quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

As coisas que se vêem de Haia


Quem é o responsável pelas mortes e pela destruição? O teste público, moral e judicial será aplicado aos três estadistas israelitas que enviaram o exército para a guerra contra uma população indefesa que não tinha sequer um local para se refugiar, uma guerra que é talvez a única na História contra uma faixa de terra encerrada por uma vedação.

Por Gideon Levy, publicado originalmente no Haaretz


Quando os canhões finalmente se tornarem silenciosos, chegará a altura para questionar e investigar. As nuvens de fumo em forma de cogumelo e a poeira desaparecerão num céu escuro; o fervor, a desensibilização serão para sempre esquecidos e talvez possamos ter uma imagem clara de Gaza em todo o seu horror. Veremos então o âmbito das mortes e da destruição, os cemitérios devastados e hospitais sobrelotados, os milhares de feridos e os mentalmente instáveis, as casas destruídas que permanecem depois desta guerra.

As perguntas que pedem para ser feitas, o mais cautelosamente possível, são sobre quem é o culpado e quem é o responsável. É provável que a excessiva vontade do Mundo em perdoar Israel volte a surgir nesta altura. Os pilotos e os artilheiros, as tripulações dos tanques e os soldados de infantaria, os generais e os milhares que embarcaram nesta guerra com a sua parte de zelo, aprenderão os resultados da natureza malvada e indiscriminada dos seus ataques militares. Talvez não paguem preço nenhum. Foram para a guerra, mas foram outros que os enviaram.

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