sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

PM usa bombas e balas de borracha contra protesto pelo aumento de tarifas em SP

Com bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha, a Polícia Militar (PM) dispersou novamente a manifestação do Movimento Passe Livre (MPL) contra o aumento da tarifa do transporte público coletivo em São Paulo. Pelo menos três pessoas feridas. A polícia começou a disparar contra os manifestantes na Praça da República, na região central da capital.

Confira na Agência Brasil, via Jornal GGN

Palestrante negro do Fórum Social é abordado pela Brigada Militar por ‘atitude suspeita’


No começo da tarde desta quinta-feira (21), o ativista Paulo Sérgio Medeiros Barbosa, da Rede Mocambos, de Pernambuco, foi abordado no Parque da Redenção, na Capital, por dois brigadianos, que justificaram a medida dizendo que Barbosa estava em “atitude suspeita”, ao circular pelo parque. O ativista está em Porto Alegre participando do Fórum Social Temático, onde palestrou em uma das mesas.

Segundo o relato de Barbosa, os policiais queriam revistá-lo e ele se negou. Diante da insistência da Brigada, muitas pessoas que circulavam pela Redenção se juntaram ao redor do representante da Rede Mocambos em apoio, quando mais três viaturas chegaram ao local. O objetivo da polícia era levar o ativista para uma delegacia, o que foi evitado graças aos populares que presenciaram a situação e os demoveram da ideia.

Confira a reportagem de Débora Fogliatto, para o Sul 21, via Jornal GGN.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Bastou a PM não aparecer para o último ato do MPL transcorrer sem problemas

“Que coincidência, não tem polícia não tem violência” é um dos gritos da rua. Mas quando não tem violência, tem notícia? Tem, mas parcial e acanhada.
A grande mídia, sedenta por ridicularizar o MPL e criticar o ‘vandalismo’ paradoxalmente fica órfã quando a manifestação é pacífica e ainda demonstra ser caolha ao ignorar o cenário completo. Na data de ontem, além do ato bifurcado do MPL (prefeitura e palácio do governo como destinos), o MTST também saiu em dois extremos da cidade com mais de 15 mil pessoas em marcha contra o aumento da tarifa dos transportes (5 mil pessoas em Itaquera e mais 10 mil no Capão Redondo).
Com mais de 25 mil pessoas nas ruas, os quatro atos simultâneos foram ‘pacíficos’. E olha que mais uma vez o metrô provocou (depois de longa caminhada desde Pinheiros até o centro da cidade, manifestantes e usuários encontraram a estação República fechada) e ainda assim não ocorreram maiores incidentes.

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quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

PSDB pede extinção do PT com base em trecho de delação de Cerveró

O PSDB irá protocolar na PGE (Procuradoria-Geral Eleitoral) na tarde desta quarta-feira (20) uma representação para que seja investigado trecho de informações prestadas pelo ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró com pedido de uma ação de extinção do PT, isso caso sejam confirmados os fatos declarados pelo delator. O argumento dos tucanos é que o eventual recebimento de dinheiro do exterior para uso na campanha presidencial do PT de 2006, conforme apontado pelo ex-diretor de Internacional da estatal, é vedado pela Constituição e gera como consequência a perda do registro partidário.


Confira no UOL Notícias

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

O perigoso Haddad e a Paulista

(...)
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, é perigoso. Desconfio que seja até comunista. Adotou medidas terríveis que desencadearam a ira de parte dos paulistanos. Diminuiu a velocidade dos automóveis nas marginais e com isso aumentou a fluência do tráfego e reduziu o número de acidentes. Um paradoxo. Lesou os paulistanos no sagrado direito diário ao engarrafamento. Foi acusado de estar na contramão da história, de ser bicho-grilo, de odiar carros e de representar o bolivarianismo atrasado e ideológico. Liberou paredes para grafiteiros. Foi atacado por estimular o vandalismo. Está lindo. Dificilmente Haddad será reeleito. É visto por muitos como o pior prefeito do mundo.
Há eleitores que preferem opções mais gabaritadas e com experiência administrativa como João Doria e José Luís Datena, que desistiu ao descobrir, só agora, que o PP não é santo.
(...)
É como a Petrobras.
Para uma ala, ponderada, equilibrada e sensata e sem ideologia, a queda dos preços das suas ações nada tem a ver com o preço internacional do petróleo, que despencou. É só uma coincidência.

Uma nova crise global à vista

Realiza-se entre os dias 20 e 23 de janeiro mais uma edição do encontro anual do Fórum Econômico Mundial de Davos na Suíça cujo tema, “A quarta revolução industrial”, visa discutir os impactos da inovação tecnológica nas indústrias e na sociedade.
A abordagem deste ano esconde umas das principais contradições do sistema capitalista ao expor a necessidade crescente em se investir em máquinas com tecnologia de ponta que nada mais fazem que transferir valor em contraponto à precarização do trabalho humano, este sim, real gerador de valor e riqueza.
Na verdade, o que o tema elegantemente tenta disfarçar é a preocupação generalizada tanto dos chefes de Estado quanto do alto empresariado mundial com a crise global que se forma num horizonte próximo e da qual eles próprios foram determinantes.

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segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Brasil, pátria encarceradora


A receita do fracasso está aí desvendada: proiba a polícia que está nas ruas, a mais numerosa, de investigar; cobre-lhe produtividade; identifique eficiência com prisões, as quais terão de ser feitas, portanto, exclusivamente em flagrante; ofereça-lhe a lei de drogas como filtro seletivo e açoite; junte esses ingredientes e os leve ao fogo brando da inépcia política; salpique omissão das demais instituições que compõem o campo da Justiça criminal; polvilhe autorização tácita da sociedade;  bata a gosto – ninguém está olhando, e a sede de vingança dá o tom nos programas demagógicos de TV. Pronto, está aí o quadro dantesco da insegurança brasileira, invertendo prioridades e sacrificando a vida, que, afinal, é dos outros. O racismo rege esta máquina selvagem que criminaliza a pobreza. E quando novos crimes escandalizam, o populismo penal clama por elevação das penas para que se faça mais do mesmo, com mais força, esperando resultados diferentes. Seria patético não fosse trágico. Brasil, pátria encarceradora.


Confira o texto completo no Justificando, via Jornal GGN

Making a Murderer e a justiça americana

Steven Avery foi condenado em 1985 por tentativa de assassinato e agressão sexual, e passou 18 anos na cadeia. Apesar de seus parentes terem provado o álibi e da descrição que a vítima fez do agressor não bater com o físico de Avery, ele foi preso mesmo assim. Avery tivera meses antes uma rixa com a esposa de um dos policiais da região (o condado de Manitowoc, em Wisconsin).
Em 2003, graças a testes mais avançados de DNA, Avery foi solto ao ser comprovado que o agressor era outra pessoa. Decidido a processar o estado pelo tempo perdido, Avery foi, em 2005, acusado de assassinato e novamente preso. Encontra-se na cadeia até hoje.

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