sexta-feira, 9 de outubro de 2009

O MST E OS LARANJAS


Laerte Braga
Qualquer que seja a dimensão da conjuntura e os fatos políticos que dela advêm o que permanece viva e presente em cada momento da vida é a luta de classes. Vejo com freqüência se dizer que é preciso deixar de lado conceitos da ortodoxia marxista e buscar enxergar a realidade de um mundo novo.

A leitura do Manifesto do Partido Comunista, publicado pela primeira vez em 1848 dá a nítida sensação que foi escrito hoje, poucos minutos atrás. Não há uma infirma mudança naquela realidade. Nem tampouco necessidade de releitura de conceitos marxistas.

De um modo geral esse tipo de argumento, como a “morte da História”, serve aos propósitos da classe dominante. Nada além disso.


Vejam o texto completo em PATRIA LATINA

Um comentário:

José Elesbán disse...

Gostei deste trecho:

"O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra) ocupou uma “fazenda” da CUTRALE, plantadora de laranjas e produtora de sucos. O INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) informou que a “fazenda”, de nome Santo Henrique, pertence à União. São terras públicas griladas por uma empresa. Estão numa área conhecida como Núcleo Colonial Monção. O Estado depende de uma ordem judicial para recuperar a posse dessas terras recebidas em 1909 como parte de pagamento de dívidas da Companhia de Colonização São Paulo e Paraná.

Só contra a empresa CUTRALE o INCRA tem pelo menos cinqüenta ações na Justiça no município de Ourinhos, SP.

As decisões judiciais contra o MST saem em 48 horas via de regra. Contra empresas que grilam terras públicas só Deus, esse o outro, não o mercado, sabe.

A mídia vende a idéia de ato criminoso por parte do MST. Não toca na grilagem de terras públicas pelas empresas."