quinta-feira, 1 de abril de 2010

Matéria publicada em jornal de circulação nacional reproduz estereótipos de gênero e não contribui para um debate político qualificado

[...] No subtítulo apareceu a seguinte frase: “Analistas avaliam rejeição à pré-candidata e também resistência ao pré-candidato”. A palavra “rejeição”, usada para a mulher, é um termo mais pejorativo que a palavra “resistência”, usada para o homem. E, na própria matéria, esta informação foi desmentida, pois afirma que o pré-candidato “é o pré-candidato mais rejeitado, segundo o Datafolha”. Além disso, segundo a notícia, este percentual de rejeição a ele tem aumentado entre o eleitorado em geral - de 19% em dezembro de 2009 para 25% em março deste ano - enquanto a dela permanece estável, com 21%. Portanto, o subtítulo ficou contraditório com o texto e pode levar a uma avaliação errada de quem leu apenas as chamadas, pois precisamos partir da informação que os 24% de mulheres não “rejeitam” a pré-candidata. Os 24% têm intenção de votar nela, e este percentual é apenas menor que o de mulheres que pretendem votar no pré-candidato, 33%. [...]

Artigo completo na página Mais Mulheres no Poder.

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