segunda-feira, 1 de novembro de 2010

FRANCISCO DELGADO

A Igreja católica oficial não goza hoje das preferencias entre a cidadania. Somente um de cada quatro espanhóis cumpre habitualmente com os dogmas e culto católicos; há mais casamentos civis que religiosos, os batismos e as comunhões diminuem; mais da metade dos estudantes da escola pública não assiste às aulas de religião; as vocações se reduzem; inclusive, uma parte da Igreja católica, que tem diferentes grupos de cristãos de base, qualifica de escandalosa a opulência e a teatralidade das viagens do "bispo de Roma" pelo mundo e advogam por uma Igreja mais aberta.

A chegada de Ratzinger a Santiago e Barcelona no próximo fim de semana - como prólogo a viagem para a Jornada Mundial da Juventude Católica, que terá lugar em Madrid em agosto de 2011 - vai receber a contestação de muitos cidadãos. Sob o lema "Eu não te espero", farão ouvir sua voz, presencial ou anonimamente, defendendo a necessidade da laicidade das instituições do Estado e a eliminação dos enormes privilégios históricos de que goza a Igreja católica romana espanhola em matéria simbólica, jurídica, financeira e tributária, assim como em matéria de mídias de comunicação, educação e assistência social. Uma Igreja católica oficial que, quando uma norma civil aprovada pelos poderes públicos não é de seu agrado, lança discursos inflamados desestabilizadores da democracia, utilizando todo tipo de falsidades e, o que é mais escandaloso, com fundos públicos.


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