quarta-feira, 15 de julho de 2009

Sem regulação pública, Telefônica é um fracasso generalizado

Apesar de a empresa não assumir, usuários do Speedy, o serviço de internet de banda larga da gigante Telefônica, já contam quatro panes que derrubaram o sistema somente este ano. A história é antiga: desde sua chegada ao Brasil, a empresa espanhola tem estado entre as primeiras posições – e não raro tem sido a grande campeã – de reclamações em diversos órgãos de defesa do consumidor, causando cada vez mais prejuízos aos seus usuários, especialmente na cidade de São Paulo.

Com a quarta falha, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) proibiu no dia 22 de julho a Telefônica de vender novas assinaturas de seu serviço de banda larga. A empresa, para voltar a operar normalmente, terá que apresentar à Anatel um plano de investimentos de reestruturação em suas atividades.

Texto completo na comunidade do blog do Luís Nassif.

Um comentário:

José Elesbán disse...

Outro trecho:

"A única coisa que pode ser considerada sucesso na privatização é a expansão da telefonia celular, mas ainda assim um sucesso relativo. Temos um dos minutos mais caros do mundo. Compra-se cartão de 3 reais, as pessoas abastecem o celular com o mínimo só para manter a linha, apenas recebendo as ligações. A taxa de uso é baixíssima por causa do preço; 81% dos aparelhos de hoje são pré-pagos e a maior parte das pessoas não consegue ter uma conta. Sendo assim, é um sucesso que se coloca em dúvida.

Já a telefonia fixa é um fracasso. A taxa aumentou muito, o minuto também. A quantidade de linhas vem caindo. Hoje, apenas 40% das residências possuem aparelho fixo, menos que os EUA depois da II Guerra Mundial. E a banda larga, que define as comunicações no século 21, tem uma penetração baixíssima. Portanto, o balanço do processo de privatização das telecomunicações é péssimo. Houve processos de demissão em massa, uma ampla terceirização dos trabalhadores, o que fragilizou a carreira dos telefonistas, que era uma carreira forte. E é claro que isso piorou a qualidade da mão-de-obra, pois o trabalhador precarizado tem muito menos condição de se qualificar."