terça-feira, 12 de abril de 2011

Os 50 anos da fracassada invasão da Baía dos Porcos

Nesta "primeira grande derrota do imperialismo na América Latina" celebrada por Cuba, as forças comandadas por Fidel Castro venceram após 72 horas de sangrentos combates com os invasores que desembarcaram no dia 17 de abril de 1961 na Playa Larga e na Playa Girón, na Baía dos Porcos, a 200km ao sudeste de Havana.

"Voltem quantas vezes quiserem. Aqui os esperamos com fuzil na mão", disse à AFP Domingo Rodríguez, ex-combatente de 70 anos, na areia branca da Playa Larga, contando que ali mesmo Fidel afundou com um tiro de tanque o principal barco invasor.

Aprovada pelo presidente Dwight Eisenhower e assumida por seu sucessor John F. Kennedy, a operação começou no dia 13 de abril quando zarparam da Nicarágua os navios com os expedicionários da Brigada 2506, treinados em bases secretas neste país e na Guatemala.

Prelúdio da invasão, na manhã de 15 de abril seis aviões B-26 com falsas insígnias cubanas bombardearam duas bases aéreas em Havana e Santiago de Cuba (sudeste). A CIA esperava liquidar com esse ataque a força aérea cubana.

Na tarde de 16 de abril, no enterro de sete vítimas, em uma rua central de Havana, Fidel Castro, na época com 35 anos, declarou a natureza da revolução, após negar por anos que era comunista.



Texto completo disponível no blog do Luís Nassif.

2 comentários:

José Elesbán disse...

1961(II).

José Elesbán disse...

Um comentarista do blog do Luís Nassif disse:

"O jornalista Tad Szulk (?-2005), no ótimo livro "Fidel: um retrato crítico", conta que os planos da Cia para os mercenários invasores era que eles tomassem uma área no litoral de Cuba e a declarassem território livre. Os Estados Unidos seriam o primeiro país a responder sim ao pedido de reconhecimento desse "território" sob comando de cubanos e, com isto, estariam autorizados a enviar tropas para socorrer o "país amigo" contra o "tirano". O plano previa que as forças de Castro responderiam exclusivamente por terra, pois era sabido que Cuba não possuia artilharia aérea. Só que, como diria o Chaves, não contavam com a astúcia de Fidel Castro, que havia mandado adaptar metralhadoras ponto 50 nos poucos aviões militares cubanos, e, assim, deu combate aos invasores por terra e ar. A "cavalaria" norte-americana, que estava a postos no golfo do México pronta para socorrer os exilados mercenários, teve que fazer meia volta."

Linque: http://www.advivo.com.br/node/429110