domingo, 12 de abril de 2009

Um conto: Muito mais de onze fraturas

Tá aqui, vou ler no livro o que ele mesmo contou:

O Ghiggia avançou, eu vislumbrei o centro da área com três carrascos babando, à espera da bola. O Bigode vem atrás do Ghiggia, Juvenal tenta fazer a cobertura, mas na entrada da área só tem eles, ninguém da defesa, se ele centra não tem como pegar, é gol na certa, fico esperando Ghiggia centrar, dou um passo à frente, porque ele com certeza vai fazer a mesma jogada do primeiro gol, ele sente que eu estou fora, embora viesse de cabeça baixa como touro miúra, mete o peito do pé na bola e ainda toco nela, crente e que foi para escanteio, afinal foi um chute mascado, bateu no gramado, subiu e desceu, eu dou um passo lateral e salto para a esquerda com todo o impulso que... quando senti o estádio em silêncio total tomei coragem, olhei para trás e vi a bola de couro marrom lá dentro..."

Ele me dizia, moço, que o silêncio acompanhava ele a vida inteira. Aqueles 200 mil torcedores calados. Que parecia a eternidade, e quando morresse não ia sentir diferença... Barbosa era um lorde. Parece que chorava pra dentro. Jamais esqueceu de uma senhora que parou ele na rua e disse pra filha:” É esse aí que traiu o Brasil” .

Historinha completa na Comunidade do Luís Nassif. Porque hoje é domingo...

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