz a empresa.

Estatísticas indicam redução de mortes de civis no Iraque

Apesar de coincidir em apontar uma tendência para o número de civis mortos no Iraque, as estatísticas variam ao apresentar uma estimativa numérica. O governo iraquiano tampouco apresenta dados precisos.

O IBC afirma que entre 82.240 e 89.751 civis morreram desde março de 2003.

Já um estudo publicado na revista médica britânica The Lancet calculou que apenas entre 2003 e 2006 morreram 655 mil civis iraquianos.

Outras fontes, como o Brooking Institute, com sede nos Estados Unidos, e o Ministério do Interior do Iraque, também apresentam números conflitantes.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou em janeiro que o número de civis mortos violentamente desde o início da invasão deve oscilar entre 104 mil e 223 mil.

Excerto de texto da BBC Brasil.

Análise: Invasão do Iraque mudou balanço de forças no Oriente Médio

Análise: Invasão do Iraque mudou balanço de forças no Oriente Médio

Cinco anos após seu início, a invasão do Iraque liderada pelos Estados Unidos trouxe profundas conseqüências para os países vizinhos e alterou o balanço de forças da região, segundo analistas ouvidos pela BBC.

"Desde a década de 1970, o Iraque era um dos principais atores da política do Oriente Médio, mas isso terminou com a invasão, quando se fortaleceu o papel do Irã", afirma Abdel Said Ali, diretor do Centro de Estudos Políticos e Estratégicos Al Ahram, no Cairo.

O analista diz acreditar que uma das principais mudanças ocorridas na região desde 2003 foi um reposicionamento das forças sunitas e xiitas.

Após a derrubada de Saddam Hussein, as duas vertentes passaram a protagonizar um conflito sectário que já matou dezenas de milhares de pessoas no Iraque. Os xiitas, majoritários no Iraque, tinham sido duramente reprimidos sob o regime sunita de Saddam Hussein e, agora, reivindicavam o poder no país.

Os conflitos não se espalharam pela região, mas acabaram promovendo uma aproximação entre grupos sunitas e xiitas de diferentes países.

O Irã ser aproximou do movimento Hezbollah no Líbano e do governo sírio, representando os xiitas. Do lado dos sunitas, houve um fortalecimento de laços entre os governos de Arábia Saudita, Egito e parte da população no Líbano.


Na semana do quinto aniversário da invasão e ocupação americana no Iraque, o texto continua na BBC Brasil.


O iG rompe com o Conversa Afiada

O iG rompe com o Conversa Afiada

O leitor do iG foi surpreendido hoje, entre 16h15 e 16h30, com a retirada do ar do site “Conversa Afiada”, de Paulo Henrique Amorim. Oficialmente, a assessoria de imprensa do iG informa que “o contrato foi rescindido pelo iG e que todas as cláusulas rescisórias foram atendidas”.

Diz o iG que vem fazendo uma reestruturação do portal, o que inclui “a rescisão de contratos desvantajosos para a empresa”. Era o caso do site de Paulo Henrique Amorim, o qual, segundo o iG, não trazia “receita nem audiência”. Essa é, em essência, a manifestação oficial do iG.

Este ombudsman já criticou e elogiou o trabalho de Paulo Henrique Amorim no iG. O estranho é testemunhar a ruptura súbita, sem aviso anterior ou posterior aos leitores, afetando um site notoriamente controvertido.

Cobranças dos leitores

Mensagens de mensagens de internautas surpresos e confusos cobram maiores explicações do iG.

O leitor José Lima faz a pergunta óbvia:” O Paulo Henrique Amorim não escreve mais no IG? Não encontrei o blog dele hoje no site. Se isso é verdade, não deveria ter sido comunicado pelo IG aos leitores?”

A leitora Rosemeire Lima mostra-se surpresa: “Levei um tremendo susto quando acessei o iG hoje e não achei o "Conversa Afiada". o que aconteceu? Vocês o tiraram do ar? O PHA parou com o iG? Espero que estejam passando somente um problema técnico e amanhã já se resolva, mas mesmo isso deveria ter sido comunicado pelo iG. O Conversa Afiada é um dos poucos espaços da mídia brasileira em que se pode ler notícias e opiniões que não foram manipuladas pela grande máquina que algema e amordaça os meios de comunicação brasileiros. O Brasil precisa de democracia e isso só se faz com Imprensa realmente Livre e não com papagaios e macaquinhos prontos para repetir baboseiras e bater palmas para toda a besteira que um grupo de pessoas que dominam os meios de comunicação quer. Democracia é liberdade de opinião, é direito a discordar, é o sagrado direito do povo de cobrar dos que estão no poder honestidade e seriedade. O iG com seus Blogs, (Mino Carta, PHA, e Luís Nassif) é um dos poucos espaços onde ainda se respira democracia. Por favor, não cortem mais esse espaço, pois do jeito que estamos vamos chegar ao triste momento em que teremos que começar a ler os jornais internacionais para saber o que se passa pelo Brasil.”

Ou ainda o leitor Roberto Monico Júnior, que diz “O que o IG fez com o Conversa Afiada? Você consegue explicar (com a mágica retórica dos assessores de imprensa) sem queimar o site? O iG agora está fazendo parte do PIG?”

Os temas em torno

A favor de Amorim há o fato de ele defender opiniões únicas no panorama da grande mídia nacional. Contra ele há o fato de que essas opiniões às vezes vinham acompanhadas de ataques pessoais desnecessários.

Não se discutem opções empresariais que fazem parte das atividades de qualquer empresa. Caberia, porém, um esclarecimento público e voluntário do portal sobre a ruptura com Amorim e sobre sua relação com temas sensíveis, como o processo de compra, pela Oi, da Brasil Telecom, proprietária deste iG. Amorim é crítico radical desta compra e tem atacado os que a defendem.

De qualquer forma, o iG e, de resto, todos os grandes veículos brasileiros, devem informar sobre si próprios com a transparência que cobram das outras instituições, e como fazem os melhores veículos da mídia internacional.

Em tempo: este ombudsman solicitou contato com Paulo Henrique Amorim, para colher sua opinião.

Ainda em tempo: o iG informa que a saída do ar do Blog do Nassif hoje no início da noite deveu-se a trabalhos de manutenção anunciados pelo próprio blog.

Nota do blog do Ombudsman do IG, Mário Vítor Santos, a respeito da exclusão do saite do Paulo Henrique Amorim das páginas do IG. Visto via Comunique-se.

EM LIVRO SOBRE CHÁVEZ, AMERICANO DIZ QUE ELITE BRANCA NÃO SE CONFORMA EM RECEBER ORDENS DO GARÇOM

EM LIVRO SOBRE CHÁVEZ, AMERICANO DIZ QUE ELITE BRANCA NÃO SE CONFORMA EM RECEBER ORDENS DO GARÇOM


O lançamento do livro Hugo, do repórter americano Bart Jones, faz parte do tênue revisionismo que está acontecendo nos Estados Unidos em relação a Hugo Chávez. O homem não é o tirano pintado pela mídia americana, diz o livro. Isso eu mesmo sei. Fui à Venezuela e não vi nada do que a mídia brasileira fala sobre ele. Tenho reparos à militarização do governo, à improvisação e à falta de alternativas no grupo de poder que ele representa. O presidente da Venezuela parece promover a ascensão do irmão, Adam. O autor lembra que John Kennedy trouxe o irmão Robert para um cargo importante no governo e o mundo não se acabou em críticas. E eu lembro das dinastias Bush e Clinton, para não falar em Sarney e ACM. Porém, desde que Chávez assumiu, em 1998, houve mais de dez eleições e referendos ... Leia aqui o restante da matéria!


Texto completo no Vi o Mundo.

NA COBERTURA DO IRAQUE, SOLDADOS AMERICANOS MORTOS SÃO INVISÍVEIS

NA COBERTURA DO IRAQUE, SOLDADOS AMERICANOS MORTOS SÃO INVISÍVEIS


SÃO PAULO - O sumiço da cobertura do Iraque na mídia americana, que notei em texto que escrevi sobre os 4 mil soldados mortos, foi motivo de reportagem do New York Times, que neste 24 de março pergunta: "A guerra dura, mas onde está a mídia?". Várias hipóteses são testadas por Richard Pérez-Peña, o autor. Antes, porém, às estatísticas: --- o Pew Research Center demonstrou, em pesquisa, que 50% dos americanos seguiam bem de perto o assunto antes da invasão; média que caiu para 40% em 2006 e agora é de cerca de 30%; --- de acordo com Andrew Tyndall, que é uma espécie de Eduardo Guimarães americano, os telejornais noturnos deram 4.100 minutos para o Iraque em 2003, 3.000 em 2004 e, em média, 2.000 em anos mais recentes; --- o Projeto por Excelência em Jornalismo diz que o Iraque rendeu 18% do noticiário de dest... Leia aqui o restante da matéria!


O texto completo está no Vi o Mundo.

terça-feira, 25 de março de 2008

“Imprensa brasileira deveria assumir posição”, diz chefe de redação da Folha Universal

“Imprensa brasileira deveria assumir posição”, diz chefe de redação da Folha Universal

O chefe de redação da Folha Universal, Celso Fonseca, foi o convidado na manhã de terça-feira (25/03) do Comunique-se para estrear o “Papo na Redação” em vídeo em 2008. Fonseca respondeu aos leitores em entrevista mediada pelo presidente do Comunique-se, Rodrigo Azevedo. Falou da linha editorial da Folha Universal, dos detalhes da nova redação em São Paulo, e recebeu o apoio – e também as inquietações – da comunidade jornalística.

Sobre a linha editorial do jornal, Fonseca afirmou que “sabe onde está trabalhando”. Um recado de quem sabe qual veículo chefia. “A gente evita falar de temas polêmicos à Universal”, admitiu, em resposta às perguntas de leitores e do repórter Marcelo Tavela, do Comunique-se, sobre como a Folha Universal trata de temas como o homossexualismo. E alfinetou: “A imprensa brasileira deveria ser honesta e assumir posição.” Fonseca cita como exemplo a imprensa norte-americana que tem uma posição editorial bem marcada, bem como a própria Folha Universal, postura esta que o jornalista defende.

Para Fonseca, o problema no Brasil é que os veículos não assumem uma posição. Considerando os temas mais apropriados (“família” e “ética”) para um jornal como a Folha Universal, distribuído nas igrejas, Fonseca afirma que no semanal tem toda a liberdade para trabalhar. Conta de pautas que conseguiu fazer, como denúncias sobre a retirada de moradores de rua com esguicho d’água em São Paulo e sobre tortura, que não passaria em qualquer outro meio de comunicação. “(A Folha Universal) é o veículo que tenho menos interferência editorial na minha vida”, declarou o jornalista, que tem experiências no Estadão, Jornal da Tarde, Portal Terra, revista Brasileiros, e Diário do Povo, de Campinas, no interior de São Paulo.

Texto completo no Comunique-se.

Morre Sérgio de Souza, editor da Caros Amigos

Morre Sérgio de Souza, editor da Caros Amigos

Morreu na madrugada de segunda-feira (24/03) o jornalista Sérgio de Souza, 73 anos, editor e um dos fundadores da Caros Amigos. Ele estava internado há duas semanas no hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo, após uma perfuração no duodeno. O quadro passou para uma infiltração no pulmão, causa da morte do jornalista. Sérgio de Souza será velado a partir de 12h no cemitério da Vila Alpina, em São Paulo.

Souza começou a extensa carreira na Folha de S. Paulo e passou por diversos veículos, como as revistas Quatro Rodas e Realidade. Ele também é co-autor de diversos livros, incluindo “Minha Razão de Viver”, de Samuel Wainer. Criou a Caros Amigos em 1997.

Notícia do Comunique-se.


Equador: Colômbia cometeu crimes de lesa-humanidade


As tropas colombianas que realizaram uma operação militar contra um acampamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em território equatoriano cometeram crimes de lesa-humanidade suscetíveis de denúncia perante tribunais internacionais, disse hoje o embaixador do Equador na Venezuela René Vargas.

O diplomata assinalou ao canal estatal Venezolana de Televisión que, após um ataque inicial com bombas inteligentes, as tropas chegaram em helicópteros para "massacrar" os sobreviventes, dentre os quais havia um equatoriano que, segundo Vargas, "foi assassinado pelas costas".

"Descoberto o assunto, (as autoridades colombianas) estão aceitando a autoria de um fato criminoso que lesa os direitos humanos. Trata-se de um crime de lesa-humanidade", assinalou o embaixador.

"Isto permite ao Equador mover uma ação em organismos como a Corte Internacional Penal, para acusar estes criminosos", acrescentou Vargas.

O diplomata indicou que o fato mais grave ocorrido nos últimos dias foram as declarações do ministro de Defesa colombiano, Juan Manuel Santos, nas quais voltou a utilizar o termo "guerra legítima", como "se estivesse fazendo pouco caso da posição" equatoriana", para justificar a "agressão" a seu país.

Vargas qualificou Santos, a quem disse conhecer, de "tolo insolente", e lembrou que segundo as leis internacionais, "os feridos em combate não podem ser assassinados pelas costas".

Também afirmou que, após o "massacre", as tropas colombianas "deixaram feridas três moças, uma delas mexicana, e as estupraram".

Vargas assinalou que seu país investiga de onde saíram os aviões que lançaram as bombas contra o acampamento.

O diplomata assegurou que a Colômbia não tem plataformas para lançar essas bombas, mas teria utilizado aviões dos Estados Unidos que estavam na base de Manta, em território do Equador.

Vargas considerou que as declarações de Santos representaram um passe atrás em relação aos entendimentos da cúpula do Grupo do Rio, realizada no início do mês em Santo Domingo.

"Atualmente estamos em outro capítulo do mesmo problema. Estamos falando de crimes de lesa-humanidade que justificam uma acusação de meu Governo perante as autoridades internacionais, assim como, por exemplo, foi denunciado (o ex-ditador chileno Augusto) Pinochet", afirmou Vargas.

Para o embaixador, é inaceitável que a Colômbia "qualifique unilateralmente os alvos terroristas, e quem são os terroristas".

"Isso é a lei da selva", criticou.

EFE

Yeda manda Grendene embora (ou: - que se vá!).

"A empresa de calçados Grendene, com filial na cidade de Farroupilha, na serra gaúcha, começou a demitir funcionários no início da semana. [...] A única informação, ainda não oficial, é de que todo o parque fabril da Grendene será transferido para a região Nordeste do Brasil." Leia aqui.

Unesco retira apoio a Repórteres sem Fronteiras

Unesco retira apoio a Repórteres sem Fronteiras

Marcelo Collar
Estagiário de Jornalismo

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) retirou, nesta terça-feira, 11, seu patrocínio ao Dia pela Liberdade de Expressão na Internet, que acontece nesta quarta-feira, 12.

Segundo um comunicado oficial da ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF), a entidade da ONU não quer se ver associada às diferentes manifestações organizadas para a ocasião. A informação foi publicada no site da RSF. "Vários dos Estados que fazem parte da lista dos 15 'Inimigos da Internet' que publicamos hoje intervieram diretamente perante a Direção Geral da Unesco", acrescentou a nota.

Acordo

Em comunicado à Agência Efe, a Unesco afirma que os conteúdos publicados na terça à noite no site da RSF não respeitavam o acordo das duas entidades, pois, embora o organismo da ONU destaque seu apoio à liberdade na internet, não pode apontar nações concretas.

A RSF publicou uma lista de quinze países considerados "Inimigos da Internet", onde constam Arábia Saudita, Belarus, Mianmar, China, Coréia do Norte, Cuba, Egito, Etiópia, Irã, Uzbequistão, Síria, Tunísia, Turcomenistão, Vietnã e Zimbábue.


Texto do Portal 3, da Unisinos.


Mão Santa Critica Crédito para os Pobres

Hoje, o parlamentar piauiense foi à tribuna para contestar a política de juros do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Mão Santa, ela estaria voltada para a universalização do consumo.

Na avaliação do senador, embora proporcione o acesso a financiamentos de longo prazo à população mais carente, essa política traria um custo muito alto ao cidadão.

Para Mão Santa, o financiamento de longo prazo não só é um lance populista do governo Lula, mas também um fator de enriquecimento dos bancos, "que lucram cada vez mais com os prazos de até 100 meses oferecidos, por exemplo, para a compra de automóveis".

Em resumo, Mão Santa, fiel às suas origens e no melhor estilo dos coronéis nordestinos, não quer que os pobres tenham acesso ao crédito. Ou, como diria Justo Veríssimo: “Eu quero que pobre se exploda.”

O analista de economia Mão Santa esqueceu de dizer que o crédito amplo é um dos instrumentos mais eficientes de inclusão social e de aquecimento econômico de um país.

Texto completo no Bancada Gaúcha.


segunda-feira, 24 de março de 2008

COLÔMBIA CONFIRMA QUE MATOU EQUATORIANO; BOMBAS AMERICANAS FORAM USADAS, DIZ O EQUADOR

COLÔMBIA CONFIRMA QUE MATOU EQUATORIANO; BOMBAS AMERICANAS FORAM USADAS, DIZ O EQUADOR


De acordo com o jornal colombiano El Tiempo, o relatório da Organização dos Estados Americanos (OEA) sobre o ataque da Colômbia ao acampamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) no Equador apresenta pontos de divergência. O presidente do Equador, Rafael Correa, disse que considera o incidente político "superado", porém disse ser difícil "ter confiança novamente em meu interlocutor", numa referência ao presidente da Colômbia, Álvaro Uribe. Os equatorianos alegam que alguns dos mortos receberam tiros pelas costas a curta distância. Colocam em dúvida a afirmação da Colômbia de que teria localizado o número dois das FARC, Raúl Reyes, através de uma "fonte humana". Alegam que a Colômbia lançou seis bombas GBU12 de aviões que voavam do sul para o norte e outras q... Leia aqui o restante da matéria!


O restante da matéria no Vi o Mundo.

DEFESA@NET: BOMBAS AMERICANAS GBU 12 FORAM USADAS NO ATAQUE DA COLÔMBIA AO ACAMPAMENTO DAS FARC

DEFESA@NET: BOMBAS AMERICANAS GBU 12 FORAM USADAS NO ATAQUE DA COLÔMBIA AO ACAMPAMENTO DAS FARC


Do Defesa@Net No ataque colombiano ao acampamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) no Equador, em 1º de março, foram utilizadas 10 bombas de alta tecnologia, segundo uma investigação da Força Aérea equatoriana, publicada hoje pelo jornal local El Comercio. Em 6 de março, especialistas em armas da Força Aérea equatoriana iniciaram uma perícia sobre o bombardeio em Angostura, onde estava o acampamento das Farc e onde morreu o porta-voz internacional da organização, Raúl ... Leia aqui o restante da matéria!


Isto é, veja mais no Vi o Mundo

Processo do Exército derruba versão sobre guerrilha


Um processo administrativo de rotina, aberto por um militar interessado em ganhar uma medalha, derruba a versão de que o Exército não tem em seus arquivos documentos secretos sobre as operações contra a guerrilha do Araguaia. Uma série de telegramas e ofícios comprovam também a prisão, o interrogatório e a tortura de militantes do PCdoB que foram capturados vivos e, depois, dados como “desaparecidos”. Desde 1982, quando parentes de guerrilheiros, sobreviventes do movimento armado e pesquisadores pediram na Justiça Federal a entrega dos arquivos para ajudar na localização dos corpos dos “desaparecidos”, o Comando do Exército ou diz que os documentos não existem ou que foram queimados ao final das operações anti-guerrilha, em 1975. Em dezembro de 2004, o então comandante da Força, general Francisco Roberto de Albuquerque, disse que em suas unidades não havia documentos referentes à guerrilha do PCdoB que atuou na divisa dos Estados de Tocantins (na época, Goiás), Pará e Maranhão, de 1972 a 1975, e que resultou na morte de 59 terroristas, quatro civis e 16 militares. Parte dos documentos, carimbados com a palavra “secreto”, com as informações que o Exército diz não possuir, foi entregue, em casa, em 1990, ao tenente da reserva José Vargas Jiménez. Ele é o autor do pedido (que resultou em processo administrativo) para ser agraciado com a medalha do Pacificador, comenda do Exército que lhe foi concedida por ter participado do combate ao movimento armado do PCdoB quando era sargento e usava o codinome “Chico Dólar”. Em vez de manter o sigilo sobre o material recebido, Jiménez publicou um pequeno livro em outubro de 2007, em Campo Grande (MS), onde mora. Isso levou o Exército a abrir uma sindicância para apurar o vazamento de documentos sigilosos. A sindicância foi arquivada em janeiro deste ano, sem negar a autenticidade dos documentos, mas os fac-símiles começaram a circular abertamente neste mês por meio do blog de um outro militar da reserva. Até hoje, o Exército admitiu, no máximo, que os militares que combateram a guerrilha podem ter agido “fora dos ditames legais do Estado de direito”, como disse o general Albuquerque há três anos. Ele reagia à decisão de julho de 2003, da Justiça Federal, que mandou quebrar os sigilos dos arquivos do Exército. Por causa de recursos judiciais da própria União, o assunto tramita até hoje na Justiça sem decisão final. Os documentos oficiais em poder do tenente Jiménez dão provas de que muitos dos mais de 20 terroristas que resistiram até o começo de 1974 não foram mortos em combate. Algemados, eles chegaram com vida às bases de Marabá, Bacaba e Xambioá.


Outro texto da Videversus, jornalismo de adjetivos.


Empresário Cecílio do Rego Almeida morre aos 78 anos em Curitiba


O empresário Cecílio do Rego Almeida morreu no sábado, em Curitiba (PR), aos 78 anos. Ele se sentiu mal pela manhã, em casa, e foi internado na UTI do Hospital Santa Cruz. C.R. Almeida, como era conhecido, era dono da empreiteira que leva seu nome e de negócios no setor agropecuário, de concessão de rodovias e na área química. Almeida foi apontado como detentor de uma das maiores fortunas do Brasil. Em 1992, a revista norte-americana Forbes o relacionou como proprietário de um patrimônio avaliado em US$ 1,3 bilhão. No auge de seus negócios, o empresário fechou grandes contratos com a União para construção de obras rodoviárias por todo o País a partir do governo de Juscelino Kubitschek, na década de 50, até os anos 70, no regime militar. Polêmico, C.R. Almeida também se envolveu em acusações de grupos ambientalistas e do Ministério Público Federal de ser o dono de vastas extensões de terras no Norte do País por meio da prática de grilagem (apropriação ilegal), o que sempre negou.


Texto da Videversus, jornalismo de adjetivos. Cecílio Rêgo Almeida, era dono de uma das empreiteiras, que aparentemente funcionavam em oligopólio, desde os anos 1950, durante o regime militar, e que aparentemente passaram a ter atuação um pouco mais discreta após o governo Sarney. Algumas das outras: Mendes Júnior, Carmargo Corrêa, Odebrecht, ...




PRBS


Três Tigresas Tristes


Saiu no blog Diario Gauche: " O que o jornal Zero Hora fez com as três candidatas – nominalmente de esquerda – à prefeitura de Porto Alegre não se faz nem com cães sarnosos. Esvaziou-as ainda mais dos seus ralos conteúdos políticos e preencheu-as com a palha seca da frivolidade e do decadentismo de espetáculo.
Transformou-as em três tigresas tristes de papel. Nivelou três vidas dedicadas à luta política ao denominador comum do caderno feminil Donna – que edita o olhar feminino canalizado para o consumo de moda, comésticos e mundanidades da hora. Na mesma linha mercadológica do concurso de beleza juvenil promovido pela RBS Eventos chamado “Garota Verão”, onde meninas são objeto de apreciação espetacularizada dos seus dotes físicos, e veículos privilegiados da venda de mercadorias e formação retrô de imaginários romantizados e fantasiosos do papel social da mulher.
Rosário (PT), Luciana (PSOL) e Manuela (PCdoB), hoje, estão sendo rebaixadas no diário da RBS: de mulher-sujeito que cada uma é, ficam irremediavelmente reduzidas a mulher-objeto, submetidas a um processo de pasteurização e liofilização que visa apresentar-lhes como produtos exóticos (mulheres-que-fazem-política-e-de-esquerda), mas inofensivos à ordem passiva da classe média guasca.
“Luciana e Rosário não se aventuraram pelas mais de 2,5 mil páginas de ‘O Capital’, de Marx. Manuela tentou, mas confessa que não entendeu.” - tranqüiliza o jornal.
Agora, as três receberam o carimbo da inspeção RBS de qualidade: estão aprovadas para concorrer às eleições de outubro, não abalarão nenhuma estrutura e nenhum pilar da sociedade branca e classe média de Porto Alegre. Obtiveram o selo de confiança do PIG local.
Surpreende é que essas filhas ou netas de Simone de Beauvoir e do movimento social das mulheres da segunda metade do século 20 (o mais bem sucedido movimento social do século passado) sejam fisgadas de forma tão simplória por componentes narcísicos que ainda não conseguem dominar racionalmente. A RBS lhes acenou a cenourinha skinneriana dos três V’s (vaidade, visibilidade e voto) e elas caíram no truque, abrindo mão de conquistas coletivas ao qual não estavam autorizadas a fazê-lo.
Coisas da vida".

Fac-símile de parte da matéria publicada hoje em Zero Hora.

Uma estrela chamada Rosário


CARTA CAPITAL (por Maurício Dias)

A tradição machista na esquerda brasileira sempre foi maior do que a tradição na direita. Isso começou a mudar de forma mais veloz e expressiva a partir da participação feminina nos movimentos armados, nos anos 1970. Quando a gaúcha Maria do Rosário nasceu, em 1967, já era assim. Ela filiou-se, em 1985, ao PCdoB e, em 1994, migrou para o PT.

No domingo 16, ela nocauteou a poderosa cúpula do PT no Rio Grande do Sul e ganhou o direito de disputar a prefeitura de Porto Alegre. A disputa foi resolvida com pouco mais de 50 votos de vantagem sobre o ex-ministro Miguel Roseto. Indiretamente, ela derrotou também três ministros do governo Lula (Tarso Genro, Justiça; Dilma Rousseff, Casa Civil, e Guilherme Cassel, Desenvolvimento Agrário) e outros nomes expressivos, como Olívio Dutra e Raul Pont.Lula não se meteu. Escapou da derrota.

As mulheres estão em ascensão na esquerda. Além da petista, duas outras mulheres vão estar na eleição de Porto Alegre. Mas essa vitória, além do aspecto cultural – contra o celebrado machismo gaúcho –, tem um importante significado político. Maria do Rosário explica: “O PT isolou-se no Rio Grande do Sul a partir de políticas erradas, a exemplo do que ocorreu no governo Olívio Dutra, quando houve o rompimento com o PDT”.

Para os petistas derrotados ela manda um recado: “Quero ganhar a eleição em nome do PT e não em meu nome”.

4.000 MORTOS



E QUANTOS ELE MATARAM?

domingo, 23 de março de 2008

Estudo aponta que 70% das águas superficiais do Brasil estão contaminadas


A poluição tornou 70% das águas de rios, lagos e lagoas do Brasil impróprias para o consumo. É o que aponta relatório editado pela organização não-governamental Defensoria da Água, ligada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

A pesquisa, que traz dados do período 2004-2008, envolveu 423 pesquisadores, 830 monitores de campo e cerca de 1.500 voluntários, que identificaram 20.760 áreas de contaminação em todo o país.

Em relação à primeira edição do documento, divulgado em 2004, a contaminação das águas superficiais cresceu 280%, dado que torna do Dia Mundia da Água, celebrado hoje (22), um momento de reflexão sobre a necessidade de medidas urgentes.

“Nesse ritmo, se nada for feito, nos próximos quatro anos 90% das águas estarão impróprias para o contato humano, sendo que atualmente mais de 70% já é imprópria para o consumo”, diz o texto dos pesquisadores.

As principais causas da contaminação são atribuídas principalmente ao agronegócio e à atividade industrial. “Há uma falta generalizada de controle e de fiscalização da geração, da destinação e do tratamento de resíduos, sejam eles urbanos, de saúde ou residenciais”, avalia o secretário-geral da Defensoria da Água, Leonardo Morelli.

De acordo com o relatório da ONG, a mineração, a produção de suco de laranja e de derivados da cana-de-açúcar são “destaques negativos” pelos problemas ambientais provocados pelo descarte inadequado de resíduos industriais e pelas conseqüências sociais ligadas aos empreendimentos, como exploração de mão-de-obra e avanço sobre áreas indígenas.

O documento critica ainda a “euforia” com a produção de biodiesel, o que, segundo a ONG, demonstra “uma tendência para a economia agrícola, com empresas petrolíferas altamente contaminadoras apropriando-se indevidamente do discurso do uso de elementos naturais que na verdade mascaram as tentativas de sobrevida dos combustíveis fósseis”.

O lançamento de esgotos diretamente nos rios e a exposição de resíduos em lixões também são apontadas como causas do crescimento contínuo da poluição das águas, principalmente em áreas urbanas.

“A existência de lixões continua sendo uma realidade irrefutável em mais de 4,7 mil municípios sendo que a deposição de resíduos sem controle ou proteção continua ocorrendo nas margens de cursos de água e proximidades de nascentes”, relata o texto.

Um agravante, segundo a ONG, é que menos de 3% dos lixões enquadram-se na categoria de “aterros controlados”, por exemplo. Além disso, o país conta com cerca de 20 aterros devidamente licenciado e com capacidade para receber lixo hospitalar infectante.

De acordo com o relatório, as 20.760 áreas de contaminação mapeadas pelos pesquisadores afetam diretamente cinco milhões de pessoas, além de outras 15 milhões de vítimas de impactos indiretos.

Texto de Luana Lourenço, repórter da Agência Brasil.