segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

TUNÍSIA - "Que a fagulha tunisina abrase todo o mundo árabe!"

Mais de quatro semanas de revoltas populares, o exército atira com balas reais sobre a multidão, mortos às dezenas, cessar-fogo, desaparecimento e execução de sindicalistas, prisão de bloguistas, etc, etc. Estes acontecimentos não se desenrolam nem em Cuba, nem na Venezuela, nem na Bolívia, nem na China e nem no Irão mas na... Tunísia! Os países europeus, a França de Sarkozy à cabeça, sempre prontos a se imiscuírem nos assuntos do Irão ou da Costa do Marfim, por exemplo, desta vez contentaram-se com alguns comunicados após semanas de silêncio cúmplice: "a Tunísia confronta-se com problemas económicos e sociais. Só o diálogo permitirá aos tunisinos ultrapassá-los" dizia servilmente um comunicado do Ministério francês dos Negócios Estrangeiros.

Que contraste entre a violência da propaganda contra o Irão na Primavera de 2009 quando das eleições presidenciais e o servilismo das declarações oficiais a propósito da revolta do povo tunisino. Bastaria na época ler os títulos dos jornais e olhar as imagens difundidas em cadeia pelas televisões americanas e europeias para perceber o ódio do imperialismo à República Islâmica do Irão. Mas a revolta do povo tunisino não merece senão o desprezo e o silêncio.
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