terça-feira, 8 de setembro de 2009

O gosto amargo do sorvete da esquina na Alemanha

"Tatiana é uma jovem catarinense, descendente de italianos, que trabalha numa sorveteria de um shopping em Koblenz. Ela e o marido dividem com mais três casais a moradia fornecida pelo empregador: uma quitinete com três divisórias, banheiro e cozinha comuns. O contrato escrito é para trabalhar 8 horas diárias e 36 semanais, mas na realidade trabalha 12 horas diárias e 72 horas semanais. Afirma que esta é a única forma de fazer um pé-de-meia e construir uma casa no Brasil. Afinal, com sua profissão, trabalhando para uma empresa do ramo de alimentos em Florianópolis, não alcançava 1 mil reais de salário mensal.

Com os colegas de trabalho, Tatiana decorou algumas frases feitas, indispensáveis para atender os clientes alemães. Trabalha de pé e corre de um lado para outro servindo mesas; o salário que recebe é o mesmo que um alemão receberia para trabalhar 8 horas diárias e 36 semanais. Com ironia compara os alemães com os brasileiros: "será que ninguém vê que começa sua jornada as 8 horas e encerra às 20 horas?" "As autoridades não sabem o que está acontecendo?". Mas logo se arrepende e revela um sentimento de culpa: "se o patrão não cumpre a lei, é 'cúmplice' dele porque aceita essa situação".

O texto completo no Terra Magazine.

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