terça-feira, 24 de agosto de 2010

Ativista é encontrada morta após denunciar existência de vala comum na Colômbia‏

A dirigente Norma Irene Pérez, ativista de direitos humanos da cidade colombiana La Macarena, integrante do grupo que denunciou a presença da maior vala comum da América Latina em julho passado, foi assassinada a tiros, denunciou ontem (23/8) o deputado Iván Cepeda.

Em entrevista à ANSA, Cepeda disse que em 7 de agosto Pérez desapareceu e seis dias depois seu corpo foi encontrado baleado.


A notícia continua no Opera Mundi.

3 comentários:

José Elesbán disse...

Vale a referência ao outro linque recente aqui no Blogoleone, sobre o assunto.

zejustino disse...

Recentemente, vi um documentário na National Geographics que faz citações a valas comuns mas deixando claramente que os responsáveis são as FARC. O documentário é escandalosamente montado para incriminar os insurgentes e blindar o narco-presidente Uribe, seu exército de assassinos, e seu sucessor degenerado e de má fama reconhecida.

Os comentários feitos por integrantes das FARC são curtos e obviamente encaixados num processo de edição que depõe contra os insurgentes como se fossem realmente irresponsáveis e criminosos. Já os comentários dos que depoem contra a frente insurgente, principalmente de supostos ex-guerrilheiros, são bem cuidados e mais longos. Não houve nenhuma apresentação da história da Colômbia e das condições que geraram a formação de dois grupos guerrilheiros (FARC e ELN) que se organizaram para se contrapor à oligarquia degenerada que domina a Colômbia (quem leu "Cem Anos de Solidão" deve ter na memória alguma coisa a respeito disso).

A montagem é tão parcial que a referência aos paramilitares e sua política de terra arrasada e assassinato em massa de camponeses é tratado "en passant". Esse detalhe, pequeno mas terrível para quem vem acompanhando o desenrolar da história daquele país, obrigou os autores do documentário a mostrar rapidamente os corpos da vítimas dos paramilitares porque estes não tinham outro objetivo político a não ser terror pelo assassinato de camponeses. Aterrorizar a população camponesa foi a mesma política utilizada pelos Contras na Nicarágua. E os Contras, como todos sabem, eram mercenários do império ianque fazendo o serviço sujo para pressionar o governo sandinista.

José Elesbán disse...

Pois é. Assassinato de camponeses, sindicalistas e ativistas de direitos humanos, como foi o caso desta senhora.
Infelizmente muitos destes documentários da NatGeo ou do Discovery lembram muito aquele título de livro "Aparelhos Ideológicos do Estado".
Estes dias deu propaganda de um abordando a fronteira Estados Unidos-México. Qual a ênfase: "Traficantes e Terroristas"!