quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Cadê o escândalo que estava aqui?

Como funciona o esquema de subjornalismo de criação de escândalos?

Solta-se a primeira matéria, com um suposto escândalo graúdo. No caso atual, a tal reportagem da Veja informando que Erenice Guerra recebeu propinas no valor de R$ 5,8 milhões; que tinha reuniões em sua casa com o lobista, nas quais eram proibidos equipamentos que pudessem conter gravadores; que disse que o dinheiro era para financiar atividades políticas do Planalto. Só isso. Fosse verdade, não apenas Erenice mas a República teria caído.

Uma marotagem visando eximir o lobista de apresentar provas - a história de que não podia ir a reuniões com Erenice nem com canetas - é apresentada por insigines jornalistas como prova de que os fatos ocorreram. A denúncia se resume a provas declaratórias - se é que houve - de um lobista que mentia até sobre seu cargo na empresa que assessorava.

Em cima desse fato, começam repercussões de qualquer tipo, mesmo que nada tenham a ver com a denúncia principal. Cada denúncia, por mais besta que seja, é acompanhada de um pró-memória de que fulano foi acusado de cobrar propinas. Não se tem um dado objetivo sequer corroborando a acusação-mãe, mas ela é repetida como se fosse verdade sacramentada.


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