sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Diário de Copenhaga: o conceito de "viver bem"

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As intervenções mais apaixonadas vêm dos bolivianos. Do governo de Evo Morales vem a mensagem de que há duas visões possíveis perante a nossa posição neste planeta: ser dono dele ou pertencer a ele. É a segunda visão que este governo vem defender a Copenhaga, apoiando-se no conceito indígena de “viver bem”, ou seja, ter uma boa qualidade de vida e respeitar os limites da Pachamama (Mãe Terra). Um ponto muito focado pelos povos da América Latina, aliás, foi que, embora pretendam desenvolver-se, não pretendem seguir o nosso modelo de vida insustentável.

O “viver bem” não é meramente um conceito esotérico, mas toda uma forma de defender o imperativo da superação do sistema capitalista. Articula-se perfeitamente com as exigências básicas defendidas pelo representante da Rede Pela Justiça Económica, da África do Sul: acabar com o uso de combustíveis fósseis, defender o clima como bem público e não mercantilizável, reduzir emissões de acordo com o princípio de responsabilidades comuns mas diferenciadas e reconhecer a responsabilidade histórica do Norte pelas alterações climáticas.

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