sábado, 3 de outubro de 2015

Entenda por que nem as contas na Suíça devem derrubar Cunha

Seis meses depois de classificar inquéritos da Operação Lava Jato contra políticos como "piada", o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), vê as investigações contra ele ganharem força.
Em comunicado divulgado nesta quinta-feira (1º/10), o Ministério Público da Suíça afirmou que congelou ativos de Cunha e de seus familiares em várias contas no país, depois de um banco levantar suspeitas sobre lavagem de dinheiro, em abril. Com a impossibilidade de extradição, as autoridades suíças transferiram as investigações à Procuradoria Geral da República (PGR).
Cunha já é alvo de denúncia na Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro. Segundo o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, Cunha teria recebido ao menos 5 milhões de dólares em propina para viabilizar a contratação do estaleiro Samsung, responsável pela construção de dois navios-sonda da Petrobras, entre 2006 e 2012.
"Até então, parecia que havia apenas indícios. Pelo que se divulgou sobre as investigações na Suíça, as provas são agora muito consistentes, inclusive com extratos. As consequências podem, portanto, ser muito sérias", avalia Maria Tereza Sadek, professora do Departamento de Ciência Política da USP.
Apesar de as investigações contra Cunha tomarem corpo, o presidente da Câmara ainda tem um longo período de sobrevida no jogo político, avaliam especialistas ouvidos pela DW Brasil.
"Em circunstâncias normais, metade disso já teria servido para forçar uma saída de Cunha da presidência da Câmara, mas ele estende a proteção institucional da casa a outros envolvidos na Operação Lava Jato", observa Leonardo Barreto, cientista político da UnB. "Caímos numa circunstância de anormalidade que permite que Cunha tenha um nível de sobrevivência político dentro do Congresso", analisa.
Segundo Barreto, Cunha usa a máquina da Câmara dos Deputados para atacar o governo e estruturar a própria defesa. Se ele for cassado, o processo de tentativa de impeachment da presidente Dilma Rousseff perde força. Por isso, a oposição não tem interesse em que ele deixe o cargo.

Confira na DW, via Jornal GGN.

Como classificar o silêncio de Aécio e FHC sobre Cunha?

Sabe o silêncio que Cunha fez quando Chico Alencar perguntou a ele na Câmara se tinha mesmo contas na Suíça?
Como poderíamos classificá-lo?
Cínico. Cafajeste. Culpado. Canalha. Indecente. Patético. Debochado.
Bem, é só ir ao dicionário em busca de palavras negativas e você vai ver que cada uma delas caberá ao silêncio de Cunha diante de Chico Alencar.
Você verá, também, que cada um dos adjetivos vale, igualmente, para o silêncio de FHC, Aécio e Serra sobre o escândalo das contas de Cunha na Suíça.
É um silêncio particularmente revelador este dos tucanos porque mostra a natureza da sua pregação anticorrupção.
Como os golpistas de 1954 e 1964, que tanto usaram o “mar de lama” para derrubar governos democraticamente eleitos pelo povo, o que menos interessa aos tucanos hoje é acabar com a corrupção.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Anatomia de um mico: a foto imortal de Cunha com militantes anticorrupção

Campanhas políticas estão enraizadas em um momento específico da história. Algumas decisões que parecem fazer sentido num período tornam-se tão idiotas que os envolvidos pensam, retrospectivamente, em desaparecer da face da Terra.
Principalmente quando a coisa é registrada numa fotografia.
Em 27 de maio de 2015, um grupo de aproximadamente 300 almas apareceu na Câmara dos Deputados para se reunir com Eduardo Cunha. Cunha, então, já enganava alguns trouxas, mas era a grande esperança branca do impeachment.
Eram militantes do MBL, uma relíquia da era da indigência virtual de extrema direita, que haviam terminado a tal Marcha da Liberdade, entre São Paulo e Brasília. Estavam acompanhados dos companheiros dos Revoltados On Line na figura de seu fundador Marcello Reis e da moça que vende camisetas na loja.
Kim Kataguiri, um fóssil megalomaníaco de 19 anos, falou para a imprensa: “O Eduardo Cunha se comprometeu a analisar tecnicamente o nosso pedido de impeachment e não engavetar diretamente como fez com os outros”.
Encaminhados para uma sala, os personagens se aboletaram em torno de uma mesa, abriram seus melhores sorrisos (o esgar reptiliano de EC é lindo) e posaram para as câmeras com um inexplicável dedo indicador para cima (pedindo uma Brahma? Chamando o copeiro?).
Com o gigante Cunha à cabeceira, simulando interesse na tigrada, podemos ver ainda os políticos que tentaram pegar uma carona: Jair e Eduardo Bolsonaro, Alberto Fraga (réu no Supremo Tribunal Federal, acusado do crime de cobrar vantagens indevidas em razão do cargo) e Carlos Sampaio, o pitbull do PSDB.

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O paulistano malha as ciclovias, mas curte a falta de planejamento do metrô

A cada dia fico mais surpreso com o comportamento dos paulistanos. Quer dizer então que para uma trilha urbana simples como uma ciclovia exigem planejamento digno de alemães, precisão milimétrica suíça, organização japonesa. Do contrário fazem uma grita gigante, escandalizam-se, protestam, batem panelas.
Para uma obra complexa e milionária como o metrô não? Não precisa nada disso?
O Tribunal de Contas da União afirmou em relatório pós auditoria que a linha 17-ouro não possuia planejamento e nem mesmo orçamento (!) quando foi aberta a licitação.
Foram metendo a picareta no asfalto e vamos nós. Na maior cidade do país, a mais populosa, com todos os problemas inerentes às megalópoles, tão necessitada de soluções para o transporte público não havia planejamento para um serviço primordial como o metrô.

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Enquanto vocifera contra a corrupção, o juiz Gilmar faz tabela com o réu Cunha.

Encontre o erro abaixo:
O ministro Gilmar Mendes, do STF, continua firme em sua cruzada pela moralidade no Brasil. Gilmar quer virar o jogo da proibição do financiamento empresarial de campanhas.
“Com essa fórmula, a gente vai montar o maior laranjal… A gente está ganhando várias copas do mundo. Estamos ganhando a copa do mundo de corrupção. Se estivéssemos exportando laranjas, seria algo positivo. Então, a rigor, nós estamos metidos numa grande confusão”, declarou.
Gilmar falou tudo isso na quarta, 30, depois de uma reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.
Espera um pouco.
Faz sentido um juiz se reunir numa boa, na maior, arrotando ética, denunciando malfeitos, criando metáforas agronômicas violentas — com um homem mais sujo do que pau de galinheiro?
Ninguém acha estranho? (...)

Contas atribuídas a Cunha na Suíça somam quase US$ 5 milhões

A Suíça congelou perto de US$ 5 milhões em ativos em nome do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e de seus parentes. Uma auditoria interna do banco que guarda esses valores, cuja identificação não foi divulgada, foi responsável pelo informe que levou à abertura de ação criminal no país europeu por suspeita de lavagem de dinheiro. Essa investigação foi enviada ontem pelo Ministério Público suíço à Procuradoria-Geral da República no Brasil.
A instituição financeira entregou aos procuradores da Suíça, em abril de 2015, um informe em que apontava para as irregularidades e fazia duas constatações: Cunha havia criado uma estrutura para tentar esconder seu nome da conta e a renda movimentada era muito superior ao que o peemedebista havia declaro como salário.
O alerta deu um início a uma investigação formal, que resultou em um congelamento dos ativos de Cunha e de parentes em diversas contas. "O Escritório do Procurador-Geral da Suíça confirma que abriu um processo criminal contra Eduardo Cunha sob a base de suspeita de lavagem de dinheiro, ampliando em sequência para corrupção passiva", indicou o MP suíço.


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quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Por que Eduardo Cunha não vai para a Suíça como Romário?

Por que Eduardo Cunha não faz como Romário e vai para a Suíça provar que não são suas as contas que lhe são atribuídas?
Bem, porque não dá. Simplesmente não dá.
Não que houvesse dúvidas, mas Cunha reforçou as certezas ao dizer, numa coletiva na noite de ontem, que se recusava a falar sobre elas.
Faltou colar um carimbo na testa: culpado.
As contas foram bloqueadas pelas autoridades suíças, e tudo indica que elas representam, enfim, o Waterloo de um homem que imaginou que podia tudo.

Suíça bloqueia contas de Cunha e familiares

A Procuradoria-Geral da República (PGR) recebeu nesta quarta-feira (30/09) a informação de que autoridades suíças bloquearam contas bancárias secretas atribuídas ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), e familiares. O Ministério Público suíço abriu uma investigação contra o político brasileiro por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
No final da tarde desta quarta-feira, a PGR confirmou que a Suíça transferiu dados sobre a investigação criminal sobre Cunha para o Brasil, através da autoridade central dos dois países (Ministério da Justiça). Segundo a PGR, as investigações na Suíça tiveram início em abril deste ano.

O que mais Eduardo Cunha tem que fazer para ser detido?

O que mais Eduardo Cunha tem que fazer para que o detenham?
Assaltar um banco à luz do sol? Bater na sogra no Dia das Sogras?
Um, dois, três, quatro, cinco depoimentos coincidem em acusá-lo de coisas pesadíssimas no terreno da corrupção.
Daqui a pouco não haverá mais dedos para fazer essa contagem macabra.
E o que se vê é Eduardo Cunha conspirando como se estivesse livre de qualquer suspeita.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Haddad participa do Dia Sem Carro, em Paris

Assim como Fernando Haddad busca dedicar todos os domingos da Avenida Paulista, em São Paulo, como um espaço exclusivo a pedestres e ciclistas, proibindo a circulação de automóveis, a prefeita de Paris, Anna Hidalgo, também também comunga a mesma intenção. Hidalgo escolheu fechar avenidas no último domingo, dia 27 de setembro, o Dia Sem Carro (Journée sans Voiture). 
 
Na data, a grande avenida Champs Élysées e outras ruas da cidade foram totalmente fechadas para carros e várias zonas urbanas tiveram a velocidade máxima dos automóveis reduzida para 20 km/h. Anna Hidalgo caminhou pela histórica avenida, na companhia de Haddad e dos prefeitos de Bruxelas, Yvan Mayeur, e de Bristol, George Ferguson. 


Confira no Jornal GGN

Manoel Junior no Ministério da Saúde poderá ser a pá de cal no SUS

Os jornais de terça-feira, 22, vieram com a notícia: a presidenta Dilma Rousseff teria oferecido ao PMDB um Ministério prezadíssimo pelo PT – o da Saúde. Ao longo do dia, a notícia foi se confirmando.
Os jornais de quinta-feira, 24, já não deixam mais dúvidas: o Ministério da Saúde vai mesmo para o PMDB, que sugeriu três nomes para a pasta. Os dos deputados federais Manoel Junior (PMDB-PB), Marcelo Castro (PMDB-PI) e Saraiva Felipe (PMDB-MG), já vetado.
O mais cotado, preferido pelo partido, é o médico e deputado federal Manoel  Junior.
Lamentável por várias razões.

Confira no Vi o Mundo, via Jornal GGN

domingo, 27 de setembro de 2015

A Lava Jato tem lado

Se a intenção é passar o país a limpo, tendo ao seu dispor pessoas dispostas a delatar, qual a razão da Lava Jato não ter aberto o leque para todos os partidos? A desculpa de não perder o foco não bate. Se não surgir outra Lava Jato, os segredos dos doleiros e delatores morrerão com eles, debaixo do nariz da tropa de 360 procuradores e técnicos que o MPF colocou à disposição.
Por tudo isso, pelo fato do Procurador Geral da República Rodrigo Janot ter poupado Aécio Neves das  denúncias do doleiro Alberto Yousseff sobre Furnas, de jamais ter tirado da gaveta o inquérito sobre a conta no paraíso fiscal de Liechtenstein, pelo fato de procuradores e delegados jamais terem se preocupado com a questão óbvia de investigar outros partidos políticos, não há a menor dúvida de que a Lava Jato tem lado. O mesmo lado de Gilmar Mendes.
Os bravos procuradores sequer se preocupam em justificar essa seletividade, como se o assunto não existisse.
Mas há um cadáver no meio da sala de jantar. E não haverá como escondê-lo para sempre.

Confira no Blog do Luís Nassif

Corte Internacional de Haia reconhece reivindicação boliviana de acesso ao mar

A Corte Internacional de Justiça (CIJ) de Haia reconheceu, nessa quinta-feira, que a Bolívia pode reivindicar ao Chile o acesso soberano ao Oceano Pacífico. O tribunal rejeitou recurso impetrado pelo Chile, que argumentou a falta de competência da Corte para julgar o caso e reclamou que fossem mantidos os termos do Tratado de Paz e Limites de 1904. O acordo pôs fim ao conflito inciaido em 1879, quando forças chilenas ocuparam o território de 120 mil km² até o mar. 


Leia mais no Correio do Povo


Leia também: - Chile rejeita negociar com a Bolívia após decisão de Haia.