terça-feira, 2 de junho de 2009

Chávez faltou à posse em El Salvador por risco de morte

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, não assistiu à posse de seu colega de El Salvador, Mauricio Funes, devido ao risco de que fosse assassinado. A informação foi dada nesta terça-feira pelo seu ministro de Assuntos Exteriores, Nicolás Maduro.

(...)

Maduro acrescentou que "acredita que grupos com amplo histórico como membros ativos da CIA e do terrorismo internacional estejam envolvidos" no assunto. Segundo ele, as ameaças podem estar relacionadas à presença, em El Salvador, do opositor venezuelano Alejandro Peña Esclusa, que teria participado da campanha negativa contra Funes, utilizando imagens de Chávez.


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4 comentários:

José Elesbán disse...

Não conheço os relatórios de inteligência da Venezuela que levaram o presidente Chávez a desistir de ir a posse do primeiro presidente levemente à esquerda de El Salvador, mas até por ser este primeiro presidente, me parece que ele deveria ir.
Se o presidente Chávez não fosse tão personalista, me parece que o projeto de socialismo do século XXI poderia ser tocado com mais tranquilidade.
Pode ser que seja tudo verdade, mas esta narrativa me parece de um tempo em que Reagan presidia os EUA, e Ortega combatia os contras na Nicarágua.

Jean Scharlau disse...

Nem sempre o primeiro escalão se envolve nessas coisas, ZeAlfredo. Muitas vezes as bandas mais podres dos serviços secretos e forças armadas resolvem agir por conta própria, como ocorreu no Brasil durante a ditadura (caso Rio Centro e dezenas de outros). Devemos lembrar que Chavez já sofreu um golpe e que recentemente Evo estava na mira dessa cambada.

José Elesbán disse...

Tudo bem ,Jean. Como eu disse, pode ser que seja tudo verdade, e que o presidente Chávez teve razão ao não ir a El Salvador.
Mas eu reafirmo que se o presidente fosse menos personalista, o socialismo do século XXI andaria a passos mais firmes. O presidente precisa ser mais paranóico porque concentra tudo nele mesmo.
Em contraste, se o presidente Evo Morales tivesse sido vítima de mercenários, o projeto popular boliviano continuaria porque Morales é menos personalista. Pelo menos me parece.

zejustino disse...

Pessoal,

A extrema-direita salvadorenha é o exemplo perfeito de uma quadrilha de degenerados. Além do assassinato do bispo Romero no momento em que oficiava um ato religioso público, os cachorrinhos da CIA salvadorenhos torturavam e assassinavam trabalhadores sindicalizados e militantes de esquerda diariamente. Os corpos dessas vítimas eram jogados no lixo. Aliás, há um filme americano (pasmem!), "Salvador, Martírio de um Povo", de Oliver Stone, com James Woods e James Belushi, que mostra a tragédia do país sob o domínio da UDR de lá, cujo partido coincidência ou não chama-se ARENA, associado à CIA e ao Departamento de Estado ianque na promoção do genocídio.

Há um outro filme a respeito do bispo Romero. Este, infelizmente, ainda não vi mas desconfio que seja a história da trama do assassinato.


O Chávez, no meu ponto de vista, não quis ser mais um alvo dos degenerados formados pela CIA.

E volto a afirmar: a ditadura sanguinária que mandava e desmandava em El Salvador era comandada pela UDR de lá.