quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Milionários de extrema direita destinam fundos secretos para manter vivo o medo nos EEUU

Pam Martens
Sin Permiso

Um fundo “libertário” [1] reservado sem objetivo de lucro, vinculado a Charles Koch, financiou os esforços destinados a criar medo, segundo informação difundida, com o propósito de inclinar a eleição presidencial a favor do senador John McCain em 2008. Até hoje, a origem do dinheiro ainda continua sendo um mistério calorosamente debatido.

Sete semanas antes das eleições presidenciais de 2008, aproximadamente 100 diários e revistas dos Estados Unidos, entre elas o New York Times, Wall Street Journal, Miami Herald, Philadelphia Inquirer, y St. Petersburg Times, distribuiram milhões de DVDs do documentário "Obsession: Radical Islam’s War Against the West”. ["Obsessão: A guerra radical do islã contra o Ocidente"]. Os DVDs foram encartados nas edições dominicais.

Em conjunto, incluindo uma campanha a parte de envios diretos pelo correio, 28 milhões de DVDs inundaram as regiões de eleitores de estados chave para decisão.

Os jornais desconheciam quem subvencionava esta campanha de propaganda massiva e ao que parece não deram qualquer importância. Inseriram o DVD em seus domínios Pulitzer [2] com a mesma naturalidade com que haviam incluído uma propaganda de detergente sem espuma. A organização sem objetivo de lucro que aparecia na capa do DVD como entidade responsável da película, Clarion Fund, Inc., não tinha histórico conhecido e tinha como diretoria um escritório virtual em Nova York sem presença física nem empregados no lugar. os documentos entregues ao IRS [Internal Revenue Service, a Receita norte-americana] para conseguir um status isento de impostos mostram que o Clarion Fund exigía um sigilo total por parte dos vendedores:

“Em qualquer época, seja enquanto presta serviços a Clarion ou depois, o Provedor de Serviços manterá o sigilo e não revelará nem fará uso, em seu benefício ou no de outros, de qualquer conhecimento, dados, material, documento ou outra informação de qualquer tipo relativa a Clarion, ou a seus filiados, diretores, membros, gestores, agentes, empregados e outros associados, ou que esse Provedor de Serviços consiga de outro modo no curso do fornecimento de serviços (coletivamente, a ‘Informação Confidencial’.).”

Vejam o texto completo em CUBADEBATE

3 comentários:

José Elesbán disse...

Zé Justino, corrige aí o "destinham"...

zejustino disse...

Corrigido. Com um pouco de atraso, infelizmente. :-[

José Elesbán disse...

Faz parte... :)