terça-feira, 23 de junho de 2009

Escândalos de prateleira

Já escrevi algumas vezes sobre o modelo político-midiático brasileiro. Esse episódio do Senado vem apenas comprovar.

Tem-se um escândalo de 14 anos. Nesse período todo, o Senado foi coberto diariamente por jornalistas especializados dos principais jornais. Segundo o Estadão de hoje, os atos secretos beneficiaram 37 senadores, entre os quais o Pedro Simon, Demóstenes Torres, além de Renan, Sarney e companheiros, Delcídio e Augusto Botelho, do PT.

Esses episódios, além dos esquemas de terceirizações da casa (a propósito, investiguem como são as terceirizações em todos os grandes órgãos públicos federais e estaduais) são velhos conhecidos dos jornalistas.

Mas ficam pendentes, não são usados enquanto não têm utilidade. Quando interessa ao jogo político da mídia, vai-se na gôndola do Supermercado de Escândalos e saca-se aquele que melhor se adequa ao momento. Neste caso específico, o objetivo evidente não é o de moralizar a casa, caso contrário não teriam deixado passar em branco 14 anos de irregularidades: é desestabilizar politicamente o país.


Texto completo no blog do Luís Nassif.

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