terça-feira, 27 de novembro de 2012

19 respondem pelo homícidio de cacique guarani-kaiowá


Morte ocorreu durante tentativa de expulsão de índios de área ocupada, em 2011. Entre os réus estão fazendeiros, advogados, um secretário municipal e proprietário e funcionários de empresa de segurança privada
Dezenove pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul (MPF/MS) e respondem como réus na Justiça por vários crimes relacionados à tentativa de expulsão dos indígenas do acampamento Guaiviry, instalado em área de mata nativa de propriedade rural localizada às margens da rodovia MS-386 entre os municípios de Ponta Porã e Aral Moreira, sul do estado. A ação ocorreu em 18 de novembro de 2011 e resultou na morte do cacique Nízio Gomes e em lesões corporais ao indígena Jhonaton Velasques Gomes. Foram utilizadas ao menos seis armas de fogo calibre 12 na ação, ainda que com munição menos letal. Sete réus continuam presos.
O crime repercutiu internacionalmente e colocou em foco o “ambiente onde imperam o preconceito, a discriminação, a violência e o constante desrespeito a direitos fundamentais” dos 44 mil guarani-kaiowás e guarani-ñandevas que vivem em Mato Grosso do Sul, como descreve a denúncia do MPF.

A divulgação só foi possível a partir do levantamento do segredo de Justiça,determinado em 8 de novembro a pedido do Ministério Público Federal.

Confira no blog do Luís Nassif

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