quarta-feira, 5 de maio de 2010

O potencial de destruição do fascismo financeiro

Um exemplo para entender esta nova forma de socialbilidade fascista é a resposta do corretor da bolsa de valores quando lhe perguntaram o que era para ele o longo prazo: “longo prazo para mim são os próximos dez minutos”. Este espaço-tempo virtualmente instantâneo e global, combinado com a lógica de lucro especulativa que o sustenta, confere um imenso poder discricionário ao capital financeiro, praticamente incontrolável apesar de suficientemente poderoso para abalar, em segundos, a economia real ou a estabilidade política de qualquer país. O artigo é de Boaventura Sousa Santos. Há doze anos publiquei, a convite do Dr. Mário Soares, um pequeno texto
(Reinventar a Democracia) que, pela sua extrema atualidade, não resisto à
tentação de evocar aqui. Nele considero eu que um dos sinais da crise da
democracia é a emergência do fascismo social. Não se trata do regresso ao
fascismo do século passado. Não se trata de um regime político mas antes de um regime social. Em vez de sacrificar a democracia às exigências do
capitalismo, promove uma versão empobrecida de democracia que torna
desnecessário e mesmo inconveniente o sacrifício. Trata-se, pois, de um
fascismo pluralista e, por isso, de uma forma de fascismo que nunca existiu.

Vejam o texto completo em CARTA MAIOR

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