terça-feira, 28 de agosto de 2012

O julgamento do mensalão

Realmente esta história do mensalão é de dar engulhos.
Por um lado, porque não agrega nada a cultura política do país (os equívocos dantes cometidos são sumariamente repetidos – especialmente os vinculados ao financiamento das campanhas), fica como um erro pontual e não sistêmico, que é o caso – bem citado no texto "As lições não aprendidas do mensalão", do Luis Nassif.

Só pra deixar bem claro: os problemas éticos e morais que o presidente Lula teve em sua base de apoio não foram muitos até o mensalão (quando supostamente teria sido descoberta e alterada a forma como se praticava a interlocução governo-congresso), os problemas com certeza foram muito mais graves depois do mensalão, pois, para garantir que não haveria contestações institucionais ao seu governo (já que a porca oposição udenista que temos tentou dar um golpe com um impeachment no presidente Lula – plano malfadado pela falta de apoio popular), ele ampliou imensamente a base de sustentação do seu governo, assimilando a pior escória da política brasileira. Assimilou esta escumalha do jeito clássico criado por FHC: via emendas parlamentares e cargos governamentais.
É isto que a ignorância moralista não consegue enxergar: o mensalão é um embuste, mas coisa pior é aplicada sumariamente nos governos federal, estaduais e municipais, o “mensalão branco”, via emendas e cargos.

Vejam o texto completo em POLÍTICA NADA IMPARCIAL

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