sábado, 7 de março de 2015

Sai a lista dos políticos nos quais a maioria vai continuar votando nos próximos anos

O STF divulgou ontem a lista dos envolvidos no Lava Jato. Coincidentemente, é também a lista dos políticos nos quais a maioria dos brasileiros vai continuar votando nos próximos anos. Entre as ausências sentidas está Paulo Maluf, que também é um exemplo de como o brasileiro continua a votar, independentemente do que aconteça. (...)

Confira no Sensacionalista

Anastasia, aliado de Aécio, será investigado na Lava Jato

O senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) e um forte aliado do senador Aécio Neves, senador e candidato derrotado ao cargo de Presidente da República, será um dos investigados no STF (Supremo Tribunal Federal) por suposta participação no esquema de desvio na Petrobras.


Confira no Jornal GGN.

Aécio e Lindberg: dois pesos diferentes de Rodrigo Janot

O Procurador Geral da República Rodrigo Janot ficou de entregar a lista dos políticos ao STF (Supremo Tribunal Federal) às 8 da manhã de quinta-feira. A lista só chegou no final da noite, entregue por um subprocurador.
O Ministro Teori Zavaski tinha certeza que, dentre os nomes, estava o do senador Aécio Neves. Espantou-se quando constatou que ficara de fora. A rádio corredor do STF sustenta que a decisão de deixar Aécio de fora foi tomada na noite anterior.
Teori deixou escapar uma opinião: “Não sei se era para Aécio estar ou não na lista. Mas entrou na lista gente com muito menos coisa que ele”.

Confira no Blog do Luís Nassif

Um Cartão-Postal de Guantánamo: Como Mohamedou Ould Slahi se Tornou Suspeito de Terrorismo e Depois Autor de um Best-seller

Slahi começou uma nova vida na Mauritânia, trabalhando como especialista em computação. Mas, em 29 de setembro de 2001, ele foi detido pelas autoridades mauritanas, de novo a pedido dos EUA, e interrogado por agentes mauritanos e americanos.


Slahi foi levado para depor e liberado diversas vezes até 20 de novembro, quando, depois de mantê-lo sob custódia por uma semana, os EUA arranjaram um jeito de enviar seu prisioneiro para a Jordânia. Esse era um processo pouco conhecido na época chamado rendição extraordinária (ou "tortura por procuração"), em que o cativo é mandado para uma prisão estrangeira a fim de se contornar leis domésticas que restringem os interrogadores americanos.

"Cara, o que aconteceu comigo lá está além de descrições", Slahi afirmou a um painel de revisão anos mais tarde, descrevendo seu período na Jordânia. Ele diz que foi espancado, passou fome e foi ameaçado com tortura se não confessasse estar envolvido na Conspiração Milênio. Depois, no dia 19 de julho de 2002, um time de rendição da CIA na Jordânia despiu e vendou Slahi, o vestiu com uma fralda e o algemou antes de jogá-lo num jato Gulfstream de propriedade da CIA. Esse avião, usado rotineiramente para transportar detidos secretamente pelo arquipélago de bases militares e "pontos escuros" do mundo, ficaria conhecido nos círculos dos direitos humanos como "táxi da tortura". No caso de Slahi, o jato o levou da Jordânia para o Campo Aéreo de Bagram, no Afeganistão, onde ele foi interrogado por duas semanas antes de ser levado para a Baía de Guantánamo. Lá, em 5 de agosto de 2002, ele se tornou o detento 760 do Campo Delta.

Confira no Vice.

A grande arte de José Rico

“Fazer sucesso é fácil. Difícil é manter. O cara faz um sucesso e já quer ser dono do mundo. A arte não gosta disso. A arte e o artista têm uma diferença muito grande. O artista passa e a arte fica”.
Essas palavras não foram ditas por David Bowie, Gilberto Gil, Picasso ou pelo vocalista daquele trio de Manchester ou do interior do Texas que só aquele seu amigo descolado conhece.
O autor, o falecido José Alves dos Santos, o José Rico, criou com o amigo Romeu Januário de Matos, o Milionário, um dos maiores fenômenos da história da música brasileira.
A dupla vendeu mais de 30 milhões de discos em mais de 40 anos de carreira. Um sucesso popular inegável, estrondoso — esnobado e mal compreendido por críticos e historiadores da canção nacional.
Zé Rico era a primeira voz (nas duplas sertanejas, quem faz a primeira voz é o segundo nome). O estilo deles era a chamada música de fronteira, com mistura de bolero, guarânia, polca. Havia também influência mexicana. A moda de viola havia ficado para trás.

quinta-feira, 5 de março de 2015

Por que não vazou antes o que Youssef disse de Aécio?

O caráter seletivamente canalha dos vazamentos da Lava Jato ficou claro ontem com a revelação de que Aécio tinha sido citado pelo doleiro Youssef.
Não só Aécio, a rigor, mas a família Neves. Também uma irmã – não nomeada, mas que só pode ser Andrea, braço direito dele – foi citada.
Youssef vinculou os irmãos Neves a propinas da célebre Lista de Furnas – uma hidrelétrica estatal que alegadamente abasteceu copiosamente figurões do PSDB nos tempos em que o partido estava no poder.
A existência da lista tem sido objeto de controvérsia. É inegável que as palavras de Youssef, se não bastaram para Janot recomendar que Aécio fosse investigado, reforçam a hipótese de que a lista é genuína.
Como ponderou um jornalista, você pode avaliar a gravidade do caso com a seguinte pergunta: o que teria ocorrido se o vazamento surgisse na campanha eleitoral?
Bem, é uma pergunta sobretudo retórica. Todo vazamento que implicava o PT, e por consequência Dilma e Lula, era recebido com fanfarra nas redações das grandes empresas jornalísticas.
É difícil acreditar que alguma delas desse acolhida a qualquer coisa que pudesse atrapalhar Aécio.
Da mesma forma, o intuito dos responsáveis pelos vazamentos – presumivelmente os policiais federais sob o comando do juiz Sérgio Moro – era ver Aécio na presidência.

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O grave impasse do Judiciário brasileiro com a Corte Interamericana

A Corte determinou ao país que desse andamento às ações de responsabilização e que abrisse novas investigações. Foi o que o Ministério Público Federal procurou fazer.  Apesar  desses esforços e da determinação oriunda do âmbito internacional, nenhuma ação teve êxito no Judiciário em razão da decisão anterior do STF, pela validade da anistia.
No final do ano de 2014, a Corte Interamericana analisou a situação brasileira relacionada ao cumprimento de sua sentença e concluiu, por meio de resolução, que o Poder Judiciário vem descumprindo as suas determinações.
Para a Corte, as decisões judiciais proferidas após a condenação sofrida pelo Brasil não poderiam estar fundadas na decisão anterior do STF. Ao proceder deste modo, o Judiciário brasileiro está "comprometendo a responsabilidade internacional do Estado e perpetua a impunidade de graves violações de direitos humanos". Para a Corte há uma nítida desconsideração de sua competência e da coisa julgada internacional.
É a primeira vez que o Judiciário brasileiro se depara com  situação similar e vem se saindo mal. Aparentemente, os magistrados confundem decisão internacional com decisão estrangeira. São diferentes obviamente, sendo que eles estão obrigados ao cumprimento das decisões internacionais porque, como a Constituição assim dispôs, não há qualquer ofensa à  soberania nacional.

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Blogueira do Brasil Post é ameaçada após publicar texto contra machismo

"Nas últimas semanas, tenho recebido uma série de pacotes pelo correio, de todos os tamanhos e formas, vindos de todo tipo de destinatário, de grandes lojas a vendedores do Mercado Livre. Dentro deles, vêm brinquedos eróticos, esterco, vermes de mosca, livros para emagrecer, camisetas com montagens feitas a partir de fotos minhas, materiais de construção mais um monte de outras coisas que eu nem sei, já que durante um tempo resolvi recusá-los". É desta maneira que começa o texto da blogueira Ana Freitas, que escreve para o Brasil Post. A profissional está sendo ameaçada e perseguida desde que publicou texto sobre machismo e misoginia em espaços na internet dedicados à discussão de cultura pop.

Veiculado em 2 de fevereiro, o texto intitulado "Nerds e machismo: por que mulheres não são bem vindas nos fóruns e chans" falava sobre jovens que não toleram mulheres em espaço de discussões. "Ele (o texto) fala sobre como jovens alinhados com o estereótipo de nerd - socialmente inaptos, naturalmente curiosos - frequentam espaços de discussão na web em que a misoginia e o machismo são flagrantes e que, portanto, podem estar se transformando em máquinas de ódio. Mulheres, nesses espaços, não são sequer toleradas; em alguns casos, são chamadas, como praxe, de 'depósitos', um jeito curto de dizer 'depósito de porra'", contou Ana.


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Janot livra Aécio de inquérito na Lava Jato e Aécio se sente "homenageado"


O Procurador-geral da República entendeu que não existem elementos que justifiquem investigar o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, citado em delação do doleiro Alberto Youssef.
A lista de Janot, enviada no começo da noite de ontem, terça-feira, ao Supremo Tribunal Federal (STF) pede o arquivamento de investigação envolvendo o senador por Minas Gerais e candidato derrotado à presidência da República nas últimas eleições.
O nome do tucano veio à baila no depoimento do doleiro Alberto Youssef, mas a Procuradoria entendeu que as informações ali contidas não são suficientes para que ele seja investigado, por isso sugeriu ao ministro Teori Zavascki o arquivamento da denúncia. No entanto, ainda não se sabe o teor da citação envolvendo o tucano ou mesmo se ele recebeu propina.
A solicitação de Janot corre sob sigilo de Justiça e será analisada pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF.

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Youssef liga Aécio a esquema de propinas de Furnas

Em delação premiada à qual o Estado teve acesso, o delator Youssef afirmou que Aécio teria recebido dinheiro fruto de propina de Furnas, estatal do setor elétrico, por meio “de sua irmã”, sem citar nomes ou detalhes. Aécio tem duas irmãs, Angela e Andrea – a última trabalhou no governo mineiro e na campanha eleitoral de 2014.
O termo de colaboração número 20, que registra confissão do doleiro feita no fim do ano passado, tem como “tema principal: Furnas e o recebimento de propina pelo Partido Progressista e pelo PSDB”. Além de Aécio, são citados o ex-deputado do PP José Janene, morto em 2009, e um executivo da empresa Bauruense.